Em meio a guerra. - Jensoo, Chaelisa.

66. Explicações.

Quando Lisa bateu na porta do quarto de sua namorada, ela estava organizando seu guarda roupa e todas as coisas que estava ali, demorou um tempo para dar atenção a mais nova, não estava enrolando, só não queria deixar isso para depois.

— Prontinho. - Disse ao sentar na cama ao lado dela. - Estava com a Jisoo?

— Não queria te atrapalhar, então aproveitei e fui perguntar coisas sobre você, coisas que eu ainda não sabia.

— Poderia ter me perguntado.

— Isso iria estragar a surpresa. Quero te levar para sair amanhã à noite, aceita?

— Pode ser no próximo domingo? Usei muito do meu poder para recuperar as memórias da sua mãe e da Yeri. Queria descansar um pouco.

— Certo, domingo que vem.

— Posso te perguntar uma coisa? Fiquei curiosa para saber como suas memórias voltaram. Memórias são a minha coisa e isso me intrigou.

— Quer saber o que aconteceu com a minha cabeça? - Rosé afirmou. - Digamos que eu precisei de um trauma, ver você morrendo outra vez foi cruel e depois saber que a Jisoo estava entre a vida e a morte também foi.

— O que aconteceu quando dormiu?

— Acordei no meio do vácuo, acho que era meu subconsciente. Uma réplica minha me olhava, disse algumas coisas e depois me mandou falar com a Jisoo.

— Uma réplica sua e a Jisoo estavam no seu subconsciente?

— Sim, parecia que eu estava enlouquecendo, pensei que também te veria, mas isso não foi possível. Parece que você nunca se arrependeu de nada, por isso não estava lá. - Acariciou seu rosto rapidamente. - Continuando, minhas memórias estavam guardadas, eu apenas precisava me permitir lembrar, só que em algum canto aqui dentro eu sentia culpa e isso estava me impedindo. Então após uma longa conversa com a sua irmã, eu me senti pronta para voltar, então quando acordei elas simplesmente estavam lá.

— Absolutamente tudo?

— Sim, junto com todos os meus sentimentos guardados. A saudade de você, meu amor por você e qualquer outro sentimento que estivesse aqui quando morri. - Rosé deixou um selinho em seus lábios.

— Era a Jisoo que conhecemos ou a Jisoo do outro mundo?

— Digamos que era a verdadeira Jisoo, livre de culpa, dor e disposta a amar. Mas a Jisoo que conhecemos está presa.

— Ela está presa na culpa, certo?

— Certo, então quando ela se libertar disso tudo, será a Jisoo que vi em minha cabeça. Nunca a vi sorrindo como está, ela parecia feliz e livre de qualquer arrependimento. - Disse

— Isso é muito confuso.

— Muito. Então digamos que a sua irmã esteja presa em correntes com cadeados, ela tem todas as chaves, mas tem medo de abrir os cadeados, só que no momento que fizer isso... estará livre.

— Por isso está aconselhando a Jennie com isso?

— Sim, a Jennie seria como uma chaveira, vai abrir mesmo sem as chaves, pois só ela tem a chave mestra e o poder de libertar a Jisoo. Minha amiga merece ser feliz ao lado de quem ama, do mesmo modo que eu estou sendo.

— Está sendo?

— Ainda tem dúvidas? - Acariciou seu rosto com carinho. - Sou grata por viver minha primeira vida neste mundo ao seu lado. Obrigada por ter me encontrado, obrigada por tudo que tentou só para me fazer voltar.

Rosé juntou seus lábios juntos aos dela, de forma terna e com carinho, não tinha intenção de aprofundar o beijo e Lisa partilhava do mesmo pensamento, mas não deixou de puxá-la para perto de si. A mão de Lisa ainda acariciava seu rosto, logo a realocando para sua nuca e a acariciando. Quando o ar lhes faltou, as duas permaneceram próximas e desse modo partilhando do mesmo ar.