67. As estrelas do seu quarto.

117 17 3
                                    

Aquele domingo estava sendo muitíssimo entediante, então Lisa arrumou um jeito de se entreter, já que sua namorada tinha tomado o dia para descansar. Decidindo assim, retocar as estrelas de seu teto e apagar algumas outras ou talvez mesmo fazer uma nova constelação, com um significado que lhe faça lembrar de algo toda vez que olhe para o teto. Forrou todo quarto com jornal, até mesmo sua cama, abriu os baldes de tinta fluorescente e com a ajuda de seus poderes começou a pintura, aquilo facilitava muito seu trabalho, mas não deixou de prestar atenção em cada detalhe. Fazia as estrelas com tinta azul clara, escura e tinta branca, com detalhes em azul, vermelho e verde. Sendo todas elas fluorescentes. Quando estava quase na metade, escutou a campainha tocando, correu para atender a porta, descendo os degraus às pressas, já que se fosse sua mãe ou Jennie elas não iriam precisar tocar a campainha. Se deparou com sua namorada em sua frente, que estava com os braços para trás e com um cativante sorriso em seu rosto.

— Pensei que tomaria o dia para descansar. - Disse Lisa.

— Não gostou de me ver?

— Gostei, mas se soubesse teria te chamado para vir aqui antes. - Saiu da porta para que ela entrasse.

— Eu dormi toda manhã, depois estudei um pouco e agora me encontro entediada. Fui procurar a Jisoo para assistir um filme, mas ela está aproveitando para ler o que antes não conseguia. Disse que tem mais de vinte livros com finais inacabados. Então estou aqui.

— Sou sua segunda opção para te tirar do tédio?

— Não, só que pensei que estivesse ocupada.

— Na verdade estou, mas se esperar mais uns dez minutos e que eu tome um banho, podemos assistir um filme.

— O que está fazendo?

— Retocando as estrelas.

— Como assim?

Lisa nada disse, pegou em sua mão e a levou para o andar de cima. Rosé se deparou com tintas no chão e o teto mais colorido, tudo estava mais lindo do que já havia visto antes.

— Estão muito claras, estou cobrindo algumas e fazendo novas. Disse Lisa.

— Já está ficando bonito, mas como está pintando?

— Estou usando um pouquinho dos meus poderes. Consigo controlá-los com mais precisão e aquelas marcas não aparecem mais.

— Seus olhos ainda ficam pretos?

— Creio que sim, mas ainda não cheguei ao meu limite de raiva, então dificilmente irão aparecer.

Lisa sentou no chão mais uma vez e a outra sentou ao seu lado. A casa estava silenciosa, não viu nenhum vestígio de Yeri ou Helena, se dando conta que estavam sozinhas, porém precisava ter certeza.

— Sua mãe não está em casa?

— Não, ela foi levar a Yeri na casa do pai e resolver algumas coisas.

— O pai dela é Americano?

— Sim, mas descendente de asiático.

— Sua mãe ficou casada com ele por muito tempo?

— Acho que por três anos, foi, três anos. Ele era bom, mas não era amor, sabe? Minha mãe sempre foi uma mulher mais livre, então pediu o divorcio.

— E seu pai?

— Ele morreu pouco tempo depois do meu nascimento, acho que nem chegou a me conhecer. Minha mãe arrumou um emprego aqui e o visto para nós duas, então viemos a esse país e quatro anos depois ela casou, conseguiu visto permanente, teve a Yeri, se separou e hoje... Digamos que ela dá umas saidinhas.

Em meio a guerra. - Jensoo, Chaelisa.Onde histórias criam vida. Descubra agora