8. Protegendo a mesma pessoa.

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Após descobrir aqueles angustiantes fatos, ficaram ali por mais algum tempo. Quando voltaram para a casa já se fazia noite e como noite de lua cheia, as estrelas e iluminação estavam mais reluzentes. Roseanne ficou calada desde que chegou, ainda tenta assimilar os fatos e buscar em sua mente a melhor coisa que deve fazer nessa situação. Pranpriya contou sobre suas memórias retomadas, dos pequenos detalhes do rosto de sua mãe; as noites passadas no calabouço.

Neste momento estão comendo ao redor de uma fogueira e o silêncio se faz presente. Todas as conversas que foram iniciadas simplesmente recebiam respostas curtas de qualquer um dos cinco, tornando qualquer assunto tedioso ou sem futuro. No entanto Lauren busca mais uma tentativa para uma conversa longa.

— Ficará por muito tempo? - Perguntou Lauren para a princesa.

— Dois dias - Disse Roseanne. - Se não for incomodo, é claro!

— Incômodo algum, é maravilhoso ter visitas. - Disse Lauren com um pouco de empolgação. - Já que você passará dois dias, lhe convido para o festival de primavera, que ocorrerá amanhã à noite.

— Acho que minha presença não será coisa boa, podem me reconhecer facilmente. - Disse Roseanne.

— Não diga isso, vai ficar chato sem você. - Disse Pranpriya, um pouco decepcionada. - Lauren sabe um feitiço que pode te ajudar com isso.

— Sério? - Perguntou Roseanne, curiosa com tal informação e recebendo confirmação da feiticeira logo em seguida. - Acho que sou muito ignorante a respeito do mundo dos feitiços.

— Então você vai? - Perguntou Pranpriya.

— Se isso for possível eu irei, mas não poderá me deixar sozinha. Não conheço uma pessoa sequer daqui, tirando vocês quatro. - Disse Roseanne.

— Não se preocupe com isso. A Pran conhece muita gente e obviamente vai te apresentar todo mundo. - Disse Jennie, que por hora está tranquila com sua presença. - Apenas tenha cuidado, ela conhece muita gente doidinha.

— Ei. - Repreendeu Pranpriya. - Só porque acha eles estranhos não significa que sejam doidos

Nesse momento surgiu uma conversa com rumo e que durou toda a noite, até mesmo o clado Chanyeol se pronunciou algumas vezes ou riu de coisas que Jennie havia dito. No estábulo Roseanne se arrumava para dormir, até que Jennie chega para deixar um copo de água, assim surgindo a oportunidade de tocar no assunto.

— E-eu já sei de quem são filhas! - Disse Roseanne, encarnado Jennie e vendo medo em seus olhos.

— Não sei do que está falando. - Disse Jennie, tentando se manter calma.

— Não pode mais negar isso. Eu vi tudo nas memórias da Pran e me vi quando criança correndo ao seu lado. Nunca achei que um dia pudesse rever minha amiga de infância outra vez e ver toda a sua dor mais de perto. - Disse Roseanne.

— Por favor, não diga a ninguém que estamos aqui. - Implorou Jennie, com ainda mais medo do que anteriormente. - Todo reino tem raiva daquele homem, viemos para longe justamente para viver bem e em segurança. Nem o povo da vila sabe do nosso pai, apenas lhe suplico para que não fale nada.

— Eu nunca ousaria fazer isso. O pensamento de fazê-las mal é totalmente fora de questão. Mas peço que não diga a ela que sei, quando descobrir de quem sou filha pode querer me ver longe e não quero que isso aconteça. - Disse Roseanne.

— Então continuará vindo aqui? - Perguntou Jennie, um pouco confusa.

— Sim, até que voltem para a sede. - Disse Roseanne.

— Ela não irá voltar. - Disse Jennie, deixando uma expressão triste cair sobre seu próprio rosto. - Só pode voltar quando descobrir seus dons e talvez nunca os descubra. Ela não sabe disso, então não conte, eu e a Lauren ainda estamos tentando arrumar palavras para explicar isso.

Em meio a guerra. - Jensoo, Chaelisa.Onde histórias criam vida. Descubra agora