XLIX

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A noite estava estava caindo e eles não haviam conseguido voltar para a rua ambos estavam sentados na cabine do condutor com as pernas na porta, impedindo a mesma de abrir.

Eles comiam alguns dos enlatados que haviam conseguido,  enquanto encaravam a escuridão do túnel ao lado deles.

- Carl e se ela não estiver em uma estação de trem? Existem
redes de esgoto por debaixo delas, muitas tem galerias e salas que
nunca foram usadas, por não terem sido construidas da forma certa. Meu pai me disse isso uma vez. Lembra daquela série de TV que achamos as temporadas anos atrás?

- Supematural?

- Isso. Tem um episódio, várias ao longo da série na verdade, que
os monstros usavam elas pra se esconder.

- E as galerias ficam nas trilhos. Certo?

- Exato. As maiores sim. Tudo escorre pelos canos perto dos trilhos, é só seguirmos eles amanhã.

Carl se levantou e puxou  a mochila, pegando sua lanterna e a
ligando. A luz branca iluminou o túnel escuro e monstrando
os poucos mortos que haviam ali.

O canos apareceram descendo pelas paredes e seguindo pelo chão até sumirem.

- É ali! - ele aponta.

- Bom, agora só temos que matar os mortos e achar a porta de
entrada.

- Você é um dos seres mais incríveis da minha vida. - Carl diz abraçando a garota e balançando os cabelos da mesma. - Com aquela lista que você achou, vai ficar muito mais fácil.

- Para idiota!

_

"Carl tome cuidado, por favor, eu não quero perder você quando você está se arriscando por mim. Eu amo você!"

Ele sorriu e se levantou.

- Tudo bem, vamos lá! Eu estou com Enid em uma cabine de um
trem, estamos vasculhando as estações. Achamos que vocês estão em Washington, em uma galeria de água abaixo do metrô, se tiver alguma coisa que possa me ajudar a te achar, me diga por favor...espero que tenh...

- E deu. Você tem ficado bom nisso. Achei um saquinho de salgadinho e comi acho que me fez bem. Sobre o lugar, é frio escuro e tem barulho de água corrente, o cheiro de mofo é horrível. Mudamos de lugar antes da tempestade cair, foram umas 4 horas de viagem. Você está bem? E Enid?

- Estamos bem. Vamos tirar você dai...vamos te ter por perto de novo. Eu te amo April, tanto que estou prestes a ficar louco se não te encontrar logo. Descobri coisas ruins. Meu pai te entregou
para esse homem. April, me desculpe por ele... se eu...me desculpe!

- Não precisa pedir desculpa por uma coisa que você não tem culpa. Seu pai só podia achar que era o melhor pra vocês. Minha
cabeça está doendo acho mellor parar por hoje, amanhã nós falamos. Te amo!

- Tambem te amo!

Enid se remexeu sobre a poltrona e sorriu.

- April?

- É. -  ele sorriu largo - Consegui fazer comunicação com ela, foi estranho mas bom - ele se senta abrindo um dos enlatados  -  Contei sobre o que meu pai fez.

- E ela?

- Mudou de assunto como eu esperava. Primeiro disse que meu pai devia ter achado que era o melhor a fazer no momento e depois desconversou. Ela contou que eles mudaram de lugar, que estava chovendo. Temos que achar ela logo.

- Estamos perdendo tempo aqui.

Carl encarou o chão sujo e mordeu os lábios, colocando as mãos sobre a cabeça e deixando o enlatado que ele comia de lado por alguns segundos.

- Vamos ter que sair cedo pra podermos conseguir encontrar ela à tempo. Eles estão trocando de lugar rápido demais, está parecendo que ele quer chegar em algum lugar. 

Finalmente Carl conseguiu falar com April em? Se preparem, tem muitas coisas por vir

𝐎𝐁𝐒𝐂𝐔𝐑𝐄 𝐖𝐎𝐑𝐋𝐃↬ᶜᵃʳˡ ᵍʳⁱᵐᵉˢOnde histórias criam vida. Descubra agora