Capítulo 55

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William
Estou sentado na cozinha, tentando não pensar na Maitê no andar de cima se arrumando para a noitada.
Várias mulheres juntas, abastecidas por muito álcool.
E uma delas deu à luz há um mês e meio e, de acordo com Ivan, está subindo pelas paredes por uma noite de liberdade depois de seis semanas de amamentação.
Eu me forcei a concordar.
E agora me arrependo.
Sacando o celular, ligo para a mãe da Maitê.
Victoria: O que houve?
William: Nada. O que vai fazer hoje a noite? (Pergunto, casual, recebendo olhares dos meus filhos, sentados diante de mim, terminando de jantar.
Eles já entenderam meu jogo.
Coloco um dedo na frente da boca, em um sinal para guardarem meu segredo.
Victoria: Estou saindo pra jogar bridge e beber.
William: Está bem, divirta-se. (Desligo e começo a tamborilar o mármore do balcão com a ponta dos dedos, pensando.) Ah! (Ligo para o Eugênio rapidamente.) E ai.
Eugênio: Não.
William: O quê?
Eugênio: É a despedida de solteira da Lívia.
Não, eu não vou ficar com as crianças pra você ir atrás da sua esposa.
William: Belo amigo, você é
Eugênio: Vá se foder. Sabe de Sarah?
William: Não, por quê? Deveria saber?
Eugênio: Estou só checando, ela ainda está na cidade
William: Mande-a embora
Eugênio: Já tentei ela não vai, depois a gente se fala (Desligo)   
William
Pego meus filhos me olhando, desconfiados.
William: O que foi?
Luna: Não faça isso, pai, ela vai arrancar a sua cabeça e usar de bola de futebol.
Gabriel: Você vai se arrepender
William
Olho feio para ele e saio da cozinha, marchando em direção ao andar de cima, onde Maitê se arruma.
O que eu devo fazer?
Ficar sentado em casa esperando ela se divertir?
Encontro-a de lingerie, de frente pro espelho.
Dou um gemido.
O que ela está tentando fazer comigo?
William: Você está linda (resmungo, indo me sentar na cama.
Ela me olha pelo reflexo, um sorriso surgindo em seus lábios nude, enquanto ajeita o cabelo.)
Maitê: Eu ainda não estou vestida.
William
Encolho os ombros
William: Ainda assim, você está linda.
Maitê: Veio me marca?
William
Olho para a porta e ouço as crianças na cozinha, lá embaixo.
Minha janela para marcá-la é limitada.
Maitê: O que acha desse?
William
A vejo segurando um vestidinho preto.
Balanço a cabeça.
Negativo.
Maitê: E quanto a esse?
William
Uma coisinha verde aparece e eu a rejeito também.
Ela suspira, fazendo um gesto grande com o braço, varrendo o armário.
Maitê: Escolha um vestido. Qualquer um.
William
Que bom.
Ela está pegando o jeito.
Levo cinco segundos para encontrar algo apropriado: um vestido de Jérsei de gola alta, mangas longas, que vai até o chão. 

William: Perfeito
Maitê: Eu não vou usar isso.
William
O vestido é arrancado da minha mão e recolocado no armário.
Ela logo pega outro e volta para o quarto.
Maitê: E deixe de mau humor.
William: Você também não vai vestir esse ai (brado, indo atrás dela.
Maitê já está vestindo a estúpida peça dourada quando chego ao quarto, com um sorriso lascivo no rosto.) Por que você tem que ser tão bonita? (Minha esposa é uma deusa e sei que todos os outros homens no planeta devem pensar o mesmo.
E nesse vestidinho dourado, ela é uma deusa brilhante.
Sua face também brilha e seus olhos estão esfumados, tornando-os um tesão.
São olhos de "leve-me para a cama." ) Não olhe nos olhos de homem algum (digo a ela, jogando-me em uma cadeira no canto do quarto.
Estou derrotado.
Mal-humorado.
Não consigo evitar.
Ela vem até mim e vira-se devagar, olhando-me por cima do ombro.
Com o queixo ainda caído, ergo os olhos, subindo pelas suas costas expostas, até chegar aos seus olhos.
Maitê: Pode subir o zíper pra mim?
William: Não
Maitê: Por favor?
William
Ronrona ela, um som que atinge meu pau e o leva de semiereto a duro como pedra.
William: Por que você faz isso comigo?  (É uma pergunta séria.
Olhe para ela.
Essa beleza, ainda no seu apogeu, brilhando diante de mim como uma criatura de outro mundo.
Tentei ser racional comigo mesmo o dia todo.
Eu disse a mim mesmo que ela precisa relaxar e se divertir com as amigas.
Ainda assim, esse meu lado primal e possessivo só cresceu a cada hora e agora estou pensando se me safaria se a jogasse na cama.
Pondero por um segundo, pensativo, a cabeça inclinando enquanto peso a opção.
Acho que me safaria.
Não há nada que ela possa fazer para me deter.
Maitê: Nem pense nisso, Levy.
William: E o que você vai fazer a respeito?
Maitê: Divórcio. Feche o zíper.
William: Não
Maitê: Tudo bem, peço pra Ana quando ela chegar aqui.
William
Ela se afasta, saio da cadeira como um raio e a capturo antes que passe pela porta.
Maitê: William!
William
Ela grita quando a jogo sobre meu ombro e a levo de volta para a cama.
Não deixo de notar que o gritinho do meu nome saiu mais como uma risada do que uma bronca.
Ela já estava preparada para mim.
Jogando-a na cama, tiro a minha camiseta e pego os punhos, prendendo-a e sentando-me sobre ela.
Maitê sopra mechas de cabelo do rosto e pisca para mim.
E sorri.
Ela sabe o que vai acontecer agora.
Coloco as mãos dela embaixo dos meus joelhos para ficarem bem presas e baixo meu calção.
William: Diga que você me ama
Maitê: Eu te amo
William: Diga que só tem olhos para mim. (Começo a me masturbar, observando como ela olha para mim.)
Maitê: Eu só tenho olhos pra você 
William
Ela lambe os lábios, enguendo os olhos para os meus.
Maitê: Porra, você fica fatalmente sexy quando goza.
William: Olha essa boca. (Coloco uma das minhas mãos no colchão, começando a aumentar o ritmo do meu punho, sentindo a energia que queima minha pele toda.
E me inclino, beijando-a com ganância.
Não demoro para encontrar o melhor ritmo, com o corpo teso de prazer.
Luna: Pai! Mamãe! Está todo mundo aqui!
William
O grito da Luna atinge meus ouvidos como uma buzina, seguido pelos sons de seus pés correndo escada acima.
Não! Não, não, não!
William: Merda! (Solto meu pau e faço uma careta quando ele volta á posição anterior e bate no meu púbis.) Você só pode estar brincando!
Maitê: Rápido!
William
Maitê salta da cama e eu ajeito meu calção, sentando-me na beira da cama para tentar esconder minha monumento ereção atrás do fino tecido.
Estou suando e não é de preocupação.
Puta que pariu!
Minha garotinha chega ao quarto, cheia de excitação.
Luna: Betty está aqui também!
William
Ela muda de expressão quando me vê na beira da cama.
Luna: Por que está zangado?
William: Nada. (Maitê RI e se recompõe diante de mim, indicando o zíper novamente.
Maitê: Nós vamos descer em um minutinho.
Depois que o papai subir meu zíper.
William
Faço um bico, pego o zíper e o subo devagar.
William: Não estou feliz você vai pagar por isso mais tarde.
Maitê: Está bem, está bem...
William
Maitê sai do quarto, deixando-me a sós para vestir minha camiseta e convencer meu membro a sossegar.
Tortura.
Uma tortura.
Continua...


 

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