William
É sábado, dia da festa de noivado da Lívia e Eugênio. Enquanto agito a água para criar mais bolhas, repasso meu plano na mente, do início ao fim.
Cada segundo dele tem o propósito de paparicar a minha esposa. Cobri-la de afeto e atenção. Fazê-la sentir-se como a rainha que é para mim.
Quando a banheira atinge a quantidade ideal de água e bolhas, fecho a torneira e tiro a roupa. Estão, chego em silêncio ao quarto e a observo cochilar em paz por cima da colcha. Dói ter que acordá-la, mas preciso colocar meu plano em prática ou chegaremos atrasados à festa da Lívia e Eugênio.
Ajoelhando-me ao lado da cama, tiro um copo-de-leite do vaso que fica na mesinha de cabeceira e pouso meus lábios nos dela. Maitê espreguiça e geme, buscando meus ombros nus. O toque dela gera um calor instantâneo na minha pele. Ela abre os olhos sonolentos, sorri ao ver a flor, pega-a, aspira seu perfume preguiçosamente e a coloca ao lado.
William: Hora do banho, baby (sussurro, passando meus braços por debaixo dela e enguendo-a da cama. Maitê se aninha a mim e eu a levo até a banheira, quentinha nos meus braços. Ela parece mais leve e, pensando bem, desde que a trouxe do hospital, ela não comeu uma refeição inteira. Na verdade, praticamente só empurrou a comida no prato. Merda, precisamos resolver isso.
Eu deveria ter sido mais rígido.
Eu a coloco de pé e começo a despi-la lentamente para lhe dar tempo de desperta antes de mergulhá-la na água. Meus olhos examinam cada polegada de pele que se revela, à procura de ossos protuberantes. Ali. Bem ali.
Ergo o braço e acaricio seu quadril, fecho o cenho.
Maitê: O que houve?
William: Vc perdeu peso demais. (Ela ainda é linda, a coisa mais linda que já vi, mas está definitivamente mais magra. Como foi que deixei isso acontecer?) Preciso alimentá-la. (Saio para pegar seu robe, que abro para ela vestir.
Ela ignora a peça nas minhas mãos e olha para mim.)
Maitê: Mas eu não estou com fome.
William: Não importa. Vc precisa comer. (Coloco o robe sobre seus olhos, mas ela se desvencilha, advertindo-me com o olhar.)
Maitê: Pare.
William: Parar o quê?
Maitê: De se preocupar. Se eu tiver fome, vou comer.
William
Ela tira o robe e joga para o lado, jamais tirando o olhar firme dela do meu, afrontado.
Maitê: E não faça essa cara pra mim, William Levy.
William
Um dedo vem e aponta para a minha boca. Eu me retraio, tentando controlar o bico. Não consigo.
Pego a mão dela e a coloco para trás, substituído-a por um dedo meu no rosto dela. Ela não vai vencer essa. De jeito nenhum.
William: Vc vai comer. Ponto final. (Eu me curvo e a agarro, dane-se o robe. Ela vai comer nua. Eu é que não vou reclamar.
Maitê: William!
William
A pele nua dela roçando na minha pele nua não ajuda em nada a minha concentração. A comida é o meu foco. Muita comida. Embora meu pau não concorde, ele mesmo faminto. Eu olho feio para ele, exigindo que se comporte, enquanto carrego Maitê para fora do banheiro.
Maitê: Ponha-me no chão!
William
Suas unhas encontram meu traseiro e se cravam nele.
William: Sua selvagem! (Grito, a ouvindo-a rir e repetir o gesto, desta vez mais forte.) Maitê! (Sou forçado a soltá-la e esfregar a bunda por causa da dor, enquanto ela ri diante de mim, ajeitando os cabelos para trás dos ombros.
Maitê: Eu não estou com fome
William
Afirma ela, passando por mim, indo de volta para o banheiro.
William: Maitê!
Maitê: Foda-se, William! Não tenho um pingo de fome.
William
Paro de me massagear, meu pau agora totalmente flácido. Indo atrás dela, fumegando de raiva com seu descuido com a própria saúde, assim como a boca suja, corro para o banheiro e encontro Maitê com um pé dentro da banheira e os olhos em mim, parado à porta. Minha testa franze mais um pouco e o sorrisinho malicioso dela aumenta. É adorável e irritante ao mesmo tempo.
William: Olha essa boca, porra. (Ela sorri ainda mais e minha fúria se dilui um pouco ante a visão.)
Maitê: Vá se foder
William
Sussurra ela, ela está jogando o jogo, testando-me. Bobinha.
William: Três... (A palavra simplesmente sai e meu sorriso agora compete com o dela.)
Maitê: Foda-se.
William
Dou um passo à frente, excitado demais com a brincadeira para deixar os palavrões me incomodarem.
William: Dois... (Tirando o pé da água, ela cruza os braços, o que faz com que seus seios se unam, criando um decote que mais parece um ímã. Meus olhos vão direto para lá, estou salivando e meu membro cresce.
Maitê: E depois?
William: Um (respondo, com o olhar firme em seus seios.)
Maitê: E depois?
William
Ela descruza os braços e segura os seios.
Engo uma sombrancelha e olho para Maitê por entre os cílios. Meu sorriso. Aquele reservado somente para ela, espalha-se pelo meu rosto. Ela se encanta e seus olhos se iluminam. Puta que pariu, como amo essa mulher. Ela tem a habilidade de me distrair com um simples sorriso. Agora eu só quero saber de comê-la inteira.
Ela reina suprema. Ela é meu mundo. Minha vida. Meu dia, minha noite, meu ar, água, e fogo. Porra, o que eu faria sem Maitê? Eu morreria vítima de um coração partido, sei disso. Viraria pó. Definharia. Meu coração quase para só de pensar e, em um breve momento de pânico, os sentimentos muito vivos, eu atiro à frente e roubo um beijo, apenas para assegurar a mim mesmo que ainda a tenho.
E mantenho os olhos abertos, assim como ela, que olha bem dentro dos meus. É um beijo cheio de paz.
Um beijo suave, gostoso, preguiçoso.
É a junção de duas pessoas que falam a mesma língua. E então ela fala e confirma a verdade.
Maitê: Eu estou aqui
William: Deixe-me cuidar de vc (Imploro, diminuído a intensidade até que haja apenas um toque de lábios, com o calor crescente.) Deixe-me te mimar e te amar com toda a força que eu tenho.
Maitê: Mais eu não estou com fome.
William
Ela suspira, acariciando as minhas costas ao ver o biquinho que faço para ela, mostrando minha decepção.
Maitê: Não tenho fome de comida, pelo menos. E quando tiver, vou comer, prometo.
William: Maitê... (Seu dedo toca meus lábios, silenciando-me.)
Maitê: Mas tenho fome constante de vc. Da sua voz, das suas palavras, da sua necessidade de cuidar de mim.
William
Ela me dá um sorriso quase tímido.
Eu fico de boca fechada, desesperado por mais. Por essa fome.
Maitê: Eu sei muito bem por que me apaixonei por vc, mesmo que não me lembre de ter me apaixonado. Porque está acontecendo de novo.
William
Sua voz estremesse e tenho certeza de que o mesmo aconteceria com a minha se eu tentasse falar. Ela está se apaixonando por mim. Tento engolir a emoção de alívio que sobe pela minha garganta.
Maitê: Vc é o homem mais passional que já conheci e guarda tudo para mim e para as crianças. Eu posso ver isso. Tudo o que vc faz é feito com muita intensidade. Seja quando vc está furioso ou quando está brincando.
Ou quando faz amor comigo. Ou simplesmente quando me ama. É tudo tão intenso e eu amo isso demais. Amo como as crianças e eu somos o centro do seu mundo. Que vc nos ame com uma força que às vezes pode ser um pouco arrebatadora. Que mulher não quer ser amada com tanta intensidade?
William
Suas mãos estão no meu rosto, seu polegar enxuga uma única lágrima que rola. Sinto-me sufocado pela minha própria felicidade porque, pela primeiro vez, vejo esperança real além da possibilidade da Maitê jamais recuperar a memória. Ela pode se apaixonar por mim outra vez. Nosso amor floresceu porque era para acontecer. Isso não mudou.
Maitê: Vc é o homem dos meus sonhos, William Levy. (Beijo o canto da boca dele.) E imagino que seja o homem dos sonhos de muitas outras mulheres também.
William: Bem, elas jamais terão algo comigo. Eu pertenço a vc, assim como vc pertence a mim. É assim que as coisas são. (Ela crava os dentes na minha bochecha e trava os braços em torno do meu pescoço.)
Maitê: Agora que esclarecemos isso, vc vai me mimar como prometeu?
William: Sim, logo depois de vc relaxar nessa banheira. (Eu a coloco gentilmente na banheira, beijando a testa dela em seguida e deixando-a ali para se arrumar. Não posso tomar banho com ela ou jamais chegaremos a tempo na festa.) Use o vestido de renda e me encontre no hall de entrada às sete e meia. (Fecho a porta atrás de mim, satisfeito, porque sei que ela não vai me decepcionar.)
Continua...
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Submissa
FanfictionEle a quer e esta determinado a te-la. Maitê sabe que está prestes a entrar em um relacionamento intenso e conturbado, mas o que fazer se ele não a deixa ir? ⚠️ Plágio é crime ⚠️ Essa história é de minha autoria.