27. As consequências de um sacrifício.

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Pranpriya olhava sua irmã, Lauren já havia saído a um bom tempo e ainda não tinha voltado. O tédio se fazia no lugar, foi quando teve a ideia de testar seus poderes, pegou um copo de água que estava do lado da cama e o segurou com as duas mãos. Dessa vez permaneceu de olhos abertos, olhando com muita atenção, imaginando a água saindo ou o copo flutuando e logo conseguiu notar algumas gotículas de água flutuando, dando um sorriso e com alegria de sua nova descoberta.

— Acho que vocês estavam certas, eu sou poderosa. - Disse Pranpriya.

Segurou o copo em apenas uma não e com a outra aberta tentou subir toda a água. Quatro tentativas e muitos suspiros de lástima foram suficientes para que conseguisse o que estava tentando fazer.

— Nossa. - Olhou com admiração para o que estava fazendo, pois nunca imaginou que poderia levar a água de lá para cá ou brincar com ela como estava fazendo - A Lauren precisa ver isso.

Olhou pela janela, vendo ao longe dois cavalos se aproximando rapidamente. Um era preto e o outro branco, os dois pararam e o preto recuou. A curiosidade falou mais alto, fazendo com que fosse ver o que estava acontecendo. A reconheceu no mesmo instante que desceu do cavalo e um desconforto lhe invadiu.

— O que está fazendo aqui? - Pranpriya perguntou.

— Quero conversar. - Disse Soya, tentando se aproximar, mas recuando ao notar seus olhos ganhando cor.

— Não se aproxime.

— Eu vim em paz. - Jogou sua espada para o lado. - Quero uma conversa calma, sem sangue ou briga.

— Conheço muito bem a sua fama, sei que nunca conversa civilizadamente.

Em uma tentativa, Pranpriya abriu suas duas mãos, fazendo Soya voar para longe e cair no chão, ainda consciente.

— Por favor, apenas me escute. - Soya implorou, tentando levantar. - Não quero lhe machucar.

— Mas eu sim - Tentou levantá-la no ar, mas foi interrompida por uma proposta.

— Espere, se quer fazer isso pelo menos seja justa. Uma briga sem poderes ou armas. Corpo a corpo, o que acha?

— A forma que vou acabar com você não tem importância, mas se esse é seu último desejo eu aceito.

A mais nova avançou e a cada golpe dado recebeu bloqueio, mas Soya notava algo estranho, sua força se comparava a sua e estava cada vez mais difícil de bloquear. Soya tentou lhe dar um chute na cabeça, porém foi bloqueada e posta ao chão, Pranpriya tirou proveito dessa oportunidade e lhe acertou um murro, que não teve dor alguma em ambas, mas o sangue saiu do nariz da nocauteada. A mais velha lhe chutou mais uma vez e desta tendo resposta, a jogando para longe.

— Por favor, me escute. - Soya lhe suplicou, mas foi totalmente ignorada.

— Me ensinaram que nunca devo acreditar em uma assassina, principalmente essa pessoa é mal vista por todos. - Usando uma mão lhe levantou no ar, como se estivesse a enforcando com uma mão invisível.

Dentro da casa Jennie despertava, procurou por alguém e não encontrou, mas ao olhar pela janela viu as duas. Viu Soya sendo jogada para longe e depois uma briga começar, com dificuldade saiu correndo da cama e chegando a tempo para ver Soya sendo levitada.

— Pran, solte-a, por favor - Jennie lhe implorou, mas sua irmã negou. - Pelo menos escute o que ela tem a dizer. - Seus olhos estavam emaranhados de lágrimas. - Por mim.

— Me dê bons motivos para ser solta, Soya. Mas não demore, qualquer coisinha pode pôr fim à sua vida.

— Estou aqui pela Roseanne. - A outra afrouxou a mão. - Ela está doente, precisa de você.

Em meio a guerra. - Jensoo, Chaelisa.Onde histórias criam vida. Descubra agora