ABISMO

CAPITULO 19

Capítulo 19

Camila deu um passo para trás quando Luan segurou seu braço.

— Me solta! — Sua voz saiu cortante. — Eu já disse tudo o que tinha para dizer.

Os olhos dele brilharam com determinação.

— Você pode fingir o quanto quiser, mas eu sei que ainda tem coisas entaladas aí dentro.

— Pouco me importa o que você acha que sabe! — Ela tentou se desvencilhar, mas ele segurou firme.

Luan se aproximou, seu olhar intenso pairando sobre o dela.

— Você pode fugir de todo mundo, Camila, mas não de mim.

Ela abriu a boca para retrucar, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, sentiu seus pés saírem do chão. Em um movimento rápido, Luan a pegou no colo, ignorando os protestos.

— Luan, me coloca no chão agora!

— Esquece — respondeu, caminhando com firmeza pelo corredor.

Ela se debateu em seu abraço, mas a força dele era inabalável.

— Você não pode me obrigar a nada!

— Não vou te obrigar a nada — ele rebateu. — Mas você vai me ouvir.

Antes que ela pudesse insistir, Luan empurrou uma porta e entrou em um dos quartos, fechando-a atrás de si e trancando a maçaneta. Só então a colocou no chão.

Camila cruzou os braços, irritada.

— Isso aqui é um sequestro?

Ele riu, passando a mão pelos cabelos.

— Se quiser chamar assim...

Ela bufou, pronta para xingá-lo, mas Luan não lhe deu tempo. Em um movimento inesperado, a puxou para seus braços, esmagando seus corpos.

— Só me deixa te sentir. Nem que seja pela última vez — sussurrou.

Camila sentiu o coração martelar contra o peito.

— Eu não posso... Sua namorada...

— Ela não está aqui. E mesmo que estivesse, a única mulher que me interessa é você.

O calor da respiração dele contra sua pele foi o suficiente para desmoronar qualquer resistência. Luan tomou sua boca em um beijo faminto, e, sem pensar, ela correspondeu.

Ele a ergueu novamente, fazendo-a entrelaçar as pernas em sua cintura. Caminhou com ela até a parede, pressionando seus corpos ainda mais. Suas mãos subiram pela lateral do corpo dela, puxando a blusa e a jogando em qualquer canto do quarto.

— Seja minha... — murmurou contra seus lábios. — Só por essa noite.

Camila sabia que era errado, mas naquele momento, o desejo era mais forte do que qualquer barreira moral que ainda tentasse manter. Suas mãos exploraram as costas dele, sentindo os músculos se contraírem sob seu toque.

Luan a levou até a cama e se ajoelhou entre suas pernas, olhando para ela como se fosse a coisa mais preciosa do mundo.

— Você não tem ideia do quanto eu te quero...

A voz dele era um sopro rouco, carregado de desejo. Ele deslizou os dedos por sua pele, explorando cada curva, cada arrepio, enquanto seus lábios percorriam um caminho lento e provocante.

A cada toque, Camila se perdia mais nele. A cada sussurro rouco de Luan, ela se rendia um pouco mais. Ele a adorou com calma, com fome, com uma intensidade que a fez perder completamente a noção de tempo.