11. Uma memória perdida.

188 19 0
                                    

Rosé partiu sem conseguir um beijo de sua amada, no entanto isso não diminuiu sua felicidade de ter seus sentimentos aceitos. Ao chegar ao palácio saiu cantarolando pelos corredores

E se existe alguém - em todo reino - que não consegue disfarçar seus sentimentos, essa pessoa é ela.

Na manhã seguinte partiram de imediato para Darashia, chegando apenas dois dias depois. O reino está passando por problemas relacionados a soldados, mesmo a capital sendo repleta de forasteiros e pessoas sem ligação a qualquer reino, se torna um lugar repleto de oportunidades, já que Ab'dendriel é um único dos três reinos que aceita novas pessoas que não nascem em suas terras. A ideia principal do rei era buscar aliados em Drymenium, no entanto imprevistos o impediram de fazer isso.

Há dois rapazes e duas moças no salão do centro de estratégias da capital, todos estão de cabeça baixa, em respeito ao rei, a rainha e suas filhas. O rei vai até o rapaz mais alto e de cabelos pretos, levantou seu rosto olhando cada detalhe seu, depois fez isso com cada um dos outros.

— Qual o motivo de estarem aqui? – Perguntou o rei ao senhor que está o tempo todo a seu lado.

— Alguns tentaram passar na prova para estudarem aqui, outros foram vendidos, mas logo soltos e outros apareceram pedindo ajuda.

— Nome e de onde são, por favor. – Disse Gong.

— Chaeyoung, Drymenium. - Moça baixinha, cabelos pretos ao ombro e olhar devastado.

— Jin, ilhas ao norte. - Olhar perdido e vestes muito surradas.

— Namjoon, vim do sul da ilhas de Andrômeda. - Pelos faciais, alto e cabelos acastanhados

— Sana, vila do lobo em Draktar. - Cabelos ruivos, vestes também surradas, olhar bem cansado.

— Um insulto à vossa majestade! - Disse a rainha Sarang, talvez um pouco alterada e querendo expulsar a moça naquele mesmo momento. – Seu reino é inimigo, como ousa pedir ajuda aqui ao meu rei?

— Deixe a garota. - Disse o rei Gong e a rainha recuou. - Porque fugiu, querida?

— Toda minha família foi morta, passei muita fome naquele lugar e vivi na rua, debaixo do sol, chuva e muito frio. Fiquei sabendo que o senhor ajuda quem precisa, aqui estou eu lhe implorando para que me leve ao seu reino. - Disse Sana, falando o mais rápido que podia.

— Roseanne, veja sua mente. - Ordenou o rei Gong.

Seguiu a ordem de seu pai e foi até a moça, colocou as mãos em seu rosto e fechou os olhos, cada memória passou por sua cabeça, fazendo a outra relembrar também. Sua família sendo morta por soldados, a fome que sentiu, o frio e a chuva que tomou por diversos dias, até mesmo a decisão de ir até a capital. Rosé se afastou e balançou a cabeça positivamente.

— Vocês serão treinados, veremos em que áreas se encaixam e assim designados para elas. Senhor Cho, mande preparar aposentos para eles. - Disse o rei Gong

— Mas meu rei... - Senhor Cho foi interrompido pelo próprio rei.

— Eles são meus convidados, os trate como tal e qualquer desobediência sua será devidamente tratada de forma bem clara, para que entenda minhas ordens. - Disse o rei Gong, em um tom pouco conhecido por seus súditos.

Nos últimos dias ele anda um pouco mal humorado e a ausência de Rosé o entristece um pouco, no entanto não ousará proibi-la de sair. Ele foi para seus aposentos junto com a rainha, deixando suas filhas encarregadas da inspeção.

— Algum de vocês têm dons ou alguma habilidade que queiram expor? - Perguntou Soya.

— Eu consigo manipular o fogo. - Disse Sana.

Em meio a guerra. - Jensoo, Chaelisa.Onde histórias criam vida. Descubra agora