N A R R A D O R
Carl seguiu com o soldado pelos corredores abaixo do galpão, deixando Glenn com April. Por todo o seu percurso, as portas abriam e se fechavam sem parar, homens e mulheres andando de um lado para o outro, com seus olhos presos nos seus trabalhos.
- Aqui! - o homem parou minutos depois em frente a uma grande porta, onde o som era alto.
Ele cedeu espaço para que Carl pudesse olhar pelo pequeno vidro, deixando o espaço livre para ele poder entender a razão do barulho alto que vinha lá de dentro.
- Mortos? O que eles fazem aqui? Vocês colocaram eles em...
- Eles estão presos, sendo usados para geração de energia. No começo a gente revezava, cada grupo ficava rodando aí dentro por duas horas, até que Herbert disse que zumbis seriam mais úteis, e bom, ele tinha razão. Prendemos eles e colocamos um rádio velho pra tocar, isso chama a atenção deles e eles começam a se mover. Temos cerca de 8 rodas de energia como essa, e energia o dia todo, sem precisamos nós preocupar. - a porta se abre e eles entram - Sua comunidade tem geração de energia própria?
Carl passou a mão sobre os fios que levavam a energia para o resto da instalação e viu que os mortos pareciam não se ligar que ele estava ali tao próximo deles.
- Eles não estão grunhido... por que?
- Cortamos as cordas vocais de cada um, não precisamos focar ouvindo mais barulho do que já estamos acostumados. Enfim, você e seu grupo vieram atrás de comida, certo? - Carl concorda - E por que não plantam ou criam algum animal?
- Nós tínhamos isso, todas as comunidades tinham, mas fomos atacados, por mortos e por pessoas, nossas casas foram queimados, nossas plantações foram pisoteadas e nossa água foi contaminada. Nossos muros que antes nos protegiam, estão no chão, o que ainda resta de pé está sendo segurado por pedaços de madeira.
- E o problema com a outra comunidade foi resolvido?
- Sim. Mas nossas pessoas estão prestes a morrer de fome. - Carl deixou a sala e voltou pros corredores, com o soldado atrás dele. - Na verdade, estou quase dizendo para meu povo para nós mudarmos, pra recomeçarmos em outro lugar.
- Temos espaço! - uma mulher também vestida com roupas do exército exclama parando em frente aos dois homens - Sou Carly, eu conheci o irmão de April Lockheart, trabalhamos juntos por alguns meses numa missão do governo.
Carly explicou como havia acontecido e mostrou as fotos que ela guardava com sigo, fotos que mostravam uma equipe de cerca de dez pessoas e ao lado dela, um homem, o irmão de April.
- Podemos falar com o J, podemos conversar com ele e se ele aceitar, vocês, todos vocês podem vir morar aqui, trazendo o que tem de importante e que serve.
- Meu povo pode não querer se mudar do lugar das nossas comunidades, cada uma das comunidades tem uma história, mas se tiverem fotos disso aqui, se tiverem como ir até eles e os convencerem a vir. Temos pessoas internadas e que precisam de medicamentos, vocês abririam a mão dos seus recursos para os ajudarem?
- Como eu disse, cada um tem que fazer sua parte, cada coisa que sua comunidade tiver e puder nos ajudar a se desenvolver, vai ser aceito.
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Enquanto isso em Hilltop, com apenas um fraco movimento no pé de Enid, foi o que bastou para que a médica, Negan e futura namorada de Enid, ficassem eufóricos e atentos à espera de que ela acordasse.
A garota mais nova se sentou ao lado da cama e segurou a mão de Enid, acariciando o local. Ela desejou novamente que a garota que ela tanto gostava abrisse seus olhos e lhe desse olá.
- Acorda por favor! Por favor! - a mão de Negan tocou o ombro da mesma e ela o encarou - Não vou sair daqui enquanto ela não acordar!
- Vou pegar algo pra você comer. Ela vai acordar Melanie, vai estar com a gente em breve!
Negan deixou a enfermaria, caminhando até a cozinha improvisada buscando por algo de comer, mas acabou encontrando as pessoas com um olhar distante e preocupado. A comida que eles tinham, havia acabado quase que por inteiro, existia agora apenas alguns grãos.
April não havia dado sinal de vida pela sua busca, não havia dado nenhuma notícia e aquilo estava deixando ele louco. Carl também não havia dado notícias. Não tinha nada.
Os olhos claros foram abertos dentro do espaço mal iluminado e Melanie chorou de alegria beijando a testa de Enid.
- Um médico! - Mel exclama. - A médica está vindo, tá bom! Você não sabe o quanto eu estou feliz em te ver bem...precisa de algo?
- Eu te amo! - Enid sussura apertando a mão da garota ao seu lado.
Melanie sentiu as lágrimas quentes rolarem por seu rosto e a alegria tomar conta por seu corpo. Seu coração estava acelerado. Sua respiração estava descompassada e ela só queria poder beijar Enid.
- Eu te amo, linda!
A médica veio, examinando Enid e lhe deixando confortável, lhe oferecendo o pouco da comida que havia lá dentro.
- Vai ficar tudo bem agora! - Melanie diz beijando a mão de Enid e dando espaço para a médica poder trabalhar direito.

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𝐎𝐁𝐒𝐂𝐔𝐑𝐄 𝐖𝐎𝐑𝐋𝐃↬ᶜᵃʳˡ ᵍʳⁱᵐᵉˢ
أدب الهواةData de inicio: 26/01/2019 Data do fim: 31/10/2021 TWD|ST O mundo tinha morrido tinha 31 de outubro, o Halloween havia sido verdadeiro, parecia que o todo poderoso não ia levar aquilo na brincadeira, e depois de horas pudemos perceber que ele não qu...