Em meio a guerra. - Jensoo, Chaelisa.

28. Magia negra.

Rosé as guiou por todo o percurso, quando chegaram à vila o céu já se encontrava escuro, nenhuma palavra foi dita durante todo o percurso. As ruas ficaram mais esquisitas, haviam mais pessoas estranhas e as três tinham a leve sensação de que seriam atacadas a qualquer instante. A pequena loja está ainda aberta, as três encararam a porta, na espera que alguma delas tomasse atitude.

— Tem certeza que é aqui? - Perguntou Pranpriya.

— Absoluta. - Disse Rosé.

— Então okay. - Disse Pranpriya.

A mais nova girou maçaneta, a loja tinha um cheiro estranho, como se não fosse aberta a um bom tempo, o lugar era escuro e mais empoeirado do que da última vez que Lauren pisou neste lugar. E lá estava, a bruxa tinha um sorriso no rosto, parecendo que já esperava por elas.

— Demoraram muito! - Disse Ally.

— Sua.... - Disse Pranpriya, avançando e sendo impedida por Rosé. - Eu deveria te matar.

— Fica calma. - Disse Rosé, encostando em seu rosto e olhando profundamente em seus olhos. - Ameaçá-la só vai nos atrasar.

— Se me matar não vai conseguir a cura, queridinha. - Disse Ally. - Você é muito esquentadinha, isso pode lhe meter em encrenca.

— Não pedi a sua opinião para saber onde irei me meter. - Disse Pranpriya. - Apenas quero a cura de Jennie.

— Isso requer magia negra. - Disse Ally. - Estão dispostas a isso?

— Sim. - As três disseram.

— Mas tem um preço. - Disse Ally.

— Estamos dispostas a pagar qualquer coisa, pode pedir o que quiser. - Disse Soya, nada calma. - Diga seu preço, bruxa.

— Quero que não me matem no final desse ritual. - Disse Ally.

As três se olharam, Soya concordou de primeira, Rosé logo em seguida e Pranpriya pensou mais um pouco.

— Ótimo. - Disse Ally. - Quero que memorizem isso. - Lhes deu um papel.

— Só vai pedir para não ser morta? - Perguntou Soya, desconfiada de suas intenções.

— Sim, o preço por usar magia negra vem depois da morte. - Disse Ally. - Mas ainda tem algo.

— Eu sabia. - Disse Soya enfurecida. - O que quer?

— Alguém para receber um recado superior, eles acabaram de sussurrar algo em meu ouvido e alguém precisa vê-lo antes de tudo. - Disse Ally.

A mais velha se pôs a frente, mas Pranpriya segurou em seu punho.

— Eu sou a mais forte. - Disse Pranpriya.

— Isso pode ser um castigo, acho que você vai querer que eu receba. - Disse Soya

— Bingo, pelo visto temos uma adivinhona aqui! - Disse Ally, sarcasticamente e quase achando tudo muito engraçado.

A mão da princesa foi solta, andou até a bruxa e se pôs em sua frente, com talvez um pouco de medo do que poderia acontecer. Ally soprou um pó em seu rosto, fazendo desmaiar em seu ombro. Sem menos esperar coisas surgiram em sua cabeça, sangue, corpos, uma flecha, um beijo, um corpo. Despertou logo em seguida e recebeu um aviso em seu ouvido, deixando as outras curiosas e tentando entender, mas nem mesmo um mísero som foi possível ser escutado.

— O que ela te disse? - Rosé perguntou.

— Não posso dizer. - Disse Soya. - Por favor, não faça perguntas.