LXXIV

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Com a amizade resolvida, com uma conversa verdadeira entre pai e filho e tudo estando caminhando para a guerra, Alexandria estava mais movimentada que nunca, nem mesmo pela segunda vez em meses eles pensavam que aquilo fosse acontecer novamente.

April estava ajudando a soldar os carros, usando os pedaços de placas velhas que haviam sobrado dos muros. Uma ideia que havia vindo de Maggie e que ajudaria o grupo a permanecer seguros das balas que iriam os acertar nos confrontos ou até mesmo no caminho. Um gemido deixou os lábios da garota e ela encarou o próprio braço, vendo um arranhão fino e avermelhado surgir.

- Tudo bem? - Enid questiona.

- Sim, só um arranhão do metal! - ela responde voltando a segurar o pedaço do metal e vendo o homem voltar a soldar o mesmo. - Sabe onde Carl está?

- Ele saiu bem cedo, tem horas que não o vejo, deve estar ajudando as pessoas a procu...

- Ele não para quieto, em nenhum momento. - April diz - Ele anda estranho comigo, se afastou quando disse que não iria fazer.

Enid sabia a razão do afastamento repentino de Carl, sabia que podia não ser o melhor jeito dele fazer o que queria, mas não era a que mandava na relação dos dois.

- Ele se afastava às vezes, todo mundo precisa ficar um pouco sozinho às vezes.

Carl tinha sua arma em mãos e procurava por alguma coisa que
estivesse fora do normal, com Paul, Henry e Amelia, ele se sentia
um pouco mais seguro, mesmo com todas as merdas ao redor. Ele tinha seu olhar preso no ambiente ao seu redor, como havia sido ensinado anos atrás.

O plano era seguir pelas redondezas da comunidade verificando supostas armadilhas e foi nessa procura que uma bomba explodiu dos pés do outro grupo, levando a vida de seis pessoas inocentes de apenas uma só vez e chamando a atenção dos mortos.

A voz de Rick no rádio fez com que grupo voltasse para a estrqda e entrassem nos carros, que paravam da entrada da comunidade. Cal entrou no primeiro, junto ao pai e Paul, enquanto sem saber Apil entrava no último carro pensando que o namorado estivesse dentro da floresta ou da comunidade.

Nenhum dos dois imaginavam que eles estariam indo para o meio da confusão infinita, que onde quer que eles estivessem indo, nenhum dos dois estariam à salvo.

- Posto principal! - é o que Louise responde pro rádio - Hilltop e Reino estão matando e cercando os postos. Fomos atacados, uma bomba explodiu.

April enguliu seco e apertou a arma contra o corpo, observando
as coisas que passavam pela janela suja do carro.

- Negan ficou com Michonne em Alexandria, ela o prendeu nos túneis, não sabemos se algum  Salvador estava nos vigiando.

April  abriu sua boca para responder mas se calou, evitando ouvir os pensamentos das pessoas ao seu redor. Ela sabia que não havia ninguém do lado inimigo de fora dos muros, ela havia ficado horas parada apenas ouvindo e observando as coisas de cima dos muros, e não havia som algum.

- Hilltop conseguiu acabar com dois postos! - a voz de Glenn invade o rádio. - Temos outro para seguir,  qualquer coisa...Chamem!

- Estamos à caminho da fábrica. Vamos atacar!

A fábrica era a maior questão e interrogação que eles tinham. Mesmo com os desenhos de Negan sobre como os homens deveriam estar distribuídos em cada virada ou esconderijo,  não dava para saberem como os homens estavam distribuídos lá dentro e em cada lado da fábrica.

Era uma venda sob seus olhos.

April fechou os olhos e engoliu seco, deixando que sua mente descansa-se um pouco antes de ter que a usar da forma mais intensa que ela já havia usado.

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𝐎𝐁𝐒𝐂𝐔𝐑𝐄 𝐖𝐎𝐑𝐋𝐃↬ᶜᵃʳˡ ᵍʳⁱᵐᵉˢOnde histórias criam vida. Descubra agora