36. "A Soya não existe mais"

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Jennie vinha tendo problemas desde que recuperou todas as suas memórias, seu trabalho e se conter para não ir procurar Jisoo. Seu trabalho exigia um certo tipo de crueldade, agindo como acertadora de contas ou mensageira, desde que voltou a ter consciência de seus atos não consegue mais agir do mesmo modo, tem hesitado em fazer certas coisas, mas sabe que se não fizer isso lhe pode causar problemas.

Infelizmente conseguiu falhar no último trabalho, tendo perdido um homem importante para seu chefe. O homem se encontrava cheio de raiva e como ela bem sabe, ele não deixa um único erro passar em branco.

— Está com a cabeça nas nuvens, Jennie Kim? - Disse seu chefe.

Se ela não o conhecesse poderia jurar que ele é alguém rico e respeitado, pelo menos a julgar por suas vestes, mas suas ações dizendo o total oposto.

— Quero saber o porque deixou aquele DESGRAÇADO FUGIU? - Bateu na mesa, fazendo-a se assustar.

— Desculpa senhor, ele apenas escapou. - Recuou ao vê-lo levantar da cadeira. - Tentei segui-lo, mas as coisas saíram do controle.

— Se tivesse tentado ele estaria aqui, teria levado uma bela surra e você ... - Colou as mãos nos ombros dela. - Você querida Jennie, estaria feliz com o seu bônus no pagam...- foi interrompido pelo medo em forma de palavras

— Eu só errei uma única vez nesses anos, senhor. Nunca te decepcionei ou deixei de entregar um trabalho.

— Acontece que desde terça você tem se comportado de forma diferente, hesitou em bater em alguém, mandou outra pessoa entregar a minha mercadoria e agora isso. - Ela engoliu em seco. - Sabe que eu não deixo nada passar despercebido, mas tapei meus olhos quando errou. Você quer sair do ramo ou tem alguém pegando no seu pé?

Dizer que quer sair do ramo é colocar sua vida em risco, possivelmente ser eternamente marcada por torturas que presenciou ou fez, coisas que se arrepende desde o primeiro instante que recuperar suas memórias. Cabe a ela uma única decisão, negar de forma desesperada e suplicar por piedade, porém suplicar não irá funcionar.

— Estou tendo problemas para me concentrar na escola. - Disse Jennie rapidamente

— Então saia da escola, simples.

— Não posso, fiz uma promessa a minha avó, disse que terminaria a escola, possivelmente entrar em uma faculdade e terminá-la.

— Estudo não vai te levar a lugar nenhum, querida. A rua é o seu lugar e pode conseguir muitas coisas nela. No entanto, promessas feitas à família não podem ser quebradas.

— Isso quer dizer que estou livre?

— Não. - Saiu de trás dela. - Se for tratada diferente dos outros, todos começarão a fraquejar, não é isso que eu quero e espero que entenda, isso é para o seu bem.

— E-eu entendo.

O medo fazia parte de seu ser e ele tinha plena certeza desse sentimento. Tocou um inteiro e dois homens entram

— Levem a senhorita Kim para dar um passeio.

Sem dizer mais nada ela acompanhou os dois homens, não irá retrucar ou dificultar o trabalho deles, pois sabe que isso irá ser ainda pior para si mesma.

(...)

Roseanne mora com um casal que o juiz arranjou, bem como os de um intercâmbio de verdade. Sua relação com eles é o mais normal possível, cuidam de sua alimentação, roupas e carona para ir à escola, porém pouco se importam onde ela está pelo resto do dia. Ela disse que prefere voltar para casa sozinha e em nenhum momento a proibiram de fazer isso. Os breves momentos com Lisa lhe causaram sensações adormecidas, o desejo de sempre estar ao seu lado, a enorme vontade abraçá-la, de sentir seu corpo junto ao seu por mais breve que seja, de sentir seus doces e macios lábios e até mesmo do silêncio olhando a lua. Pequenos e simples detalhes que fizeram sua relação se tornar forte e acabar com uma mentira, porém um com uma reconciliação repentina e curta.

Em meio a guerra. - Jensoo, Chaelisa.Onde histórias criam vida. Descubra agora