98. Assembleia

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Descer para o calabouço não era nada desejado, o reino até poderia ser o mais pacifico de todos e por isso o calabouço não era muito frequentado, não havendo qualquer motivo para ser limpo vez ou outra, então ele se encontrava em estado de calamidade, assim como os três únicos presos que se encontravam lá. Sendo dois ladrões, sendo um deles um assassino e o outro um ladrão qualquer. Já a terceira pessoa era a rainha, a traidora de todo um povo e de sua própria filha.

Roseanne dispensou os dois guardas que iriam acompanhá-la, assim como também dispensou a namorada, descendo sozinha aquela longa escada até as celas do calabouço. Logo que chegou escutou alguns cochichos dos dois homens, mas pouco se importou, seguindo diretamente para a última cela do corredor, a da sua mãe.

Sarang estava sentada no chão, com o rosto um pouco sujo e aparência de quem não tomava banho e nem dormia a dias.

— Você. - Disse Sarang, levantando espantada e indo até as grades da cela.

— Surpresa em me ver, Sarang? - Perguntou em um tom sarcástico.

— Você deveria estar morta, morta.

— Acho que seus planos não deram muito certo. - Caminhou para mais perto da grade, não deixando de esnobá-la com um sorriso em nenhum instante. - Eu estou mais viva do que nunca.

— O que faz aqui? Veio passar na minha cara que está livre e viva, enquanto eu estou trancada como um bicho aqui dentro? Eu deveria ter te batido enquanto ainda tinha oportunidade, assim como fiz com a sua irmã. - A mulher trincou o maxilar, mostrando o quão brava estava com tudo aquilo, com a presença da filha e por ainda vê-la viva.

— Eu lhe avisei que acabaria mal se continuasse sendo essa megera que sempre foi e que se arrependeria de entrar no meu caminho. E vejamos, eu acertei, enquanto você errou bem feio. Estou feliz ao lado de quem amo, estou viva, estou livre e prestes a pôr fim em uma guerra que você mesma foi a favor.

— Eu vou te matar, garota. - Sarang esbravejou, sacudindo a grade e tentando alcançar a filha com uma mão, mas Rosé se afastou a tempo.

— É divertido te ver aí dentro, não podendo fazer absolutamente nada. - A princesa voltou para perto da grade, mas dessa vez passando a mão para dentro, alcançando o colarinho do vestido da mãe e o puxando para perto de sim. - Lembre desses olhos, lembre muito bem dos olhos da filha que você rejeitou, que tratou como lixo, pois esses serão os mesmos olhos que você verá antes de morrer. Uma vez eu prometi que te mataria com as minhas próprias mãos e farei isso, eu juro que vou te matar e ninguém vai me impedir de fazer isso.

— Eu que farei isso, eu vou dar um jeito de sair daqui e você irá se arrepender de tudo que falou.

Rosé só conseguia achar graça em tudo aquilo, não dando a mínima importância para tudo que a mãe disse. Assim que a mulher terminou de falar, a mais nova a jogou para trás, com uma certa força e assim a fazendo cair no chão sujo da cela.

Sem olhar para trás, a princesa saiu do lugar, apenas escutando os gritos de fúria da mais velha, que não só gritava, mas a xingava e fazia ameaças assustadoras. Quando chegou ao térreo procurou pela irmã e pelas outras duas, sendo informada que Jennie e Jisoo ainda conversavam com o rei, mas que Lalisa foi levada ao quarto que um dia considerou seu, para que descansasse um pouco.

A porta estava aberta, então não precisou bater ou anunciar que estava entrando. Lalisa estava deitada sobre a cama, com os olhos fechados e pernas para fora, mas estar com os olhos fechados não impediu Rosé em momento algum de deixar beijinhos por seu rosto.

— Amor. - Chamou Lisa, não querendo abrir os olhos, mas agarrando a namorada pela cintura.

— Pelo visto achou meu quarto. - Acariciou o rosto da mais nova, deixando um selinho no canto da boca dela.

Em meio a guerra. - Jensoo, Chaelisa.Onde histórias criam vida. Descubra agora