Desde quando eram crianças, Kisa e Alfredo sempre se implicaram para esconder o sentimento que nutriam um pelo o outro. Com o passar dos anos, isso não mudou, as provocações e brincadeiras só aumentaram, até que Alfredo foi fazer faculdade em Londre...
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Olho para o homem na minha frente, percebendo a sua expressão de dúvida.
Mario parece querer entender minha expressão facial, que provavelmente não está nada boa.
— Então ...? — pergunta.
— Não vou poder. — Abro um sorriso falso.
— É o Alfredo?
Não respondo-o.
— Você voltou mais feliz da ligação, então é ele.
— Um dia será sua vez. Te vejo depois, Mario. — Deixo um beijo na bochecha dele.
Com isso, nos despedimos e eu vou para a casa do Alfredo. Enquanto eu dirigia, eu pensava se eu realmente estava fazendo a coisa certa, se eu realmente deveria ir nessa hora para a casa do Alfredo.
Estaciono meu carro, saio dele, subo as escadinhas e bato na porta.
— Kisa? — Joana atende a porta. — Entra, está tarde.
Sorrio e entro.
— O Alfredo me chamou, cadê ele?
— No quarto com o Flink, eles devem estar assistindo algo. Fica à vontade. — Ela sorri.
Subo para o quarto do Alfredo e antes de entrar, tiro meu salto. Entro no cômodo e vejo a cena mais fofa: Alfredo dormindo de bruços e Flink dormindo em cima do travesseiro do lado dele. Ando na ponta do pé até o banheiro, tiro a roupa e tomo um banho.
Ele me deu liberdade uma vez, agora eu aproveito sempre.
Saio do banheiro de toalha e de calcinha após meu banho, com minhas coisas na mão e coloco em cima da poltrona. Vou para o closet, pego uma blusa presa no cabide, visto e volto para o quarto.
Tiro uma foto dos meus amores dormindo, ativo o modo silencioso do meu celular e boto na mesinha de cabeceira. Deito ao lado do Alfredo, tomando cuidado para não machucar o Flink, que lambe minha testa.
— Que bom que veio — murmura, sonolento. Me puxa para mais perto e me agarra, deixando o rosto na curva do meu pescoço.
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Sinto beijos sendo desferidos em meu pescoço e lambidas na mão. Abro o olho, mas fecho de novo por causa da claridade. Viro para o lado oposto da janela, passo a mão no rosto e abro os olhos. Alfredo solta uma risada quando Flink tenta morder meu cabelo, e eu rio também.
