Em meio a guerra. - Jensoo, Chaelisa.

59. Medo de dormir.

Mal sabia Jennie que estava sendo escutada, chocando sua ouvinte secreta com o que havia dito. Jennie saiu da sala assim que Taeyeon e Helena chegaram, precisava deixá-las sozinhas e levar Rosé para casa. Park estava estranha, pois aquela frase circulava por sua cabeça ''Eu só queria viver meus últimos dias de vida com você.'' Gostaria muito de ter entendido errado ou que isso só fosse paranoia de uma mente cansada e desnorteada, pelos recentes acontecimentos. Jennie sentia que algo estava errado com ela, algo além da mútua preocupação.

— O que você tem? - Jennie segurou sua mão no meio do corredor.

— Não é nada, só isso tudo. - Não quer falar até que tenha plena certeza. - A Lisa acordou e ela não, pensei que essa ligação significasse alguma coisa assim.

— Tudo está mudando, naquele dia a Lisa desmaiou e ela não sentiu nada. Eu também to com medo, dadas as consequências de tudo até agora a Lisa já deveria lembrar de alguma coisa. Temo que tenham mudado o castigo e algo grande esteja acontecendo debaixo de nossos narizes.

— A energia delas mudou, muito diferente da normal.

— Também sentiu isso? - Rosé confirmou. - A Jisoo parece em repouso, como se estivesse em um sono profundo, já a Lisa parece cansada.

— Ela não vai dormir, acho que sonhou comigo morrendo e até me pediu desculpas por isso.

— Os próximos acontecimentos são imprevisíveis.

— É disso que tenho mais medo.

Park foi deixada em casa quase na noite daquele sábado, ela não queria ir, mas não ir... seria enfrentar seus cuidadores, coisa que não pode fazer, já que quer se manter no país. As pessoas iam e viam, visitas, outros amigos e as únicas pessoas que se mantinham ali eram Lisa, Taeyeon, Helena e Jennie. Yeri foi mandada para a casa do pai, um hospital não é lugar para criança e toda a tensão só a deixava confusa e nervosa.

(...)

Segunda a tarde e nada de notícias ou uma melhora súbita, Lisa não havia dormido até o momento e nem Rosé questionou Jennie por suas falas. A única coisa que precisavam fazer era esperar por Jisoo, pois quando o assunto é o castigo, apenas ela tem conhecimento geral sobre tudo.

— Você não dormiu nada, amor. - Disse Rosé para Lisa.

— To sem sono. - Disse Lisa.

— Acha que ela vai gostar de saber que você ficou assim? - Perguntou Rosé e Lisa deu de ombros. - Tenta pelo menos tirar um cochilo. - Ela negou. - Algo está te incomodando, não é? - Negou mais uma vez. - Lalisa.

— Por favor, eu prometo que durmo quando ela acordar, mas até lá não vou conseguir fechar os olhos por um segundo. Pode até me dar calmante depois, por hora me sinto bem e sem nenhum pingo de sono. - Disse Lisa.

— Certo, eu vou acreditar em você. - Disse Rosé.

O som dos aparelhos de Jisoo começaram a apitar, imediatamente três médicos entraram na sala e Taeyeon teve que sair de lá, as cortinas foram fechadas, impedindo assim que qualquer um espiasse o que estava acontecendo. Todos estavam preocupados, uma notícia ruim era a primeira coisa que esperavam. Cinco, dez e quinze minutos passaram, a tensão se mantinha no ar, juntamente com algumas lágrimas.

Quando a cortina foi aberta todos olharam para dentro, logo notando algo diferente, ela estava conseguindo respirar sem ajuda. Um dos médicos explicou para Taeyeon que o efeito da anestesia havia passado sem explicação alguma, pelo seu efeito em outros pacientes ela duraria mais dez horas. Quando entraram na sala encontraram Jisoo com os olhos abertos e em agonia, já que tinha algo em sua garganta, lhe dando uma sensação de sufocamento. Ela foi novamente sedada, a retiraram da intubação e agora pode acordar a qualquer momento, aliviando o coração de cada um deles.