14. O sumiço de Soya.

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Soya sumiu e ninguém sabia de seu paradeiro, pois não deixou recado ou nem mesmo um bilhete. Jennie tinha certeza que a culpa era inteiramente sua, mas não ousaria dizer isso, porque teria que responder inúmeras perguntas que a colocaria em uma enorme encrenca, não só com os dois reis, mas também com o próprio pai. Jong-In se ofereceu para levá-la a um passeio fora do muros da residência, já que fora as refeições e a biblioteca, não há mais nenhum outro meio para se entreterem.

O passeio também recebeu a presença de dois guardas, para a proteção dos dois futuros rei e rainha de Rhudaur, é claro. Mas isso os fez receber olhares por onde passavam, talvez pela beleza do jovem casal ou por saberem quem são. No entanto, os olhares não tiraram a beleza do comércio local, que é cheio de iguarias e coisas peculiares, atraindo os olhos de Jennie, mas mesmo sorrindo e feliz por estar ali, seus olhos estavam tristes e seu noivo logo notou isso, ficando preocupado ao vê-la parar e olhar fixamente para o nada.

— Você está bem? - Perguntou Jong-In. - Nós podemos voltar se quiser ou eu posso mandar os guardas voltarem.

— Não, eu estou bem. - Disse Jennie, como uma ótima mentirosa diria - Queria apenas que Pranpriya estivesse aqui, ela iria adorar ver essas coisas

Ao fim daquelas palavras, eles voltaram a caminhar.

— Queria ter permissão para convidá-la, mas o rei Yoo só permitiu sua vinda. - Disse Jong-In. - Como ela está? Cresceu bem? - Perguntou de modo curioso, como se de fato se importasse.

— Ela está bem, mas ainda continua impaciente. - Disse Jennie.

— Então ela ainda não... - Jennie sabia o que ele estava tentando dizer, então o impediu antes que terminasse.

— Infelizmente não e agora que sabe que não poderá voltar até descobri-los.... As coisas pioraram. - Disse Jennie.

— Já tentaram magia negra? Dizem que uma boa bruxa pode trazê-los. - Disse Jong-In.

— A nossa cuidadora nunca iria permitir e o pa.. e o nosso pai acha que ela deve descobrir sozinha. - Disse Jennie.

— Triste, mas quando nos casarmos ela poderá ir sempre lá, nunca me incomodarei com a presença de vossa irmã. - Disse Jong-In.

— Bom saber. - Há algo que ela quer perguntar e sem hesitar falou. - Tenho algo a perguntar-lhe, quando se tornar rei como ficará a guerra?

— Ainda não sei, seu pai está me dando você e em troca ganho uma aliança e promessa de nunca entrarmos em guerra, mas olhando o lado certo... continuar essa guerra é totalmente desumano e burro. Então não sei o que irei fazer. - Disse Jong-In.

— Você é um homem bom, certamente irá fazer o certo. - Disse Jennie.

— Acha mesmo que sou bom? - Perguntou Jong-In, recebendo confirmação imediata de Jennie. - As vezes me pergunto se realmente sou bom, pois tolero muita barbaridade calado e também sou muito covarde para tomar atitude.

— Quando se tornar rei poderá agir como quiser, desde iniciar ou não uma batalha, a tolerar atos que julgue bárbaros. - Disse Jennie.

— Assim espero e ao seu lado tenho certeza que as coisas irão se sair bem. - Disse Jong-In.

Enquanto os dois andavam despreocupados, ou quase isso, a sede da capital estava uma só confusão, a rainha se via louca procurando sua filha mais velha, enquanto a outra perambulava pela biblioteca do lugar. Estava em busca de mais informações sobre a árvore, mas mesmo pedindo informação se sentiu completamente perdida. Rosé não se importa nem um pouco com o paradeiro de sua irmã, ela obviamente acha que a outra saiu para se divertir com Tzuyu e acabou perdendo a hora, até vê-la em um dos corredores.

Em meio a guerra. - Jensoo, Chaelisa.Onde histórias criam vida. Descubra agora