Ela é uma Mills

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Swan
— QUAL É  O PROBLEMA DELA, RUBY? – falei alto, entrei em casa — NÃO TENHO TEMPO PARA AS SUAS INFANTILIDADES! — ri irônica – Quem ela pensa que é? — me joguei  no sofá. Bufei!
 
— Ela é a professora, só isso! – Ruby respondeu debochada –  A autoridade  máxima  em uma sala de aula. Tem todo o direito!  – concluiu erguendo as mãos na altura do peito fazendo uma expressão para justificar  o óbvio. 
Bufei novamente.

— Precisava ser tão grossa? – fitei o teto. Imagens de Regina andando pela sala com aquele ar de superioridade, o som daquele salto ecoando pelo ambiente,  invadiram minha mente. Senti  um arrepio subir pela espinha. Ela era linda! Linda? Balancei a cabeça para espantar tal pensamento.  Ela era  insuportável. É  isso. Insuportável!

—  Melhor se preparar, ela não gostou nada de você.  E  sabe a fama que ela tem... – balançou a cabeça em negação. 

— Fama? Que fama, loba? – me arrumei no sofá.  Ruby sentou-se ao meu lado. – Ela não é nova na escola? – indaguei.

— Não! – fez uma pausa — Regina voltou agora, ficou uns nove anos afastada. Não é  possível que você seja tão desligada, patinho! – me olhava com indignação. 

Devolvi o mesmo olhar para ela, esperei que explicasse.

—  Mills! – disse como se fosse óbvio – Regina MIILLSS! – falou mais alto dando destaque ao sobrenome.  

Fiz  a minha melhor cara de “e daí?”

— Por Deus, Emma, a prefeita! PRE – FE – III – TAA! — fez com o dedo como se tivesse escrevendo no ar -  Bom, a ex-prefeita. O segundo mandato dela terminou recentemente. – concluiu.

— Temos aula com a prefeita? – arregalei os olhos.

— Ex! – disse simplesmente. 

— Ótimo! Tá explicado porque ela é  toda cheia de não me toque. – usei uma voz debochada — Toda cheia de si. Deve se achar! – fiz uma cara de nojo.

— Ela não se acha, ela é! Foi a melhor prefeita que essa cidade já teve.  Storybrooke nunca avançou tanto, em vários aspectos. – Ruby  falava com orgulho – Até minha avó,  que você conhece,  adora um debate político, quando o assunto é a “Prefeita Mills”  só tem elogios.
 
— Por que  não me falou quem ela era? – joguei uma almofada nela – Me deixou  passar por tudo aquilo,  CRETINA!

— Primeiro... – jogou a almofada de volta — Não pensei que você fosse tão desinformada. Segundo, eu que não ia atrapalhar a aula dela, para falar algo que não fosse relacionado à  matéria.  A fama de Evil Queen não  se fez à  toa! 

— Primeiro, nunca me interessei por política,  nem quando morava em Nova Iorque.  Segundo... — falei irônica — Claro que já tinha ouvido falar sobre a prefeita Regina Mills, apenas não tinha visto foto, nem nada. Então, ao escutar o nome da professora,  não liguei o nome à  pessoa.  E terceiro, que história é  essa de “ Evil Queen”?
 
— Você não tem exclusividade com o lado ríspido da prefeita professora Mills  — fez aspas com os dedos —  Ela tem fama de ser muito dura com todos que trabalham com ela. Deve ser por isso também que sempre teve bons resultados. Uma coisa não é possível negar, tudo o que Mills faz, é com dedicação.  A aula dela hoje por exemplo,  foi perfeita. Vou até pesquisar mais sobre William Faulkner.  

— Ah, não me fale desse cara. Eu odiei! História sem cabimento – fiz  uma pausa colocando os pensamentos  em ordem. – Evil Queen... Eu tô muito fodida! –  levei as mãos ao rosto.

— É  tá sim, amiga!  — abriu um sorriso debochado – Regina Mills vai fazer um ensopado de pato, e eu vou adorar ver isso! – riu.

— Idiota! – respondi,  mas também cai na gargalhada — Aquela mulher  precisa é  de sexo!

Cinza das Horas (Swanqueen)Onde histórias criam vida. Descubra agora