Capítulo 11

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Muitos olhares se voltam para mim enquanto eu caminho em direção ao elevador da Gency

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Muitos olhares se voltam para mim enquanto eu caminho em direção ao elevador da Gency. Subo para a sala que eu estou supondo ser do Alfredo, já que era do tio Giovanni. Vejo a secretária e me aproximo da sua mesa.

— Boa tarde. Quero falar com o Alfredo, por favor — digo.

A secretária muito bonita me olha de cima a baixo.

— Boa tarde. O Alfredo está em reunião — fala, sem direcionar seu olhar a mim.

— A reunião vai demorar?

— Não sei.

Evito revirar os olhos.

— Se demorar ou não, uma hora ele volta. — Dou de ombros.

— Você não pode entrar — afirma.

Ela está certa, eu não posso entrar sem a presença dele na sala. Porém ela está impondo isso de forma errada

— Me chame de senhorita, nós não temos intimidade — digo, calma. — Senhorita Kisa Vezenic.

— Me desculpe, eu não sabia que era a senhorita. Sou nova aqui — diz, desajeitada.

Abro um sorriso mínimo e ignoro que eu não tenho autorização para entrar enquanto ando em direção a sala do Martell.

Entro na sala do Alfredo e me sinto claustrofóbica. Não tem uma janela ou um buraco para entrar ar. Eu realmente não lembrava de ser tão fechada, talvez eu nunca tenha ficado aqui por tanto tempo e tenha passado mais tempo na sala de reunião.

Sento na cadeira dele e observo a sala, varrendo os olhos pelo grande cômodo, reparando em cada mínimo detalhe.

Até que é bonitinha, com cores sólidas e minimalistas, mas bonitinha. Não tem muitas coisas de decoração, não tem fotos, não tem vida.

Alguns minutos depois, algumas ideias surgem na minha cabeça e minha inspiração vem com tudo.

Caço papel e lápis e começo a desenhar.

Demoro uma hora, pois passo o desenho para o digital do meu tablet e tenho que ajeitar alguns pequenos detalhes. Ainda faltavam as cores e os detalhes marcantes, mas eu prefiro fazer isso com calma e tempo.

Guardo minhas coisas e me ajeito na cadeira, colocando os pés na mesa enquanto enrolo uma mecha do meu cabelo. Escuto o barulho da porta e dos seus passos, logo o Alfredo entra. Ele não tinha me visto, pois caminhou para o lado oposto de onde eu estou. Alfredo trata de tirar o blazer, abrir alguns botões da camisa social e arregaçar as mangas.

Ele é bom ator ou a secretaria esqueceu de mim.

— Sabia que é antiético transar com a secretaria? — questiono, assustado-o.

Alfredo coloca a mão no peito e solta um longo suspiro. Sorrio.

Ele realmente não sabia que eu estava aqui.

Minha Complicada Paixão - Minhas Paixões 01Onde histórias criam vida. Descubra agora