William
Será que consigo fazer isso?
Olho para a porta do banheiro.
Conseguirei fazer isso por Maitê?
Tenho que fazer.
Superar todos os meus medos, porque quero que minha esposa seja feliz.
Especialmente agora.
Especialmente depois de tudo o que aconteceu.
Ela precisa disso.
Talvez eu também precise.
E as crianças.
Algo novo e especial em que nos concentramos.
Passo as mãos pelo meu rosto barbado.
Saindo do chuveiro e pegando uma toalha.
Tenho que me desculpar.
Sinto-me um idiota.
William: Maitê? (Chamo timidamente, entrando no closet.
Ela veste as pantalonas de seu terninho Ralph Lauren azul-marinho, uma camisa creme de seda nas mãos.
E me observa.
Estou prestes a me lançar em um pedido de desculpas, mas ela chega primeiro.)
Maitê: Nós rimos da idéia quando visitamos Betty, mas quer saber de uma coisa?
Estou feliz que isso aconteceu.
Estou vibrando, na verdade.
Talvez isso seja exatamente o que precisamos.
Todos nós.
Eu, você e as crianças.
Uma nova vida para canalizar nossas energias e atenções.
Algo pelo que esperar.
Algo que nos distraía da tempestade de merda que foram os últimos meses.
Ficaremos bem sem você.
William: Chega de facadas no meu coração, mulher.
A primeira já causou dano suficiente.
(Mas todo homem, em algum momento, precisa ser colocado no seu devido lugar.
E, pra mim, nenhuma mulher nesse planeta poderia fazê-lo melhor que a minha esposa.)
Maitê: Você pediu por isso.
William
Ela passa como ventania por mim, mas eu a agarro pelo punho, fazendo-a parar.
Ambos em silêncio, eu a pego pela cintura e a coloco sentada em uma cômoda, enfiando-me entre as pernas dela.
Seu rosto tem uma expressão triste.
Pego as mãos dela e as posto sobre meus ombros.
William: Chega de mau humor.
Maitê: Isso é até irônico, vindo de você
William: Imagine viver sem mim, não é legal, é?
Maitê: O que quer dizer com isso?
William: Quero dizer que você não deve falar que vai ficar bem sem mim, por que não vai.
E nem eu vou ficar bem sem você. (Ela solta a respiração.)
Maitê: Qualquer um pensaria que eu acabei de te contar que tenho um mês de vida.
William
Sua reação é imediata, assim como o meu rosnado.
Maitê: Desculpe.
William: Não pense que, por você estar grávida, eu não possa te dar uns bons tapas no traseiro.
Maitê: Não seria a primeira vez
William
Grunhe ela, caindo em si logo em seguida
Maitê: Ai, meu Deus!
William: Sim, eu fiz isso (Não fico muito excitado com esse lampejo de memória e não tento extrair mais.
É assim que acontece agora. Fragmentos aqui e ali, e talvez algum dia, em algumas centenas de anos, ela tenha a história toda.
Espero que subtraindo algumas partes não tão bonitas.
Como Ximena.
E o acidente.
E deixo meus pensamentos vagarem e espanto a culpa crescente.
Tenho coisas mais importantes em que pensar.
Especialmente agora.)
Maitê: Seu animal (Ele da risada) E agora, então?
William: Agora nós vamos ter outro bebê. (É simples assim.
Eu beijo o ventre dela e sinto prazer em seu sorriso feliz.
Como eu poderia negar isso a ela?
Não poderia, ponto-final.
E não vou.)
Maitê: Quando devemos contar para os gêmeos?
William: Vamos nos concentrar em Eugênio e Lívia por hoje.
Não vamos roubar o momento deles. (Ela sorri e seus olhos cintilam.
É o brilho que esteve ausente por tanto tempo.
Então, eu vou ser pai outra vez?
Alinho meus ombros nus e penteio os cabelos no espelho.
Devo ser o pai quarentão mais bonito que já existiu.)
Continua...

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Submissa
FanfictionEle a quer e esta determinado a te-la. Maitê sabe que está prestes a entrar em um relacionamento intenso e conturbado, mas o que fazer se ele não a deixa ir? ⚠️ Plágio é crime ⚠️ Essa história é de minha autoria.