Através dos Anos

Capítulo 21 - Uma nova página em nossas vidas

20 de Setembro, ano X21:

Kurama: 18, Itachi: 18, Naruto: 12, Sasuke: 12

Já fazia uma semana do nascimento de seu pequeno filhotinho. Fugaku e Minato após ouvir a decisão dos primogênitos em morarem juntos, haviam dado de presente o primeiro apartamento do jovem casal, um local pequeno, com apenas uma sala, uma cozinha, um banheiro e dois quartos, nada luxuoso, mas totalmente confortável. Quanto aos móveis, Kurama havia feito questão de comprar tudo ele próprio, havia economizado todo o seu salário desde o início, já que tinha a esperança que seu Uchiha aceitasse seu pedido de casamento.

- E então, o que achou? – o ruivo perguntou aflito, enquanto observava seu moreno percorrer toda a sala, sem expressão alguma no rosto, até por fim retornar à sua frente e sorrir.

- Eu adorei. – o menor respondeu, sem perceber o alívio no rosto do outro.

- E o melhor você ainda não viu. – pegou a mão do namorado e o guiou até uma porta, onde ao abri-la revelou-se um pequeno quarto, com paredes azuis, na cor do céu, adornado com nuvens brancas, o pequeno berço que o Namikaze mesmo havia feito, um trocador, um guarda-roupas e uma poltrona listrada em azul e branco, o moreno sorriu ao ver algumas prateleiras com diversos ursinhos e brinquedos e seus olhos aguaram-se, seu ruivo certamente não tinha ideia do quanto essa atitude era importante para ele, era como se afirmasse de uma vez por todas que seu filho era sim importante para o Namikaze – O que foi? Por que está chorando? – o ruivo perguntou preocupado, assim que percebeu as belas orbes negras úmidas.

- Não, não é nada, eu só... estou feliz. – o ruivo sorriu com a resposta.

- Então é melhor parar, porque ainda tem mais, mas antes... – o ruivo sorriu e aproximou-se, pegando seu filhotinho adormecido e colocando-o deitadinho no berço, cobrindo-o em seguida e depositando um beijo em sua testa, antes de voltar-se para o moreno e guiá-lo para fora do quarto, até a porta ao lado, onde ao abrir o Uchiha pôde ver um quarto maior que o outro, em cores neutras, branco e cinza, com móveis da mesma cor, um grande tapete felpudo e macio bege, que preenchia todo o quarto e uma cama enorme, com colchas e travesseiros brancos.

- É lindo. – falou com um pequeno sorriso acanhado.

- Sim... e pode ficar ainda mais. – ao dizer isso, o ruivo apagou as luzes, deixando apenas a luz fraca do abajur e ligando o som que havia em uma prateleira, onde tocava uma música romântica. Ao perceber isso, o moreno desviou o olhar receoso, até sentir o calor alheio dos braços do maior o envolvendo – Calma Itachi, não vou fazer nada que você não queira.

- Eu sei. – e dizendo isso deixou-se levar, recebendo os beijos desejosos, desesperados, enquanto as mãos grandes percorriam seu corpo. Jogou a cabeça para o lado ao sentir a língua de Kurama em seu pescoço e os lábios do mesmo beijando-o, marcando-o como a muito tempo desejava fazer, como a muito sentia falta. Foram tirando todas as peças de roupa a cada passo que davam, sem nunca desprender seus lábios. Caíram juntos na cama macia e riram ao sentir a mesma balançar com o peso dos dois corpos, o ruivo ouvia encantado a risada do menor – O que foi?

- Nada, só que... eu gosto de ouvir a sua risada, de ver o seu sorriso. – o moreno corou e levou uma mão ao rosto alheio, o afagando.

- Eu também, adoro o seu sorriso.

- Eu te amo, Itachi. – o moreno nada respondeu, apenas tomou os lábios do maior em um beijo apaixonado, sentindo o gosto da boca que tanto amava. As mãos de ambos descobrindo mais uma vez o corpo do outro, o calor de um aquecendo a presença do outro, a vida de um completando o ser do outro e Itachi gemeu, gemeu ao sentir mais uma vez os dedos de seu amado entrando dentro de si, e por isso apertou as unhas nos braços do maior, jogando a cabeça para trás, sentindo os lábios do Namikaze marcando mais uma vez sua pele, era bom, era maravilhoso sentir-se mais uma vez daquele desajeitado, impulsivo e teimoso ruivo, e por isso seus olhos marejaram quando sentiu o membro já desperto do mais velho penetrar seu interior.