20. Uma proposta

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Com a aproximação da lua cheia, uma preocupação sucumbiu o coração de Jennie, mas não o arrependimento. Sua decisão de participar de um sacrifício, ainda permanece sem sua cabeça, pois só assim conseguirá ajudar sua amada, garantindo a possível vitória de Ab'dendriel e sua liberdade. A liberdade de amar e poder se ver livre de seu pai, um homem cruel e que nunca as amou. Um homem que apenas se casou para conseguir herdeiros e que hoje as julga como fracas, comparando-as à sua antiga esposa, mas mal sabe ele, que a comparação com Helena as traz grande felicidade.

— Temos que mandar os dois para longe, pelo menos na noite de lua cheia. - Disse Jennie, que estava apenas na presença de Lauren

— Já pensei nisso, irei mandá-los para Ab'dendriel.

— Como assim? - Perguntou de pestanas elevadas. - Isso pode ser perigoso, ela pôde ver a Rosé, que ainda não contou a respeito de seu título

— As princesas estão em expedição, me certifiquei disso e não irão voltar tão cedo. Chanyeol irá tomar os devidos cuidados e caso ela esteja lá.

— Mas porque justamente lá? Os mande para a capital ou uma vila próxima.

— Depois do feitiço você irá se sentir muito fraca, há apenas em Ab'dendriel uma planta que aumenta a imunidade de forma surreal. Se eu mesma for, não chegarei a tempo e precisamos fazer isso ainda nesta lua cheia. Ou você quer esperar mais um pouco?

— De forma alguma, não temos tempo.

— Ótimo. Lhe recomendo que não fique nervosa ou muito preocupada, se continuar assim terá problemas após o feitiço.

— Tentarei me acalmar, nada dará errado.

Sua preocupação é uma das únicas coisas que ela não consegue controlar, então mesmo que tente ainda irá permanecer assim. A preocupação pode ser o motivo de suas enfermidades nos próximos dias, ficando ainda mais preocupada com o pensamento de que isso possa acontecer.

(...)

De fato os galopes poderiam ser escutados, todos andaram sorrateiramente, mas apenas Chaeyoung e Momo sabiam para onde deveriam ir e como agir, olhando para todos os lados e escutando atentamente cada barulho. O sol já não estava no topo, o céu começou a escurecer drasticamente, trazendo com isso um leve frio preenchendo o lugar.

— Cadê os outros? - Perguntou Chaeyoung.

— Estão escondidos. - Disse Momo

— Porque? - Perguntou Chaeyoung.

— Alguns antigos prisioneiros passaram por aqui, arrumaram briga e muitos tiveram que migrar, mas por medo decidimos nos esconder. Se você tivesse vindo instantes depois, não teria me encontrado. - Explicou Momo.

— Aquele imbecil voltou a aparecer? - Perguntou Chaeyoung.

— Nem pisou o pé depois que você meteu aquela faca nele, ele parece um cachorrinho indefeso quando está sem o bando. - Disse Momo

Depois de uma longa caminhada chegaram em uma casa abandonada, o lugar estava aos pedaços e apenas algumas partes estavam cobertas por um teto. Soya olhou tudo atentamente, até que sentiu uma faca em seu pescoço, olhou para os lados e percebeu o mesmo.

— Eu pensaria duas vezes antes de fazer isso. - Disse Soya, segurou na mão que empunhava a faca, a percebendo trêmula. - Não façam nada.

— Podem largar. - Disse Momo. - São amigos.

Todos eles seguiram sua ordem abaixando as armas de imediato.

Ao total eram cinco pessoas, mas uma estavam controlando os corpos dos que não estavam ameaçados por uma faca. Quando se viraram para ver quem os ameaçava, notaram rostos tristes e marcados, alguns arranhões e possíveis cicatrizes escondidas pela sujeira.

Em meio a guerra. - Jensoo, Chaelisa.Onde histórias criam vida. Descubra agora