Laila
A respiração dele vai se acalmando aos poucos e seu corpo relaxa contra meus braços. Seu aperto, entretanto, continua firme, como se não estivesse preparado para me deixar ir. Mesmo que eu não vá a lugar nenhum.
Minha mão deixa o seu cabelo, onde eu estava fazendo carícias leves e constantes, e desce até seu pescoço, ombros e braço. Apesar de estarmos tranquilos e ele finalmente ter se acalmado, preciso falar o que está me preocupando desde o momento em que acordei.
- Bucky... – Sussurro, com medo de que tenha caído no sono e eu o acorde, mas ele vira o rosto para mim com uma pergunta silenciosa do rosto. – Você se lembra do que aconteceu quando lutamos?
- Não – ele suspira antes de continuar. – Só me lembro de ser acordado por... Você. – Balanço a cabeça, com uma expressão nada contente e sabendo que vou precisar explicar tudo. – E então Elizabeth me colocou sob seu domínio novamente. – Me mantenho em silêncio, esperando para que ele pergunte. – Por que? O que aconteceu?
- Eu preciso te pedir desculpas por isso, antes de mais nada. – Minha voz é baixa e demonstra vergonha, pois, ao invés de ajudá-lo, simplesmente continuei com o plano e deixei sua mente ser tomada novamente. – Eu precisava deixar aquilo acontecer para que pudéssemos sair de lá. Eu... – Sinto suas mãos sobre as minhas e ele me olha com um sorriso fraco.
- Está tudo bem. É só que... – ele dá de ombros e se acomoda mais em meus braços. – Eu achei que você estava sendo controlada também, mas quando percebi que estava agindo por vontade própria, minha mente me levou a acreditar que... Não sei. Não quero soar como um filho da puta.
- Você achou que eu estava fazendo tudo por vontade própria. – Assinto em entendimento e vejo a vergonha estampada em seus olhos, então seguro seu rosto para fazê-lo olhar para mim. – A culpa é minha. Ao invés de te ajudar, estava ajudando ela. Você tinha todo o direito do mundo de se sentir assim.
- Desculpa, sei que nunca faria algo do tipo caso não fosse preciso. – Sua mão fica por cima da minha e ele acaricia devagar, sem desviar os olhos de mim. – O que aconteceu?
- Foi tudo um plano do Fury. – Engulo em seco, tendo certeza que ele vai ficar puto da vida quando contar o que aconteceu, mas ele vai saber de uma forma ou de outra, já que faremos uma reunião para compartilhar tudo aquilo. Prefiro que a verdade saia da minha boca. – Me entregar para Elizabeth como distração para ele e Vision irem atrás do que era necessário. Foi muita cagada eu encontrar você e Steve de primeira, mas tudo deu certo no final. Quero dizer, não foi tão mal assim, certo? – Dou uma risada nervosa, afastando o olhar do seu. – Elizabeth conseguiu nos controlar e eu quase matei Stark no processo, mas tudo seguiu como deveria. – Percebo que o quarto ficou silencioso demais, como se Bucky nem estivesse aqui, e olho em sua direção novamente ao sentir seu olhar queimando a minha pele.
Seu maxilar está cerrado e percebo uma veia proeminente na sua testa, um claro sinal de que está a ponto de explodir. A raiva no seu olhar é quase palpável e o silêncio começa a me incomodar, o que me faz mudar de posição na cama. Ele já não está mais nos meus braços. Agora, está sentado na minha frente com o corpo imóvel e sei que está tentando não estourar e ir atrás de Fury agora mesmo. Bom, pelo menos ele não pode fazer nada agora. Estou aliviada que acabei de contar, porque até a reunião ele já vai ter processado a informação.
- Então o plano dele era te colocar novamente nas mãos daqueles que destruíram a sua vida? E você aceitou? – Sua voz é tão calma que fico desnorteada por um segundo, mas logo em seguida ele se levanta e começa a andar de um lado para o outro no quarto. Seus braços estão cruzados e ele solta uma risada incrédula. – Qual é o seu problema de aceitar uma merda dessas, Laila? Perdeu a porra do juízo?
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The Project || Bucky Barnes (a editar)
Ficción General- Vai se arrepender se encostar um dedo no meu irmão - falo com os dentes cerrados e John se aproxima também. - Ah sim, você é muito perigosa com esses braços fortes. - Os dois cutucam meus braços e tremo de ódio, sabendo que não posso fazer nada s...