Capítulo 54 🌟

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Carolina

Quarta - Feira 19:15

Termino de arrumar as crianças e sigo pra tomar banho. Hoje vai ter um churrasco lá na minha mãe pra nossa despedida, amanhã a gente sai cedo pro aeroporto. Nunca andei de avião, vai ser a primeira vez já estou nervosa.

Escuto a buzina e pego a bolsa de Ester, saio de casa trancando a porta. Vejo GV no carro sorrio pra ele, abro a porta de trás pros meninos entrarem. Entro na frente com Ester e seguimos pra minha mãe.

Eu e GV nos afastamos bastante desde aquele acontecimento, claro eu sei que posso contar com ele se eu precisar, mais nossa amizade já não é como antes. Ele está ficando com uma menina, parece sério. Espero que dê certo, ele merece.

Descemos do carro e entramos já tinha algumas pessoas, minha mãe já veio pegando Ester e as crianças foram brincar. Falei com todo mundo e fui pegar uma bebida, tô precisando.

Eu amo tanto esse lugar, como eu vou sentir falta daqui, de todas as pessoas que amo. Me sento num canto e fico olhando eles conversarem e sorrirem uns com outros. Todos fazem parte da minha família.

Manu vem em minha direção com Matheus e Kevin. Ficamos conversando um tempo, Matheus me abraça.

Matheus: Tu vai mais não esquece que ainda tá me devendo.- Ri.

Carol: Eu sei, eu sempre te devo alguma coisa né.

(...)

Já estava um pouco bêbada com a bebida, dançava com Manu. GV me chamou para conversar, entramos em casa e fomos pra cozinha para falar a sós.

GV: Tu tá ligada que eu sou amarradão na tua né? - Assenti. - Eu quero de verdade que tu seja feliz aonde tu for. Mais pensa bem, tu tá indo e deixando tudo pra trás isso inclui...

Carol: Oque? O Patrick? - O interrompo. - Ele tá refazendo a vida com a Valquíria, aí tu acha que eu tenho que ficar pra trás? Eu tenho meus filhos pra cuidar, eles dependem de mim.

GV: Tu sabe que ele te ama.

Carol: Me ama tanto que está com outra, que me trata com indiferença. Parece que eu não existo. - Choro. - Ele já teve provas o suficiente pra saber que não aconteceu nada naquele dia entre mim e você.

GV: Mais tu foi atrás dele? Tu foi explicar?

Carol: Eu não tinha que explicar nada, e agora não vou me prestar a esse papel de correr atrás do homem dos outros.

GV: Você é muito difícil, se continuar assim vai acabar sozinha. - Sai da cozinha me deixando lá.

Sigo pro quarto da minha mãe passo pela sala e vejo PK entrando no portão com Valquíria. Ele cumprimentava algumas pessoas, entrei no quarto e me tranquei.

Passado um tempo ouço minha mãe me procurando ela bate na porta dizendo que estavam perguntando por mim peço pra ela falar que eu tive que sair. Só queria um tempo sozinha.

Respiro um pouco e penso que não posso fazer isso com as pessoas que gostam de mim e estão aqui para se despedir. Vou no banheiro e lavo o rosto, ajeito meu cabelo e saio pra fora. Eles estavam bem avontade conversando e bebendo cerveja.

Pego uma cerveja pra mim e fico no canto bebendo.

Manu: Você ta bem?

Carol: Não, mais eu vou ficar. - Olho pro GV que balançou a cabeça em negação pra mim. Me deu um ódio. - Porque ele tinha que trazer ela aqui?

Manu: Eu também não entendi, não tinha essa necessidade.

Carol: Ta querendo que eu vá embora mais rápido. - Valquíria me olha e vem em minha direção, só pode ser brincadeira.

Manu: Eu vou da na cara dela. - Avisa.

Val: Eu espero que você faça muito sucesso no seu trabalho em São Paulo, de coração mesmo. - Sorri fraco pra ela e chegou quem eu não queria.

PK: Tá tudo certo pra amanhã?

Carol: Ta sim, fica tranquilo que você logo ficará livre de mim. - Saio andando.

••••

PK

Amanhã é o dia que ela vai embora com meus filhos, tô com um bagulho ruim no peito. Eu não sei se vou ser capaz de deixar ela ir.

Tem o churrasco de despedida lá, tô na dúvida se vou. Ficar bancando o forte com tudo isso já tá me cansando. Entrei na boca pra buscar meu celular, sai entrando no carro indo pra casa.

Tomei banho e me arrumei, ouvi a porta bater. Passei perfume e Valquíria entra no quarto.

Val: Vai sair?

PK: Vou lá no churrasco de despedida das crianças. - Coloco minha corrente.

Val: Eu nem vim muito arrumada. - Olho pra ela. - Que foi? Você não vai me levar?

PK: Eu acho melhor não.

Val: Mais eu tenho que ir, eu gosto das crianças.

PK: Eu não quero briga com a Carol. Ela vai tá com a família dela.

Val: Você ta me deixando de fora Patrick. - Bufo .

PK: Tá bom Valquíria.

Saímos de casa pegando o carro, cheguei lá comprimentando todo mundo, vi que só tava os mais chegados. Procurei ela com os olhos e não achei. Kaike veio correndo.

Kaike: O Gabriel me bateu pai. - Reclama.

PK: Cadê tua mãe?

Kaike: Eu não sei ela tava aqui.

PK: Tá bom, vai lá que eu vou brigar com ele. - Beijo a testa dele.

Nos sentamos e GV trouxe uma cerveja. Ficamos conversando. Passou um tempo vi Valquíria levantando olhei e vi Carol. Parecia ter chorado, fui até ela e falei oque veio na cabeça pra puxar assunto.

Val: Pelo visto ela não gostou.

Manu: Ninguém gostou de ver você aqui. - Olha pra Valquíria. - E tu Patrick, se superou trazendo essa aí na despedida dela. - Sai andando.

Val: Você vai deixar ela falar assim comigo? Ainda te chamou pelo nome como se fosse íntima. - Reclama.

PK: Manuela é praticamente minha irmã e eu te avisei que isso poderia acontecer.

Carina me entrega Ester e eu fico brincando com ela. Minha princesinha, eu não sei se vai dar pra ficar longe dela.

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Carolina™ Onde histórias criam vida. Descubra agora