102. Uma segunda chance. - Final

251 22 10
                                    

Início do verão e fim de um ciclo. O colégio Moore Thompson Terceiro celebrava a formatura de seus alunos, na presença de pais, convidados e qualquer outra pessoa que estivesse olhando. Depois das palavras finais de sua fala, o diretor decidiu chamar a oradora, para dar um discurso muito bem ensaiado durante meses.

Uma moça de cabelo curto subiu ao palco, sua beca era azul, assim como a de seus colegas. Não se sentia nervosa por estar ali diante de todos, se sentia feliz por enfim estar livre. Olhou o papel que tinha em sua frente, só por segurança, já que aquelas palavras estavam bem grudadas em sua cabeça.

— Em meio a sonhos nós vivemos, alguns foram destruídos e outros fortalecidos. Dizem que quem vive sonhando nunca consegue pisar no chão. Mas isso não aconteceu comigo e nem com os meus amigos. O ensino médio de fato é uma loucura. Repleta de novos amores, intrigas e coisas que nos levam a pensar... Será que de fato queremos isso para a nossa vida?! Será que de fato nossas vidas estão escritas e tudo que está acontecendo tem um propósito?! Será que... lá na frente iremos nos arrepender das decisões tomadas agora?! Bom, eu não. Como crianças nós brincamos, como adolescentes descobrimos as coisas da vida, como quase adultos curtimos os últimos dias de nossas vidas. E agora como adultos... iremos viver, pois agora estamos prontos para o mundo que tem aí fora, um mundo de responsabilidade, o mundo dos nossos pais. Obrigada a todos e um ótimo futuro aos meus colegas do colégio Moore Thompson terceiro.

Logo após seus agradecimentos finais, todos a aplaudiram, colegas, professores, pais e convidados. A cerimônia seguiu em diante, marcada por outras falas, entregas de diplomas e a insubstituível jogada de chapéu de formatura.

Quatro garotas aos poucos se distanciaram da multidão. Uma de cabelo loiro vinha mais atrás, assim que saiu correndo pulou em cima da mesma moça que estava em cima do palco, subindo em suas costas. As outras duas andavam de mãos dadas e segurando o capelo na mão livre que tinham.

— Belo discurso, pirralha. - Disse Jackson, que passou correndo pelas quatro em direção contrária.

— Obrigada, cabeção. - Disse Lisa.

Depois de andarem mais um pouco, as quatro pararam, quer dizer as três, pois a garota ainda continuava nas costas de Lisa.

— Foi um ano longo, até parece que vivemos outra vida. - Disse Rosé.

— E morremos várias vezes. - Disse Jisoo, fazendo todas rirem

— Sim e agora merecidas férias. - Disse Jennie, colocando o braço ao redor da cintura de sua namorada.

— Para onde vamos? - Perguntou Rosé, sendo deixada no chão.

— Conto amanhã. - Disse Lisa.

— Não, você está fazendo mistério desde quando combinamos fazer uma viagem. - Disse Rosé.

— Querem mesmo saber? - Perguntou Lisa, fazendo todas confirmarem. - O que ganho em troca? - Jisoo simplesmente bateu em sua nuca, porque só assim ela falaria. - Ai, só porque pode me bater agora e não sentir dor, não significa que possa me bater, você ainda é bem forte, sabia?

— Sim, agora abre o bico. - Disse Jisoo.

— Sabem qual o lugar nesse país conhecido por suas praias? - Perguntou Lisa, causando impaciência em todas as três.

— Conta logo. - Disseram as três juntas.

— Vamos para Los Angeles, vadias. - As três abriram a boca. - Eu sempre quis dizer isso.

— Sério mesmo? Não tá brincando? - Perguntou Rosé.

— Eu não mentiria sobre isso. - Disse Lisa. Revendo um abraço triplo e bem apertado, quase esmagando seu corpo.

Em meio a guerra. - Jensoo, Chaelisa.Onde histórias criam vida. Descubra agora