(Narração: Alfonso/Anahí)
Olho pro relógio e eram 6 da manhã, sei que já iremos levantar mais fico todo bobo sentido-a aninhada a mim, cheiro gostoso que essa mulher tem e o quentinho? Lhe dou um selinho e faço carinho em seu rosto pra acordar.
-Ei dorminhoca, hora de levantar
-Já? Nossa mãe, tô destruída.
-Aí a culpa já é minha.
Ela me dá outro selinho. - mas eu não tô reclamando.
Vamos tomar banho e comemos algo, logo saímos a deixo na escola e estávamos nos despedindo eu abro a porta pra ela como um cavalheiro, ela ia abrir a escola as 7 como sempre faz, a puxo e a beijo, ela se assusta de primeira depois fica rendida nos meus braços. Encosto minha testa na dela e lhe dou um selinho. - Agora sim o dia começou bem. Se cuida.
-Se cuida também é bom trabalho homem da lei.
Saio igual a um idiota bobo apaixonado. Definitivamente eu preciso disso todo dia. Isso foi tão casal de marido e mulher. Vou trabalhar imaginando Anahí sendo minha esposa e só essa imaginação me fará trabalhar bem o dia inteiro.
Meu Deus ele não cansa de me surpreender o beijo foi do outro mundo, eu nem me importei em estar em frente a minha escola. Seu Paulo o porteiro sorri pra mim ao me vê entrar e aceno animada, entro cantarolando na escola, eu sempre sou um amor com todos, mas entrar cantarolando eu sou patética, foi um beijo na despedida pra o trabalho. Eu poderia me acostumar com isso. Aquele dia nada me abalaria, nem as mil coisas pra resolver por ter ficado fora esses dias, nem pais chatos que tive que atender. Na hora do almoço conversava com Bárbara sobre os ocorridos na minha ausência, e então recebi uma ligação, vi o nome dele no visor e meu coração disparou. Porra eu sou patética, pedi licença a minha amiga e atendi o celular.
-Só queria saber se conseguiu comer direitinho? E também dizer que tô com gosto da sua boca e não quero tirar. - Fico corada e sorrio.
-Não se preocupe estou bem alimentada, aliás estava acabando de almoçar e o senhor trate de comer, o gosto da minha boca não vai te alimentar.
-Só porque está mandando vou comer o sanduíche que comprei. Não tirei hora de almoço pra sair mais cedo. Deixa eu voltar ao trabalho. Só queria saber se está bem.
-Estou e vá trabalhar. - Desligo e fico suspirando, Bárbara me olha sorrindo.
-Acho que alguém que jurou nunca mais se apaixonar está completamente apaixonada e dessa vez é diferente. Você tá amando mesmo amiga. Você precisa vê seu brilho no olhar só em escutar a voz dele. Surreal, quem diria que o cara da balada ia te fisgar assim em tão pouco tempo.
-Eu tenho medo. Não ri. Eu tô muito rendida nele e isso me dá medo, mesmo que eu tente esconder dele isso.
-E porque esconder?
-Eu não quero sofrer, e se eu me declarar sei que isso vai acontecer. Eu tenho medo de ficar dependendo demais dele e me ferrar. É tanta coisa na minha cabeça, não faz ideia.
-Faço sim, sou sua amiga esqueceu? Quer um conselho?
-Preciso de todos.
-Viva isso aí, viva e se não der certo? Não deu, mas você viveu.
-Só que são muitas coisas envolvidas sabe? Depois irá me entender. Mas agora vamos falar do projeto da escola infantil que quero construir no terreno.
-Eu amei sua ideia da escola infantil de fundamental 1, podemos ter alunos que estudem aqui todo seu ciclo escolar.
-Sim no Projeto Paulinho Freire a escola contará com creche até o 5 ano. Aí depois passaria pra aqui no 6 ano. A escola anexa está dentro dos nossos limites, mas terá uma entrada separada, e ambientes também. Não dando pra uma ter acesso a outra. Até pra evitar de acidentes com os pequenos. Já vou iniciar as entrevistas com candidatos no fim do ano. A escola deve ficar pronta até fevereiro no início das aulas. Já marquei com o engenheiro o arquiteto e vamos contratar uma empresa de pré moldados e etc. com uma grande equipe isso termina logo e ficará perfeito.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O PAI DO MEU BEBÊ
FanfictionUma professora, um promotor de justiça, uma noite, uma gravidez inesperada, coincidências, destino ou acaso talvez. Mas o fato é que esses dois terão que conviver e aprender muito juntos.