29. Plano de invasão.

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No palácio as coisas estavam estranhas, o rei dormia um sono profundo, os guardas não estavam em seus postos e as pessoas que Soya escolheu estavam em seus quartos. No momento que Pranpriya, Soya e Mina chegaram ao palácio, logo perceberam a quietude do lugar, desconfiando de qualquer mosca vista.

— Deixou ela aqui... em frente a essa porta? - Perguntou Soya.

— Sim, esperei um pouquinho e depois fui embora, mas ela ficou encarando essa porta e não me disse nada. - Disse Mina.

— Sinto que algo está errado. - Disse Pranpriya. As duas a olharam e logo em seguida concordaram. - Será que...

— Não, não pense no pior - Disse Soya

A mais velha segurou na maçaneta e a girou, se depararam apenas com a rainha sentada na cadeira do rei e possivelmente se imaginando ali. Havia sangue no chão e o desespero se fez maior, Sarang as olhava sorrindo e mantendo sua atenção em Pranpriya, pois nunca havia visto sua versão adulta, então ela era uma completa desconhecida até o determinado momento.

— Cadê a Roseanne? - Perguntou Soya a sua mãe. - Cadê ela? - Disse um pouco alterada.

— Ela está recebendo os cuidados que sempre mereceu. - Disse Sarang.

Os olhos de Pranpriya começam a ficar pretos, a raiva lhe sucumbia por inteira e não esperaria nem mais uma palavra dela para agir. No entanto, Soya foi mais rápida, foi até a rainha, agarrou o seu colarinho e lhe encarou, como se fosse matá-la ali mesmo.

— Seja clara, não estou aqui para brincadeira. - Disse Soya. - Se aquele sangue for de...- Foi interrompida.

— Ela está em Draktar, o rei pediu sua cabeça e eu não vi porque dizer não. - Disse Sarang, sorrindo de forma descarada.

— Você merece morrer por isso. - Disse Pranpriya. - Como teve coragem de entregar a sua própria filha? - Seus olhos estavam em lágrimas. - Ele é um monstro e obviamente vai matá-la.

— E porque acha que a dei para ele? - Disse Sarang. - Não queria ter seu sangue em minhas mãos, mas ele sim. Ainda não sei o porquê, mas adorei a ideia de que mais alguém quer se livrar dela.

— Tudo isso em troca de que? - Disse Soya. - Se ver livre de sua própria filha? Isso é loucura.

— Foi pelo bem do reino. - Disse Sarang - Aquela garota poderia nos meter em problemas e você sabe disso.

— Bem do reino? - Disse Soya. - A guerra já está quase ganha.

— Acho que você não me entendeu. - Disse Sarang - Troquei ela por uma trégua eterna, Yoo nunca irá pisar um pé aqui.

— Ótimo, porque seremos nós que iremos até lá. - Disse Pranpriya.

— E quem é você para dizer isso? Após que não passa de uma nada - Disse Sarang.

— Eu sou a filha de Helena, o motivo pelo qual Roseanne some e mais uma de suas inimigas. - Disse Pranpriya

— Que bonitinho, percebo que cresceu igual ela, uma promíscua - Disse Sarang

Pranpriya avançou e foi segurada por Mina, que tentou acalmá-la.

— Você ira receber o que merece, mas não pelas minhas mãos. - Disse Soya, se aproximando de seu ouvido. - Roseanne irá fazer tudo que sempre teve vontade de fazer com você, e como rainha... eu irei aprovar cada ato de tortura.

— Isso é o que veremos, querida filha. - Ela não demonstrou nenhuma presença de medo em seu tom de voz, isso só prova o quão louca ela é.

— Guardas. - Soya os chamou e dois apareceram. - Levem ela para o calabouço

Em meio a guerra. - Jensoo, Chaelisa.Onde histórias criam vida. Descubra agora