Carolina
Os tiros pararam já tem um tempo, PK não atende a porra do celular e eu já tô mais que desesperada. Deixei Carina com Gabriel e fui pra boca. Tinha muita movimentação por lá.
Carol: Cadê o PK? - Pergunto pros caras que estavam lá, eles que só me olharam. - Vocês são surdos?
Renatinho: Tá lá dentro, fica calma. Ele tomou um tiro. - Arregalo os olhos e entro na boca.
Cheguei já vendo a piranha do bar de ontem fazendo curativo no braço dele, ele me encarou e voltou a olhar oque ela fazia. Fiquei calada o tempo todo só olhando, ela terminou e ficou puxando conversa com ele como se eu não tivesse ali. Já tava puta.
Carol: Já acabou seu trabalho garota? Pode ir. - Falo e ela me olha depois olha pra PK, que pega um dinheiro e entrega pra ela que sai me olhando. - Fica de graça mesmo que tu vai me conhecer sua piranha. - Falo indo atrás dela e batendo a porta assim que ela sai. - Porque ela tava aqui?
Pk: Ela é enfermeira, tava fazendo o curativo.
Carol: Arruma um enfermeiro, ou então fica sangrando até morrer mais eu não quero ela aqui. - Falo e ele rir. - Tá vendo eu rir?
PK: Para de ser maluca cara, nem perguntou se eu tô bem. - Fala ajeitando o braço na cadeira.
Carol: Pelo visto tá ótimo, já ta chamando piranha pra cá. - Falo e ele tenta ajeitar a blusa e faz uma expressão de dor. Bufo e vou ajudar ele. - Devia dar uns tapas na tua cara, me deixou desesperada e nem atende o celular.
PK: Não sei porque isso tudo, tu nem gosta de mim.- Faz drama e eu o encaro.
Carol: Se não gostasse nem estaria aqui.
Pk: Teve nem a capacidade de dizer que me ama, me deixou com cara de otário.
Carol: Não disse porque tava chateada, e não me senti preparada pra isso. Mais não quer dizer que eu não sinta.
Pk: Seria melhor se falasse.
Carol: Ta Patrick. Tu vai ficar aqui ou vai pra casa?
Pk: Só saio daqui se for pra tua casa, tô precisando de cuidados. - Fala convencido.
Carol: Amanhã eu trabalho.
Pk: Tranquilo, chamo a Laís. Ela cuida. - Debocha.
Carol: Fica brincando pra tu ver se eu não te dou outro tiro. - Belisco o braço dele.. - Vem peste.
Saio com ele da boca e me apressei entrando do lado do motorista.
Pk: Nem inventa, tu não sabe dirigir. Vai pro outro lado. - Fala parado do lado do carro.
Carol: A rua tá vazia, me ensina. Eu consigo ir até em casa. - Falo manhosa. - Por favor amor.
Pk: Me chama até de amor né filha da puta. - Fala e da a volta entrando do lado do carona. - Se tu bater meu carro vai ter que me dá o resto da vida pra pagar.
Carol: Ah isso é mole. - Sorrio. - Como liga?
Ele me explica tudo direitinho e eu ligo o carro acelerando devagar, fui levando o carro até a esquina de casa fiquei com medo de fazer a curva e bater então desci e deixei ele fazer.
Chegamos em casa Carina e Gabriel estavam vendo TV. PK entrou e Gabriel já correu pra ver seu braço.
Carina: Eu vou embora, minha mãe já ligou várias vezes. - Chega na cozinha. - Tchau.
Me despeço dela que vai embora e eu fico vendo oque tem pra comer.
Carol: Aquela piranha não passou nada? - Pergunto vendo a cara dele de dor.
PK: Esqueci lá na boca. - Bufa. - Vou mandar alguém trazer. - Fala pegando o celular.
Carol: Tem comida pronta tu quer? - Ele assente e eu vou esquentar.
Do janta pros dois e sigo pro banho, termino e coloco um baby doll. Como Gabriel já tinha tomado banho coloquei ele pra dormir na cama dele.
Vou pra cozinha lavar louça e PK fica sentado me olhando.
Carol: Que foi? - Me viro pra ele.
Pk: Quando que a gente vai morar junto? - Pergunta e eu começo a rir.
Carol: Não acha que tá bom assim? - Volto a lavar a louça.
Pk: Não, quero chegar em casa e te ver. Ter o nosso quarto, nossas coisas.
Carol: Tu já me vê quando chega, tá aqui todo dia. - Falo rindo.
Ele fica quieto se levanta e vai pro banho termino a louça e sigo pro quarto me deito na cama e logo ele chega de banho tomado, se deita e vira pra outro lado.
Carol: Patrick? - Ele resmunga. - Eu te amo.
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