William
Estou otimista, com o coração cheio de esperança. Minha barba cerrada está aparada no ponto certo, meu rosto fresco. O terno grafite me veste com perfeição e meu corpo está ótimo. Ela também não vai se decepcionar.
Enquanto espero por ela no hall, ajeitando os cabelos no espelho, ouço a porta do quarto se fechar.
Vou até o pé da escada e coloco as mãos nos bolsos. Não a vejo.
William: Maitê?
Maitê: Eu não sei se vc vai aprovar.
William
Ouço-a, mas ainda não posso vê-la.
E agora estou preocupado. Será que ela não está usando o vestido de renda?
William: Deixe-me vê-la (peço, contendo o aborrecimento que ameaça invadir meu tom. Essa noite tem que ser perfeita. Maitê não usar o vestido que pedi não é um bom começo.)
Maitê: Tem certeza?
William: Traga esse traseiro pra onde eu possa vê-lo, mocinha. (Ela aparece, cautelosa. E fico estarrecido.) Meu Deus. (Solto o ar, maravilhado, meus olhos a segue até o topo da escada. Se existe um exemplo de perfeição, estou olhando para ele.
O vestido. Meu Deus, o vestido. Renda por toda parte e o tom suave de creme me trazem lembranças do lindíssimo vestido de noiva. A barra logo abaixo do joelho é perfeita e o tecido abraça suavemente cada curva sensacional da Maitê. Ignoro o fato de que as curvas diminuíram um pouco nas últimas semanas e volto os olhos para o rosto dela. O rosa nos lábios é o único toque sutil de cor. É só do que esse vestido precisa. O decote ombro a ombro revela as clavículas, os cabelos estão presos em um nó impecável à altura da nuca. Elegância discreta. Minha esposa sempre a teve e jamais falha em deixar-me estupefato.
Os olhos esfumados absorvem a minha presença, de cima a baixo, os dentes agarrados ao lábio inferior.
William: Gosta do que vê? (Certo da resposta. Cada centímetro dela brilha de excitação, especialmente os olhos.)
Maitê: Vc é o homem mais lindo que já vi. Estou bem?
William: Bem (Indo até ela na escada, assimilando a sua beleza.) Vc é a beleza personificada, baby. E vc é minha. (Eu a alcanço e tomo a sua mão, beijando a sua aliança de casamento. Em seguida, volto os olhos para os dela.) A quem vc pertence?
Maitê: A vc. Sempre.
William: Venha. (Conduzo-a lentamente escada abaixo, jamais tirando os olhos dela. Maitê desce com cuidado.) Tenho algo pra vc. (Paro ao pé da escada e enfio a mão no bolso, girando-a com a outra. Minha mão no seu quadril faz com que ela endireita a coluna e olhe por cima do próprio ombro.)
Maitê: O que tem aí?
William: Isto. (Passo o colar de diamantes por cima da cabeça dela e deixo que se acomode em sua pele. Ela olha para baixo, os dedos rapidamente chegando para sentir as pedras, enquanto eu o fecho.) Vc o usa somente em ocasiões especiais.
Maitê: É tão bonito.
William: Ele é seu há doze anos, baby. (Vou para trás dela e enlaço a sua cintura, curvando-me para apoiar o queixo em seu ombro. Nossos olhares se encontram no espelho.) É bonito, sim, mas não é nada perto da mulher que o está usando. A mulher que o usa resplandece ainda mais. É mais preciosa. Mais valiosa que qualquer coisa nesse mundo. (Ela vira o rosto para encontrar os meus lábios e me presenteia com um beijo delicado e avassalador.
Amor. Está irradiando entre nós, enchendo-me de felicidade. Nós vamos conseguir. Vamos Passar por isso. Porque somos nós. William e Maitê.) Vamos dançar. (Eu a faço girar em meus braços e pego o telefone, ligando o Sonos em seguida. Ela RI, alegre.)
Maitê: Sem Justin Timberlake, por favor.
William
Meus dedos param sobre a tela do celular e olho para Maitê. É só mais um daqueles momentos em que ela diz algo sem a menor idéia de por que está dizendo aquilo. Não vou deixar que isso estrague o meu plano de tornar essa noite perfeita.) Algo um pouco mais romântico. (Encontro a faixa que buscava e aumento o volume. Assim. "Nights in White Satin" preenche o ambiente ao nosso redor e ela a escuta comigo por um tempo.) Reconhece?
(Eu soo esperançoso, apesar de tentar ao máximo não parecer.)
Maitê: Claro.
William
Maitê se aproxima de mim e apoia a fase no meu peito, enlaçando a minha cintura com um braço e pegando a minha mão.
Maitê: Nós já dançamos ao som dela uma vez.
William: Vc não se lembra, não é? (Um ligeiro movimento com a cabeça é esperado, mas as lágrimas que molham a minha camisa, não.) Não chore. Criaremos novas memórias, se não conseguirmos resgatar as antigas.
Maitê: Eu quero ambas. Mas tenho vc e as crianças e é só o que importa.
William: Sempre. (O volume da música vai baixando ao final e nós continuamos girando no lugar, nossas mãos dadas sobre o meu peito, o corpo dela colado ao meu.) Hora de ir, baby. (Sinto uma leve tensão partindo dela. Colocando-a ao meu lado e vamos para o carro.)
Maitê: Tenho permissão pra uma bebida essa noite?
William
A pergunta é entremeada com um pouquinho de travessura e definitivamente um tanto de esperança. Percebo que ela talvez precise de um pouco de coragem etílica.
Não posso negar isso a ela, mas vou ficar de olho.
William: Uma ou duas (concordo, abrindo a porta do carro para ela. Ela se senta e eu afivelo o cinto dela. Quando faço menção de sair, paro com o corpo curvado e meu rosto de frente para o dela, nariz com nariz. Ela sorri. Eu sorrio.) Espero que tenha uma noite adorável, Sra. Levy.
Maitê: Vc é meu acompanhante, é claro que terei.
William
Dou lhe um beijo doce.
William: Eu te amo pra caralho.
Continua...

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Submissa
FanfictionEle a quer e esta determinado a te-la. Maitê sabe que está prestes a entrar em um relacionamento intenso e conturbado, mas o que fazer se ele não a deixa ir? ⚠️ Plágio é crime ⚠️ Essa história é de minha autoria.