William
Não tenho a menor esperança de dormir até que Maitê volte para casa.
Então, eu me sento diante da TV e fico trocando de canal, agitado e olhando para o relógio o tempo todo.
A chamada pela qual esperei finalmente chega à uma da manhã.
Atendo depressa e ouço Eugênio contar que estão todas bêbedas, mas bem, e que ele está a caminho, trazendo Maitê para casa.
Um peso enorme sai dos meus ombros e, pela primeira vez nesta noite, relaxo.
E faço algo extremamente estúpido.
Corro para o quarto e pulo na cama, desligando a luminária.
Porque é claro que ela vai acreditar que eu estive dormindo com os anjos, enquanto ela estava na farra.
Quase meia hora mais tarde, ouço a porta da frente se fechar.
E segundos depois, o som dos sapatos dela caindo no chão.
E então... Silêncio.
Resisto à vontade de descer e ir ao encontro dela.
Ela esta em casa.
Está a salvo.
Nada pode acontecer agora.
Então ouço um barulho e saio como uma bala da cama, enfiando o calção e voando escada abaixo.
Chego à cozinha e a encontro vazia.
William: Maitê? (Nada.
Meu coração acelera.) Maitê? (Minha idéia de não parecer tão aflito não está funcionando.) Maitê, onde diabos você está? (Sigo pelo corredor depressa, olhando em cada sala, encontrando todas vazias.
Até que chego à sala de estar.
Solto a respiração quando a vejo de pé, olhando para o nosso mural.)
William: Baby? (Ela não se vira, apenas ergue um dedo e toca uma das imagens, uma foto de nós dois no dia do nosso casamento, e acaricia meu rosto nela.)
Maitê: Eu me lembrei de algo, agora há pouco.
William
Ela estava com a voz mole.
Definitivamente mole.
Bêbada?
Altinha, talvez.
Mas teve um flashback?
Voltando os olhos para mim, olhos pesados, olhos embriagados, ela aponta para o meu peito nu.
Maitê: Você roubou minhas pílulas anticoncepcionais.
William: Ah. (Culpado.
Levanto um dedo e o seguro diante do nariz, tentando pensar em um modo de sair dessa.
De todas as coisas que ela poderia ter se lembrado?) "Roubar" é uma palavra muito forte. (Não há como sair dessa.)
Maitê: Que palavra você usaria, então?
William
Seus pés descalços se alternam no carpete.
William: Precisa ir ao banheiro? (Ou ela está começando a mancar?)
Maitê: Não mude de assunto.
Por que você as roubaria?
William
Isso de novo?
Tento esconder a revirada de olhos e vou segurá-la, antes que caia de cara no chão.
Pegando-a no colo, eu a levo para a cama.
William: Porque eu estava loucamente apaixonado por você e pensei que você me deixaria quando descobrisse meus segredinhos sórdidos.
(Ela debocha, com algum esforço.)
Maitê: Você quer dizer seu clube de sexo.
E o fato de que é um alcoólatra.
E de que transava com todas?
William: Sim, tudo isso (Digo, subindo a escada.
E toda uma pilha de mais marda também.) Terminou?
Maitê: Tive uma noite maravilhosa!
William
Declara ela, jogando a cabeça para trás e os braços para cima, forçando-me a mudar a forma de segurá-la ou ela cairia dos meus braços.
Acho que é um sim.
Maitê: E quer saber de uma coisa?
William
Maitê me encara, séria.
Será que quero saber?
William: O quê?
Maitê: Eu gosto tanto de você. (Deixo minha cabeça no ombro dele.)
William: Espero que sim.
Maitê: Por quê? Porque você é meu marido?
William: Não.
Porque sou muito gostoso. (Ela solta uma risada histérica e eu sou forçado a fazê-la baixar o volume antes que acorde as crianças.
Tarde demais.
Encontramos um par com rostinho sonolento quando chegamos ao alto da escada.) Voltem pra cama. (Digo a eles, que se olham e esfregam os olhos.) Mamãe só está um pouquinho bêbada.
Gabriel: Um pouquinho?
William
Ele olha com a mesma desaprovação que eu sinto, enquanto Luna parece divertir-se.
Maitê: Estou muito bêbada
William
Declara Maitê, contorcendo-se no meu colo.
Eu resmungo quando a coloco de pé, segurando firme no braço dela.
Maitê: E amo vocês dois!
Luna: Ai, meu Deus! Mamãe por favor! (Ela me enche de beijos)
Maitê: Vocês são as melhores coisas que já me aconteceu (Volto minha atenção ao Gabriel)
Gabriel: Não diga isso ao papai, eu acho que é hora de ir para a cama, mamãe.
William: Eu também acho. (Ela puxa Gabriel para um abraço e o aperta com força.)
Maitê: Você é tão bonito quanto seu pai.
Gabriel: Eu sei.
William: Venha. (Puxo minha esposa embriagada, antes que ela faça um show ainda maior, acenando para as crianças para que voltem para a cama.
Eles sorriem com carinho quando me veem levando Maitê para o quarto, com passos desastrados.) Entre já. (Baixo o zíper do vestido dela e a deito sobre os lençóis.
Ela começa a contorcer-se na cama.) Fique quieta.
Maitê: Você vai me foder, William Levy?
Vou gritar bem alto.
William: Comporta-se, mocinha. (Dou uma risadinha, tirando o vestido dourado dela e atirando para o lado.) Lingerie. (Maitê levanta os braços e depois os deixa cair nos travesseiros.)
Maitê: Deixe-me nua.
William: Já fiz isso anos atrás.
Até expor a sua alma. (Ela sossega um pouco, estreitando os olhos para mim.)
Maitê: Senti saudade de você está noite.
William: Ótimo (Após despi-la, tiro o meu calção e deito-me ao lado dela, ignorando o odor de álcool que sai de seus poros.
Fico imóvel até ela encontrar seu lugar favorito no meu peito, soltando-se pesadamente com um suspiro profundo.
Eu a envolvo em meus braços e sorrio quando a respiração dela se acalma.
Maitê: E agora vou sentir saudade de você enquanto durmo.
William
Suas palavras sussurradas são exatamente o que eu precisava ouvir.
Ela está feliz por voltar.
Para mim.
Continua...

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Submissa
FanfictionEle a quer e esta determinado a te-la. Maitê sabe que está prestes a entrar em um relacionamento intenso e conturbado, mas o que fazer se ele não a deixa ir? ⚠️ Plágio é crime ⚠️ Essa história é de minha autoria.