Desde quando eram crianças, Kisa e Alfredo sempre se implicaram para esconder o sentimento que nutriam um pelo o outro. Com o passar dos anos, isso não mudou, as provocações e brincadeiras só aumentaram, até que Alfredo foi fazer faculdade em Londre...
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Mais uma semana iniciando, ou seja, mais uma semana de dor de cabeça por causa dos preparativos para o desfile. Mas quando eu chego em casa, ou na casa do Alfredo, eu tenho um momento de paz. Essa correria toda da última semana me manteve ocupada o suficiente para não lembrar do acontecimento envolvendo a Julieta.
Eu não sei porquê, mas tem algo estranho com ela e não é direcionado a mim ou ao Alfredo. Eu fiz linguagem corporal, mas não é como se eu pudesse ler todas as pessoas, mas eu sei que a Julieta quer ser lida. Keyla tem razão, ela esconde algo, e seja bom ou ruim, eu prefiro não saber.
Indo para o tópico meu namorado. Os momentos com o Alfredo são cada vez mais especiais, mesmo que sejam momentos simples. Sempre que eu estou com o Flink e com ele, eu começo a pensar no tópico familiar. Seria incrível acordar todos os dias com beijos e lambidas, mas eu também sinto que devemos aproveitar cada etapa, sem pular nenhuma. Ainda temos discussões para resolver como ontem, porém como eu sou uma pessoa madura e adulta, assim que nós acordamos, Alfredo e eu, eu pedi desculpas por me exceder e falei que era uma das raras vezes que eu tenho TPM.
Está bem...Eu não faço a mínima ideia se estou de TPM, mas eu precisava culpar algo. Na verdade, eu nem sei o que tem de errado comigo, eu só...estou meio estranha. Talvez seja a fase que todos temos, ficar triste sem motivo algum.
— Kisa? — Olho para a Mia. — Seu pai está aí.
— Onde? — pergunto, deixando o copo de café com leite vazio em cima de uma mesinha.
— No primeiro salão.
Dou um aceno de cabeça para o menino que trouxe o café para mim e vou para onde meu pai está
Falta poucas semanas para o desfile, por isso estamos no local que vai acontecer para fazer os preparativos das modelos.
— Oi, pai. — Abraço ele. — O que faz aqui?
— Passei na sua empresa, mas você não estava. Vim te convidar para almoçar. — Checo a hora no meu relógio de pulso. — Se estiver ocupada, deixa para lá.
— Não, eu...só preciso ver se está tudo certo lá dentro. Já volto.
Corro em direção ao salão onde está o pessoal.
— Gente? — Me olham. — Vou dar uma saída, mas volto logo. Vai ficar tudo bem por aqui?
— Claro. Vai sem preocupações — o diretor de movimentos diz.
— Cuida de tudo, Mia — digo.
Pego minha bolsa na cadeira e volto para onde meu pai está me esperando.
— Vamos — falo.
Pegamos um táxi até o Boucherie, que não demora muito para chegar pois é muito perto. Escolhemos uma mesa mais afastada para não ficarem atrapalhando a gente com fotos.
