𝐎𝐁𝐒𝐂𝐔𝐑𝐄 𝐖𝐎𝐑𝐋𝐃↬ᶜᵃʳˡ ᵍʳⁱᵐᵉˢ

XXV

●Carl Grimes●

Meu corpo estava colado no de April, que por incrível que pareça não se deixou afastar. Seu rosto estava molhado, o que me deu a sensação de peso na consciência. E se eu não tivesse conseguido voltar? E se tudo tivesse dado errado e os zumbis tivessem me matado? Todo o trabalho e sacrifício que April havia feito para guardar e me dar a cura, teria sido em vão. Todos os anos que ela havia se arriscado para proteger aquilo, tudo teria acabado.

Merda

- Por favor, não faz mais isso. - ela pede me encarando com os olhos conectados nos meus. - Eu nunca tinha sentido tanto medo de perder alguém Carl, por favor não faz mais isso.

- Eu...eu não vou. - digo passando minhas mãos sobre seus cabelos. - Como chegou aqui?

- Eu fugi da enfermaria. - ela diz se separando do abraço, me deixando vazio. - Veio a sensação ruim, depois parte de uma visão. Você estava no meio dos zumbis, estava cercado e um deles arrancou um pedaço da sua carne. Algum te mordeu?

- Sim. - me viro de costas e tiro a blusa, mostrando a ferida em minhas costas. Ainda estava grande, não havia cicatrizado como da última vez. - Desta vez eles me pegaram de jeito.

Seu lábio tremeu e sua mão parou a centímetros do ferimento, como se ela estivesse analisando o estrago feito pelo zumbi. Ela estava assustada e querendo chorar ainda mais.

- Acho que você não precisa ficar olhando pra isso. - digo me virando para ela. Deixo um carinho em seu rosto e a vejo sorrir.  - Eu vou ficar bem, graças a você.

- Eu não fiz nada, não tem que me agradecer. Só quero você me prometa que nunca mais vai fazer isso, que nunca vai se arriscar no meio dos zumbis de novo.

Ela ficava incrivelmente fofa preocupada, seus olhos ficavam pequenos e ela sua testa ficava com pequenas linhas. Seus lábios ficavam entreabertos enquanto ela o mordia.

- Eu prometo. - falo por fim a puxando para mim.

Sua cabeça estava deitada em meio peito sujo de sangue, o que parecia não lhe deixar preocupada. Os passos no corredor e os dois toques na porta antes da mesma ser aberta me assustaram e quando eu vi, meus lábios estavam colados nos de April e sua mão estava sobre minha ferida.

Seus lábios eram macios e pareciam se encaixar perfeitamente nos meus. Eu me sentia no céu, me sentia livre e aliviado e não queira esquecer aquele momento. Meus carinhos em seu rosto a fizeram sorrir mais uma vez durante nosso beijo. Todas as borboletas, fogos de artifícios que todos falavam estavam dentro do meu estômago, toda a alegria que poderia sentir um dia estava ali, naquele momento.

Nos separamos quando Michonne bateu na porta mais uma vez, mesmo ela já estando aberta. Me virei da forma mais rápida que pude e encarei a mulher parada, ela sorria mostrando todos os seus dentes. Minha "mãe", era uma das mais belas mulheres existentes.

- Desculpa atrapalhar - Michonne diz sorrindo - Vim saber se você quer algo para comer? Vocês na verdade.

- Não obrigado, eu estou bem. Você quer?

- Não, obrigada. - April responde sem tirar sua mão do meu machucado, ela parecia estar tentando esconde - lo de Michonne e eu agradecia por aquilo.

- Tudo bem, se precisarem de algo, estou lá embaixo.

Depois de deixar mais um sorriso no ar, ela fechou a porta. Encarei April, a vendo tirar a mão do meu ferimento e segurei seu queixo, puxando - a para mim mais uma vez e selando nossos lábios.

- Você precisa lavar esse machucado e fazer um curativo - suas bochechas estavam vermelhas e ela não me encarava como antes - Tome um banho, eu cuido dos seus machucados.

- Você está vermelha como um pimentão. - brinco enquanto caminhava para longe dela - Pode ficar a vontade.

- Vai logo!

E finalmente aconteceu, podem tocar os trombones, trompetes, baterias, violões, pandeiros e etc
Não se esquecem me me dizer o que acharam
Tchau