4. Uma intrusa

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Após a missão de resgate da menina Yeri, as filhas do rei Gong estavam em retirada para casa, no entanto acabaram se perdendo e seguindo por outro caminho. Acontece que nem elas e nem mesmo os guardas são bons quando o assunto se trata de direção, como consequência e possível dedo das divindades elas acabaram indo parar na província de Draktar, terra vizinha ao reino de seu pai. Já impaciente e com a chegada da noite Soya decide dar ordem para pararem e continuarem logo pela manhã. Acamparam abaixo de uma grande árvore de carvalho, cujo seus galhos quase batem no chão, os guardas montaram uma fogueira, amarraram os cavalos e logo após isso foram caçar algo para comerem.

Roseanne estava um pouco afastada do grupo admirando as estrelas e encantada com elas, formando constelações com os dedos. Já perto da fogueira Soya entrava em um jogo de sedução com Tzuyu, que parece gostar de suas falas, rindo a cada novo jogo de palavras jogadas pela filha mais velha do rei Gong. Yeri está a dormir, não aguentou nem mesmo esperar a comida chegar, nesse instante a coisa que a mais nova está mais preocupada é se a garota irá se acostumar com o palácio e com a vida agora boa e sem problemas. Roseanne se aproximou das duas e Tzuyu levantou, lhe fazendo uma breve reverência e olhando uma última vez para Soya. Ao receber uma piscada da princesa, a garota ficou subitamente vermelha e saiu dali, indo até os cavalos.

— Não acredito que está flertando com a garota. - Disse Roseanne, incrédula com a situação.

— Me deixa, ela até gosta. - Disse Soya, mexendo no fogo e logo se pondo a falar de novo. - Ela sabe quais são minhas intenções e que isso nunca passará da cama.

— Inacreditável como pensa assim, nunca pensou em ter apenas uma pessoa ou dedicar sua vida a um único alguém? - Perguntou Roseanne.

— Nunca, isso é totalmente tolo, se há tantas pessoas no mundo porque devemos apenas beijar uma boca e ter apenas um corpo pelo resto dela? - Perguntou Soya, estalando o pescoço e deitando sobre o chão. - Se de fato existe alguém que seja destinado a me encontrar.. essa pessoa está enrascada, porque eu nunca me renderei a um único ser.

— Isso é o que veremos, esperarei o dia de seu casamento e rirei de sua cara. - Disse Roseanne.

— Se um dia cometer essa loucura, meu rei será traído, por pessoas diferentes e pelas quais nunca lembrarei o nome. - Disse Soya.

— Tenho muita pena do meu futuro cunhado. - Disse Roseanne.

Ao amanhecer se puseram a cavalgar, passaram por vilas, um lago e nada de acharem um lugar conhecido ou a qual as pessoas parecessem convidativas.

Suas esperanças estavam esgotando, mas foi aí que um círculo dourado surgiu à frente deles e assusta os cavalos, do círculo saiu uma mulher com capuz inteiramente branco.

Ela retirou o capuz e deu um sorriso gengival completamente encantador ao grupo, seus cabelos eram completamente loiros e reluzentes com a luz do sol. Fazendo com que ficasse ainda mais deslumbrante.

— Por que gosta de nos dar esses sustos, Minari? - Disse Soya.

— É divertido ver sua cara de pateta - Disse Mina. Talvez sendo a única pessoa a quem Soya aguentava ser insultada, pois a mulher expressa uma paz em seus olhos, tornando impossível qualquer ato seu. - Trago notícias do rei Gong.

— O que o meu pai deseja? - Disse Roseanne..

— Uma missão de última hora e ele precisa levar seus melhores guerreiros, pede que os guardas e Tzuyu me acompanhem. - Disse Mina

— E quanto a nós duas? Não podemos ir em missão? - Disse Soya, um pouco chateada.

— Quanto a isso ele disse que precisa de vocês em casa nos próximos dias e esse dever pode levar uma lua inteira. - Disse Mina. - E como o portal só suporta seis pessoas vocês terão que ir sozinhas a partir daqui.

Em meio a guerra. - Jensoo, Chaelisa.Onde histórias criam vida. Descubra agora