Desde quando eram crianças, Kisa e Alfredo sempre se implicaram para esconder o sentimento que nutriam um pelo o outro. Com o passar dos anos, isso não mudou, as provocações e brincadeiras só aumentaram, até que Alfredo foi fazer faculdade em Londre...
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O dia de fato parece mais bonito e ensolarado com a chegada da sexta-feira.
Termino de passar o rímel e vou colocar a minha roupa, um conjunto de couro de saia e blazer curto preto, meia calça preta e bota de salto e cano curto preta. Apanho minha bolsa transversal preta, jogo em meu ombro e saio de casa.
O caminho é tranquilo para a hora da manhã, dirijo com cautela e tranquilidade. Chego à empresa após alguns minutos, deixo o carro para o manobrista estacionar e vou para o andar da presidência. Passo pela recepcionista dando bom dia e um aceno de cabeça, então sigo para a minha sala.
— Bom dia. Qual a minha agenda de hoje? — pergunto a Manoela.
— Bom dia. Videoconferência sem horario definido de termino, às 17:00. Revisar catálogo, assinar papéis e ter um almoço de negócios com o senhor Martell. Confirmo que está livre?
— Alfredo Martell? — Ergo as sobrancelhas.
— Sim. Ele marcou hoje de manhã, disse que era sobre as políticas do novo contrato pela mudanca de gestão da Gency.
— Confirma — digo, Manoela assente. — Obrigada e pode ir.
Ela me lança um sorriso sem mostrar os dentes antes de sair da sala.
As horas da manhã passaram depressa, a correria nas assinaturas de papéis me manteve distraída da passagem de tempo. Revisei 5 catálogos minuciosamente durante 4 horas até dar a hora do almoço. Vejo o relógio da parede, então pego a minha bolsa, boto os óculos de sol e saio.
Penso durante o caminho até o Angeles o que o Alfredo pode estar querendo comigo, me mantenho com a cabeça nisso até que chego. Dou a chave para o manobrista após eu sair do carro e entro no Angeles.
— Kisa? O que está fazendo aqui? — Victor pergunta, pondo-se em minha frente de repente e me abraça
— Almoço de negócios — Reviro os olhos por baixo dos óculos e evito a piadinha que eu queria fazer.
— Qualquer coisa, te salvo. — Ele abre um sorriso.
— Obrigada. — Deixo um beijo em sua bochecha, sinto a sua barba rala espetar o meu rosto. — Até logo.
Digo e vou para a mesa do Alfredo após avistá-lo na mesa ao fundo perto da janela.
Não nego que o Alfredo ficou mais lindo e gostoso. É quase impossível resistir. Reconheço o tecido fino, caro e bem apessoado do terno escuro que se adequa perfeitamente em seu corpo musculoso, de Dormeuil, um Vanquish II. Um clássico óculos de sol da marca Burberry o deixa com cara de profissional, seu cabelo castanho está sendo escondido por uma boina preta e sua barba rala está feita. Alfredo sempre foi bonito, mas agora ele está gostoso e muito atraente, com aparência de homem.
— Boa tarde — digo.
— Boa tarde. — Abre um sorriso sem mostrar os dentes. — Sente-se. — Ele aponta para a cadeira em sua frente.
