91. Despedidas.

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Taeyeon ainda tentava acreditar na história que lhe foi contada, também tentava tirar dúvidas, sempre que possível, para que assim acreditasse um pouco mais em tudo. Tentando as esclarecer com qualquer uma das seis, já que depois da conversa com Rosé, ela também conversou com Helena e Yeri, declarando que sabia de tudo, mas que era um pouco difícil acreditar logo assim de cara, mas que acreditava em suas filhas e isso já era mais que suficiente.

As duas semanas que se passaram foram marcadas pela despedida e brincadeiras. A grande maioria havia feito uma lista de coisas que gostariam de fazer em duas semanas, antes da partida e fizeram de tudo para que nenhum item da lista sobrasse. Yeri queria conhecer um parque de diversões localizado em Nova Iorque, sendo aquele um passeio feito em família, onde até mesmo Taeyeon e Mina foram.

O passeio além de roubar muitas risadas, criou diversas memórias, que nunca serão esquecidas, ou pelo menos irão demorar para serem.

— Foi divertido ver você amarelando. - Disse Rosé, se referindo ao brinquedo que parece um estilingue e que Jisoo se negou a ir. Tirou o casaco do corpo e o pendurou no cabide, coisa que sua mãe e irmã já tinham feito.

— Aquele treco é perigoso, eu não queria correr esse risco e a Lisa também foi naquilo, eu não queria sentir medo em dobro. - Disse Jisoo, se jogando no sofá.

— Ela estava com medo? - Perguntou Taeyeon

— Sim, morrendo de medo, só tentou disfarçar para parecer corajosa. - Disse Jisoo.

— Porque será que isso é a cara dela? - Disse Rosé, rindo um pouco, pois disse que Lisa estava com medo diversas vezes, porém a garota negou, dizendo que só era impressão dela.

Naquele momento o telefone tocou, encerrando qualquer assunto que pudesse se seguir ali. Como Jisoo estava perto, pegou o aparelho, se sentando direito ao ver que o número não estava cadastrado, então atendeu, ficando tensa no exato momento em que escutou a voz do outro lado da linha.

— Kim Jisoo? - Uma voz masculina e rouca soou do outro lado, com um forte sotaque oriental e do qual tinha uma recordação muito clara.

— Ela morreu. - Disse Jisoo, fazendo com que as duas outras presentes se olhassem com espanto, pois além de falar aquilo, seu corpo marcava um certo desespero. Seu rosto escondeu o sorriso que a pouco tinha e sua voz tomou um tom triste. - No mesmo dia em que seu pai foi embora, no mesmo dia em que começou a ver sua mãe chorando pelos cantos por conta de um homem covarde, no mesmo dia em que precisou parar de chorar para que sua mãe não ficasse triste. - Aquela altura, Taeyeon sabia o que estava acontecendo e que sua filha precisava daquele momento, porque quem procura, acha. E o homem procurou muito por isso, por uma aproximação. - Eu nunca precisei de um tostão seu e não será hoje que irei precisar. Eu não tenho um pai e não preciso de um. Minha mãe me criou sozinha e isso já basta. Se quer filhos, olhe para a mulher que decidiu colocar no lugar da minha mãe e peça isso a ela. Se um dia nos amou, pare de nos ligar, pare de querer fazer parte disso, pare de tentar ajudar com a minha faculdade ou qualquer outra coisa. Me considere morta a partir de hoje, considere que nunca teve uma filha chamada Kim Jisoo ou qualquer nome que seja. Adeus, senhor Kim. Espero nunca mais escutar sua voz outra vez, nunca.

A ligação foi desligada e por muita sorte o telefone não foi arremessado na parede.

Sabendo que a filha precisava dela naquele momento, Taeyeon se ajoelhou em sua frente, tirando as mãos que tampavam seu rosto molhado por lágrimas. A advogada acariciou o rosto da mais nova, tentando fazê-la parar de soluçar e ficar calma para conversarem.

— Desculpa. - Disse Jisoo, se arrependendo de falar tudo aquilo de frente à mãe, mas não de dizer tudo aquilo ao pai.

— Não, você precisava disso, mesmo tendo sido muito rude com ele, mas esse homem também precisava escutar isso, você precisava dizer o que sentia e só assim se sentirá desapegada a todo o seu passado. - Disse Taeyeon

Em meio a guerra. - Jensoo, Chaelisa.Onde histórias criam vida. Descubra agora