Capítulo 20 - Flores após a tempestade

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12 de Setembro, ano X21:

Kurama: 18, Itachi: 18, Naruto: 12, Sasuke: 12


Havia-se passado mais um mês, o último e decisivo mês para os jovens e inexperientes pais. Kurama havia decidido romper de vez com seus amigos, a exceção de Pain, neste o Namikaze confiava plenamente. Itachi nada disse, nunca havia simpatizado com os "amigos" de seu ruivo, ainda não se esquecia que havia sido por causa deles que Kurama o havia traído da primeira vez em que namoraram, não que isso tirasse a culpa do ruivo, mas enfim, preferia tê-los bem longe de si.

Desde a conversa com Pain, Kurama havia se tornado mais presente, comparecia todos os dias à sua casa, logo após o trabalho, o moreno podia notar sua expressão de cansaço e tinha de admitir, seu ruivo estava se esforçando, só esperava que tudo não ruísse quando seu pequeno filhotinho nascesse.

E falando nisso, essa era uma das grandes preocupações do jovem moreno, o nascimento de seu bebê. Como seria o parto? A recuperação? Kurama não o abandonaria quando o peso de um filho finalmente os atingisse? E eles, seriam bons pais? Saberia como cuidar de uma criança? Essas e muitas outras perguntas se acumulavam em sua mente a ponto de desejar que esse dia se postergasse o máximo possível.

Naquele dia, no entanto, o moreno havia acordado sentindo-se estranho, estava com dores fortes no abdome e contrações, todavia não preocupou-se, já vinha sentindo contrações a alguns dias, no entanto naquela manhã elas estavam durando tempo demais em sua opinião, e os intervalos entre uma e outra eram menores, seu desespero cresceu quando sentiu um líquido morno descer por suas pernas, seu filho queria nascer e o pior, estava sozinho, seu pai havia saído com seus irmãos à uma livraria, comprar uns livros que Sasuke havia pedido e ele, contrariando todos os pedidos, havia decidido ficar em casa, sozinho, grande erro.

Correu da forma que podia e pegou a bolsa que já havia deixado separada, naquele momento desejou não ter teimado com seu pai em não acompanhá-los, já que agora estava ali, sozinho, sem saber o que fazer, para a sua sorte a campainha soou e foi até a porta escorando-se na parede, tentando manter o equilíbrio, deparando-se com o casal de amigos sorridente, esses que apavoraram-se ao notar a situação do rapaz. Mais do que rápido, Deidara pegou-o no colo, enquanto Sasori pegava a bolsa e ligava para um taxi, logo já estavam dentro de um veículo, com o moreno gritando de dor, o loiro gritando de medo e o ruivo roendo as unhas nervoso, querendo jogar-se de dentro do carro.


- AHHH! – o moreno gritava dentro do carro, apertando a mão do loiro ao seu lado, que também gritava.

- AHHH! ITACHI, CALMA! RESPIRA QUE NEM CACHORRINHO! – o loiro gritava apavorado e o ruivo revirava os olhos.

- Deidara cala a boca, você só está deixando ele mais nervoso, não está vendo? – o ruivo o repreendia, contudo o namorado nem lhe dava ouvidos.

- AHHH, KAMI! ELE NÃO PARA DE GRITAR, O QUE EU FAÇO? – o loiro levou a mão solta à cabeça em pavor.

- Gritar mais alto que ele não vai ajudar em nada, loiro burro. – o ruivo falava irritado, o motorista só os encarava atônito pelo espelho retrovisor, achando a cena um tanto quanto incomum e é claro preocupando-se de que o rapaz tivesse o bebê bem ali em seu carro e sujasse-o todo.


(...)


Foram cinco longas horas de verdadeiro pavor, assim que chegaram ao hospital Itachi foi levado para um quarto, Deidara havia desmaiado na porta de nervoso e Sasori estressado viu-se com a incumbência de ligar para a família do Uchiha e dar a notícia, em menos de trinta minutos Uchihas, Uzumakis e Namikaze já aguardavam na sala de espera, assim como os outros amigos de Itachi, Obito e Konan, Deidara já havia acordado e agora aguardava, abraçado com o namorado, que tinha a cabeça deitada em seu ombro.

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