Em meio a guerra. - Jensoo, Chaelisa.

56. Nossa melhor opção ou simplesmente Taeyeon.

Chaeyoung não estava respondendo ou vendo mensagens, isso desde sua fuga na madrugada. Lisa até tentou ligar diversas vezes, porém nenhuma resposta recebeu. Na manhã de segunda-feira, Jisoo deu um jeito de sair da aula de álgebra. Se dirigiu para as arquibancadas tomando muito cuidado para não ser vista, indo para debaixo, onde dificilmente a veriam e onde alguém já estava à sua espera.

— Nunca pensei que me chamaria para matar aula. - Disse Jennie.

— Preciso da sua ajuda, matar aula é o único jeito de não nos escutarem. - Disse Jisoo.

— Porque precisa da minha ajuda?

— Temos que ajudar a minha irmã. Ela não pode ficar morando com eles até o fim do intercâmbio, precisamos tirá-la de lá.

— E como iremos fazer isso? Sequestro? Assassinato? Posso dar um jeito de ameaçá-los, conheço muita gente que faria isso por quase nada.

— Não, temos que fazer isso de forma legal. Nada de sair do eixo, coisas assim podem acabar com a sua estadia aqui.

— Seu lado cruel às vezes faz falta.

— Seu lado doce também.

— Eu ainda tenho ele, só preciso de uma chance sua para mostrá-lo a você.

— O assunto aqui é minha irmã e não nós.

— Eu sei, então qual é o seu plano? Não me chamaria aqui se não tivesse um.

— Quando alguém faz intercâmbio vai para outro país conhecer uma nova cultura e também sua língua. Mas no caso da Rosé, ela apenas veio para conhecer nossa cultura e ter um ensino melhor. Só precisamos provar ao coordenador do intercâmbio dela que isso não está acontecendo, que está sendo mantida sob controle e não tem liberdade alguma para ir e vir.

— Iremos denunciar? - Jisoo confirmou. - Você não pensou nas consequências. Ela pode ir para uma família pior, ou até ser mandada de volta.

— Por isso que minha mãe irá agir.

— Como assim? - Perguntou confusa.

— Ela é advogada, uma vez me disse que colocou seu nome na lista para receber intercambistas em uma empresa dessas, descobri que é a mesma da Rosé. Podemos levá-la para a minha casa, assim ela fica mais perto e podemos agir mais rápido em relação à Lisa.

— Achei uma ótima ideia, mas só quero ver a reação da Lisa quando escutar essa ideia sua.

— A ideia será dela.

— A minha irmã não é influenciável, tentar colocar isso na cabeça dela será impossível.

— Acontece que ela ainda não é a sua irmã, a conheço bem e podemos fazer isso. Por isso preciso de sua ajuda.

— O que devo fazer?

— Irá conversar com ela, dizer que está preocupada com a Ro..Chaeyoung. Então cite meu nome, diga que minha casa é um lugar seguro para ela ficar.

— Acha que dará certo?

— Tenho certeza.

Combinaram que Chaeyoung não poderia saber de nada, que tudo deveria ser mantido em segredo, pois se as coisas dessem errado, ela não iria se decepcionar com as esperanças que supostamente iria colocar nisso tudo.

(...)

O nervosismo de Lisa era facilmente percebido na mesa do almoço, pediu para que sua namorada não comesse a sobremesa, os curiosos perguntaram o porquê. Jennie usaria o almoço para conversar com ela, mas perdeu essa oportunidade quando sua irmã e Chaeyoung saíram às pressas do refeitório. A mais velha não sabia onde iriam, confiando assim cegamente em Lisa. Na medida que andavam os corredores ficavam ainda mais vazios, mas também se aproximavam ainda mais do destino misterioso.