22. A rainha

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Soya e os outros chegaram antes mesmo do previsto, cerca de cinco dias e isso adiantou muitas coisas. O rei ainda não sabe oque está tramando e também não pretende contar, apenas diz que tudo está sob controle e que não precisa ficar preocupado ou alarmado. Rosé queria muito ir visitar Pranpriya, mas acabou ficando encarregada de ajudar os novatos a se acomodarem, logo de início percebeu que eles se enturmaram com facilidade e que sua presença não foi muito necessária, mas também acho que deveria ficar por garantia.

Suho e Dahyun são feiticeiros, então precisaram receber ensinamentos do primeiro-feiticeiro do palácio. Momo tem a capacidade de correr e escutar tudo, mesmo o mais simples barulho. Yeji cria alucinações quando está bem concentrada e por ventura consegue enlouquecer pessoas. Lay é rápido desviando de chutes e socos, e tem maior resistência para durar em um combate.

— Vocês estão ótimos. - Disse Rosé. - Nem parece que treinamos apenas há quatro dias.

— Você que tem nos ensinado bem, vossa majestade - Disse Lay.

— Vocês teriam um desempenho maior se a Soya tivesse em meu lugar. - Disse Rosé.

— Se me permite a intromissão, princesa. - Disse Momo - Não a vimos desde que chegamos, pensei que ela quisesse ver nosso empenho.

— Soya anda muito ocupada. - Disse Rosé. - Está cuidando de todas as coisas relacionadas à guerra. Ela tem o hábito de aparecer quando menos esperamos, talvez já tenha vindo aqui e não percebemos - Não disseram nada, apenas balançaram a cabeça como forma de entendimento - Estão dispensados, tirem o dia para conhecerem melhor o castelo e o reino, mas cuidado para não se perderem.

— Okay, vossa majestade. - Todos disseram juntos.

Os três fizeram reverência e saíram juntos, pareciam saltitantes e felizes com a permissão de descanso. A princesa aproveitou a solidão para treinar um pouco, mesmo mentalmente cansada, não se permitindo errar uma flecha, quando elas acabaram foi recolhê-las e ao pegar todas tomou um susto ao notar alguém em sua frente, a rainha, ou sua mãe, coisa que negaria até a morte.

— As vezes penso que você pode ser uma bruxa, mas lembro que bruxas não são tão cruéis como você, rainha Sarang. - Disse Rosé, sarcasticamente e se posicionando para lançar uma flecha.

— Se eu fosse uma bruxa, saberia exatamente onde está indo em todas as suas escapadas.

— Já disse, não é de sua conta. - Acertou o alvo, imaginando o rosto de sua mãe no lugar.

— Sua fedelha estúpida, tem noção de que qualquer erro seu pode nos causar problemas? Não se importa com seu povo ou apenas está tentando me provocar?

Rosé para o que estava fazendo e a encarou com um pouco de raiva em seu olhar.

— Se for para te causar problemas tô pronta pra isso, mas nunca causaria dano algum ao povo. - Disse Rosé - Diferente de você eu me importo com eles, mas como não sou a proxima ao trono, não tenho que me portar como tal . - Sua mãe levantou a mão, mas ela foi agarrada a milímetros de seu rosto. - Você nunca me baterá, não sou como a Soya que você usa como saco de pancadas. Eu não tenho medo de você.

— Acho melhor começar a ter, conheço seus pontos fracos e sei que uma menininha faz parte deles. - Sua mão foi largada, fazendo Rosé engolir em seco e um leve medo a invadir

— Se você encostar um dedo nela, eu juro que te mato.

— Vou adorar te ver fazendo isso, matar a rainha pode ser considerado um crime com penalidade de decapitação.

— Entrar no meu caminho é ser condenada ao inferno. Encoste ou se aproxime dela e verá do que eu sou capaz, não serão leis que irão me proibir de fazer coisas com você.

Em meio a guerra. - Jensoo, Chaelisa.Onde histórias criam vida. Descubra agora