Jennie queria um conselho, não de Lalisa, pois sabia o que iria escutar e tinha plena certeza que Chaeyoung falaria algo parecido, então esperou por Jisoo em frente a casa dela, sentada nos degraus perto da porta. Sua cunhada já havia atravessado para o outro lado da rua, pois combinaram de assistir um filme bem no meio da semana, então quando a porta se abriu, teve plena certeza que aquela era Jisoo. Se levantou no mesmo instante e a olhou com atenção, não desviando o olhar do seu, pois só assim saberia que era sério.
— Será que podemos conversar? - Perguntou Jennie.
— Quão sério é?
— Vou parar de tentar te beijar na boca, se aceitar falar comigo.
— Okay, eu aceito.
Jennie desceu mais um degrau e as duas se sentaram lado a lado. Jisoo sabia desde o início que era sério, mas queria uma comprovação, escutar que não iria mais ser beijada lhe causava uma sensação estranha, mas não boa.
— Me diga o que te atormenta. - Jisoo olhou para ela, que estava com as bochechas cheias de ar. Achou aquela cena muito fofa e com uma enorme vontade de apertá-las, porém se conteve.
— A minha mãe quer que eu vá morar com ela. Estou tentando sair do emprego, mas não sei se realmente estou tentando, sabe?
— Está com medo?
— Sim, há milhares de consequências e trabalhar lá me fez ver todas.
— Quais são as consequências?
— Eu posso morrer, mas isso teria que ser por traição. A segunda pior é que posso ser torturada até não aguentar, mas eu teria que ser dedo duro. A terceira pior é ser ameaçada, ser pega na espreita, levar uma surra, ficar marcada eternamente e ser proibida de pisar o pé nesse barro, mas eu teria que ser demitida e isso não há possibilidade.
— E se você se demitir?
— Vou levar uma surra, mas podem haver outras consequências, mas saber quais são é algo imprevisível.
— Pede demissão, se eles quiserem fazer alguma coisa com você, estaremos aqui.
— Estaremos?
— Sim. A Lisa pode facilmente jogá-los pelo ar, a Chaeyoung pode trazer a memória mais aterrorizante que eles têm, a Yeri pode fazê-los sentir dor, sua mãe pode persuadi-los e eu posso quebrá-los com um piscar de olhos. Estaremos aqui caso algo te aconteça, então saia do emprego e eles sofrerão as consequências.
— Você vai me proteger?
— Sim, afinal de contas esse é o motivo pelo qual não voltaremos para casa, para te proteger.
— Me proteger - Disse um pouquinho triste. - Está fazendo isso muito bem. Mas acho que se esqueceu de proteger um lugar.
— Estou?
— Sim. - Pegou na mão de Jisoo, levando até um lugar onde as batidas de seu coração pudessem ser sentidas. - O que você tem a dizer sobre isso?
— Que esse é o único lugar que eu posso proteger ficando longe de você.
— Com toda essa distância você só o machuca, será que não consegue entender isso?
— Consigo, mas com o tempo você não vai sentir mais nada por mim. Vai perceber que eu estava certa em te manter longe, eu não sou alguém que as outras pessoas devem amar. - Sua mão foi largada e ela se levantou, Jennie também fez o mesmo, mas tentou segurar sua mão para que não fugisse. - Acho que já tem o seu conselho.
— Jisoo.
— O que eu devo fazer para você me odiar? Apenas me diga e eu faço.
— Porque você não pode acreditar que alguém pode te amar?
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Em meio a guerra. - Jensoo, Chaelisa.
FanfictionEm meio a uma guerra travada há dez anos, surge um lindo amor, mas elas têm que lidar com a rivalidade de seus pais, a consciência de estar ou não fazendo o certo e problemas ao longo do caminho. Mal sabem elas que até as forças superiores torcem po...