Laila
Me viro na direção do segurança que me puxou, mas a pessoa me entrega duas armas, que guardo na calça, então percebo que é a Maria quando ela tira aquela merda de capacete. Nat está logo atrás da gente enquanto a sala é invadida por mais guardas, provavelmente para assegurar que todos aqueles homens continuem em segurança, apesar de todos estarem sendo escoltados para uma porta no canto esquerdo.
- PROTEJAM O GOVERNADOR – todos parecem gritar e sinto uma mão me segurar, mas desvio com facilidade e corro em direção à porta que entrei, olhando para encontrar as duas logo atrás de mim. – NÃO DEIXEM NINGUÉM ESCAPAR.
- Laila, não pense, só vá. – Maria grita e eu desvio de outro guarda tentando me segurar. Derrubo o mesmo no chão quando ele continua e acerto um soco no estômago de outro.
Apesar da dificuldade, conseguimos chegar até o corredor, mas ele está ainda mais cheio de guardas. Nat e Maria me cobrem com as armas enquanto começo a abrir espaço com o próprio corpo. Chuto um na altura da barriga e ele cai, derrubando outros dois junto, então me inclino e pulo no pescoço de um que está de costas para mim, aproveitando seu rifle para atirar nos homens à frente, inicialmente tentando não causar nenhuma morte.
Isso muda, porém, quando percebo que eles não são guardas do governo, mas sim da Hydra, e uma raiva cega me consome. Sinto minha mente clarear, seguida pelo silêncio e a calmaria gélida. O único pensamento que tenho em minha mente agora é chegar até Bucky e meu irmão. Nada além disso. Acerto uma cotovelada na cabeça do homem que estou apoiada e o jogo para cima dos outros, pegando suas armas, maiores e mais eficientes do que as que me entregaram, e continuo atirando. Faço uma oração silenciosa pelo fato de nenhum ali ser um super soldado e continuo a abrir caminho até chegar à porta.
A cada pessoa que atinjo, solto um palavrão, reclamando sobre o tamanho do corredor. Sinto um soco atingir minha boca enquanto lido com três guardas, mas antes que eu possa fazer alguma coisa, o homem que me atingiu cai no chão e percebo que o tiro veio da Nat. Dou um sorriso em agradecimento e tento ignorar o peso em meu estômago pela quantidade de morte que estamos causando. Boa parte aqui não tem culpa e só estão fazendo o que são obrigados. Não têm escolha nenhuma em relação a isso.
Balanço minha cabeça, dissipando esses pensamentos intrusos, e continuo meu trabalho até a porta, minha mente novamente apenas um borrão branco de corpos e sangue. Olho para meus pés quando começam a escorregar e o cheiro ferroso de sangue atinge minhas narinas. Respiro fundo, o que só piora a situação, mas agradeço mentalmente por ter chegado ao fim desse corredor sem nenhuma bala enfiada no meu corpo. As duas mulheres atrás de mim são as únicas pessoas em pé agora e elas me olham como se estivessem vendo uma pessoa desconhecida. Pisco uma vez, ouvindo alguns gemidos e abro a porta, sem esperar para ouvir o que têm a dizer.
- Precisamos encontrar os outros.
Conforme dou um passo para fora, ouço o barulho de gritaria e de passos apressados correndo em direção à saída e olho para o outro lado do salão, percebendo uma parede derrubada. Minha reação é praguejar e sair correndo na direção da sala de espera, mas sinto um braço me prender.
- Laila, espera. – A voz de Nat chega aos meus ouvidos, mas quase não a escuto conforme vejo Fury se aproximar junto com Stark, que está com sua armadura. Ambos completamente sujos de sangue e a expressão... A expressão nada agradável.
Sinto minha garganta fechar e minha cabeça girar quando entendo o que seus olhares demonstram. Não, não, não.
Tudo começa a fazer sentindo, então. Todas as perguntas inúteis. O foco em meus relacionamentos pessoais. A impaciência me preenchendo conforme o tempo passava e nada acontecia. O sorriso de Ross para mim. Eles não me chamaram aqui para me pegar de volta e eu sinto vontade de sair quebrando tudo conforme entendendo o quão estúpida eu fui.
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The Project || Bucky Barnes (a editar)
General Fiction- Vai se arrepender se encostar um dedo no meu irmão - falo com os dentes cerrados e John se aproxima também. - Ah sim, você é muito perigosa com esses braços fortes. - Os dois cutucam meus braços e tremo de ódio, sabendo que não posso fazer nada s...