Em meio a guerra. - Jensoo, Chaelisa.

60. Mudança.

Ainda naquela segunda, Lisa voltou para lhe fazer companhia, omitiu sobre dormir, disse que havia tentado, porém nem isso ousou fazer. Taeyeon dormiu no sofá do quarto. Jennie dormiu na cadeira ao lado de sua cama, para não ficar longe ou ter que ir para casa, repousando sua cabeça em cima da cama. Jisoo não estava conseguindo dormir, ficar de repouso por muito tempo não é algo desejado e aquilo lhe trazia uma sensação de prisão.

— Sério, eu não sei como ela ainda consegue ficar perto de você. - Disse Lisa, olhando para Jennie e Jisoo. - Eu já teria desistido depois de tantos foras.

— Eu também. - Disse Jisoo. - Mas....Ela não me escuta.

— Então você poderia escutá-la, deixa de ser rabugenta e dá uma chance à garota. Ela já fez muita merda na vida, você já sofreu muito com um relacionamento abusivo, ela tem cara de quem sairia correndo atrás de você, ou de quem fugiria por você. Ela prova que te ama, caso contrário não estaria aqui ou não teria esperanças.

— Não é bem assim que as coisas funcionam. - Passou a mão no cabelo de Jennie. - Às vezes o que tanto queremos não nos pertence.

— Então a quem? A Deus? Ao mundo? - Respirou fundo - Jisoo, são sentimentos, não um pecado ou crime.

— Você está parecendo a Chaeyoung falando.

— E você uma parede.

— Prefiro ser uma parede do que....- Sentiu uma leve fisgada em seu peito, Lisa se aproximou ao ver sua expressão de dor.

— Tá doendo? - Perguntou preocupada. - Vou chamar um médico. - Jisoo segurou em sua mão.

— Não, por favor.

— Mas você está sentindo dor. Não pode ficar assim.

— Já passou.

— Sério mesmo? - Jisoo confirmou. - Vou acreditar em você, mas só dessa vez.

Manoban entendeu aquilo como um aviso, para passar a noite ali e ficar acordada, observando sua amiga. E a qualquer indício de dor, iria urgentemente chamar um médico. Durante aquela noite ela ficou alerta, mais que qualquer coisa, quase perto das quatro da manhã, decidiu ir ao banheiro, passando pelo mesmo corredor de sábado e desejando do fundo da sua alma ver a mesma coisa, sentir a mesma coisa, ver a continuação para tudo aquilo.

(...)

Assim que Taeyeon acordou, Lalisa decidiu ir para casa, pensar em outra coisa e dar a entender que passou aquela noite dormindo, não iria para a aula. Porque uma mente cheia de coisas, dificilmente conseguiria prestar atenção em algo.

(...)

Antes da aula, Chaeyoung deu um jeito de ir ao hospital, entrou quase correndo, virando os corredores nos tropeços e tomando muito cuidado para não derrubar ninguém. Jisoo foi atacada com um abraço apertado, enchida de sermões e beijos em sua testa, as outras duas a deixaram sozinhas no quarto e não se largaram por um minuto sequer.

— Tive medo de te perder, depois desse tempo todo te procurando. - Disse Rosé. Ainda no mesmo estado em que chegou, a abraçando.

— Não se preocupe, nunca ousaria te deixar. Sou sua família, se esqueceu?

— Família também abandona, família também morre e no nosso caso as coisas podem ser ainda piores.

— Vamos esquecer isso, eu já estou bem e em breve estarei muito melhor.

— Preciso te contar uma coisa. - Deitou na cama direito, ficando agora ao lado de sua irmã.- Ela já sabe. - Disse simples e recebendo uma encarada de sua irmã. - É, eu demorei para acreditar nisso