Capítulo 41 - Adeus, Kushina

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11 de Abril, ano X34:

Kurama: 31, Itachi: 30, Naruto: 25, Sasuke: 24


O dia havia amanhecido chuvoso e pesado, como se também estivesse chorando a perda da matriarca Uzumaki, que após longos meses de tratamento, finalmente havia se deixado vencer pela doença. Todos estavam muito sentidos, Itachi chorava lágrimas silenciosas, enquanto apertava o filho menor nos braços, que olhava tudo confuso e assustado.


"Quizás bastava respirar, sólo respirar muy lento (Talvez bastava respirar, só respirar lentamente)

Recuperar cada latido en mi (Recuperar cada batida do coração em mim)

Y no tiene sentido ahora que no estás (E não tem sentido agora que você não está)

¿Ahora dónde estás? (Agora onde você está?)"


- Mamã, por que tá todo mundo triste? Cadê a vovó? – o pequenino ruivinho perguntou, sentindo sua "mãe" apertá-lo mais entre seus braços.

- Vovó foi morar no céu meu amor, ela virou uma estrelinha e todos estão tristes porque vão ficar com saudades. – tentou ser o mais delicado possível com seu pequeno.

- Então eu não vou mais ver a vovó? – o pequeno perguntou, com os olhinhos azuis cheios d'água e o moreno piscou os olhos várias vezes, para tentar se controlar.

- Não meu amor, mas você sempre vai poder senti-la, aqui. – colocou uma mão no peito do menino e o abraçou com mais força, lembrando-se de seus últimos momentos com sua madrinha.


Flashback on:


- Itachi, sua mãe teria muito orgulho de você. – a ex-ruiva falou com dificuldade, o moreno apenas balançou a cabeça em negativa e pegou em sua fina mão.

- Não fale nada tia Kushina, precisa descansar. – a mulher suspirou, sentindo o cansaço em seu coração.

- Não, querido... eu, agora vou ter... muito tempo para descansar. Eu te chamei aqui porque queria... me despedir.

- Não, tia... – foi interrompido pela mais velha.

- Querido, quero que saiba que... eu te amei desde o primeiro momento em que te vi, desde o primeiro dia em que te peguei nos meus braços... amei você e seu irmão tanto quanto amei os meus próprios filhos. Quero que cuide do meu filho e dos meus netinhos, que lhes dê... todo o amor que não vou poder dar, e se puder, quero te pedir algo. – cada palavra era dolorida, mas a mulher lutava para continuar falando, precisava dizer aquilo que estava preso em sua garganta, precisava se despedir das pessoas que amava, de sua família.

- Pode pedir qualquer coisa tia. – a mulher mesmo com dor, sorriu.

- Eu sei que meu filho é um impulsivo e cabeça dura e que ele ainda... ainda vai fazer muita... muita besteira, mas... se puder... se puder ter paciência... Kurama... Kurama é uma boa pessoa, apesar do temperamento forte.– o moreno sorriu pequeno, com os olhos cheios d'água.

- Ele herdou esse temperamento da mãe. – falou, acariciando a cabeça raspada da mulher, que sorriu.

- É verdade, meu Minato... meu Minato sempre foi muito calmo e gentil. – sorriu nostálgica e logo fixou as orbes azuis, agora praticamente apagadas, no indivíduo à sua frente – Ajude... ajude o meu filho, e... me desculpe por qualquer coisa, se... se não orientei bem meu filho.... – a frágil mão acariciou o rosto masculino, que logo foi tomada pela mão contrária e levada aos lábios do moreno, que depositou um suave beijo.

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