CAPITULO 50 CHEGADA

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(Narração:Anahí/Alfonso)

Uma criança pronta para nascer pergunta a Deus: "Como eu vou viver sendo assim pequeno e indefeso?" Deus disse: "Eu escolhi um anjo para você. Estará lhe esperando e tomará conta de você." Criança: "Aqui no Céu eu não faço nada a não ser cantar e sorrir, o que é suficiente para que eu seja feliz. Serei feliz lá?"

Deus: "Seu anjo cantará e sorrirá para você... A cada dia, a cada instante, você sentirá o amor do seu anjo e será feliz." Criança: "Como poderei entender quando falarem comigo, se eu não conheço a língua que as pessoas falam?" Deus: "Com muita paciência e carinho, seu anjo lhe ensinará a falar."

Criança: "E o que farei quando eu quiser lhe falar?" Deus: "Seu anjo juntará suas mãos e lhe ensinará a rezar." Criança: "Eu ouvi que na Terra há homens maus. Quem me protegerá? "Deus: "Seu anjo lhe defenderá mesmo que signifique arriscar sua própria vida."

Nesse momento é chegada a hora do nascimento. A criança, apressada, pediu suavemente: "Deus, eu estou no ponto de ir agora, diga-me por favor, o nome do meu anjo." E Deus respondeu: "Você a chamará de Mãe".

Coloquei a mão na minha barriga sentindo as primeiras contrações e me lembrei desse cartão que minha mãe me deu de presente. Por incrível que pareça fiquei calma. Poncho dormia sereno, eu lhe dei um beijo casto nos lábios e o chamei de forma calma.

-Amor?

-Humm- ele resmunga ainda sonolento. Mas me olha, então eu sorrio pra ele.

-Acho que estamos prestes a embarcar na maior viagem das nossas vidas. - Ele senta e me olha com os olhos arregalados.

-Tá tudo bem?  Vocês tão bem?

Eu estava incrivelmente calma e sorrio. - A bolsa estourou.

Poncho levanta correndo e vem me ajudar a levantar todo nervoso.

-Amor tá doendo, você tem certeza que está bem?

-Calma e respira Herrera, eu tô bem. Me ajuda a vestir o meu vestido, pega a bolsa com documentos que já está arrumada e também a bolsa dos bebês. Avisa a doutora Leila que chegou a hora. No caminho a gente avisa a nossos pais. Se estiver nervoso chama o Edu pra dirigir.

Anahí falava toda calma e eu estava uma pilha de nervos, ela é que me direciona a fazer as coisas e faço como ela falou chamo Edu e Alice pois eu queria estar do lado dela o tempo todo e no volante não daria. Entramos no carro e nós dois vamos no fundo, eu vou segurando suas mãos e lhe fazendo carinho enquanto ela vai regulando com Alice as contrações. Já havia ligado pros nossos pais e Edu nos guiava até o hospital português na barra.

Chegamos e a equipe médica já nos aguardava, damos entrada as 11:48 eu olhava no relógio. Poncho não soltou a minha mão. Me despeço de minha irmã e cunhado e entro com meu marido na área reservada. Doutora Leila e doutor Francisco estavam lá sorrindo pra mim. Começo a descrever as contrações e ela vai me dando todo suporte. Não demora muito e mamãe vem nos fazer companhia.

-Como está meu amor?

-Um pouco nervosa. - eu falava enquanto estava fazendo os exercícios que a doutora passou após me examinar. Precisa fazer os exercícios programados pra melhorar no momento do parto e também para dilatar.

-Estão lá fora seus sogros, seu pai e sua irmã com Edu. Todo mundo ansioso. Daqui a pouco eu troco com Ruth pra dar uma olhadinha em você pra ficar Mais calma.  Na hora do parto só ficarão eu e Alfonso. Eu quero só vê se ele vai conseguir mesmo gravar, porque seu marido está muito nervoso.

-Eu não vou mentir sogrinha. Estou sim. Mas minha câmera está ali a postos.

- porque eu guiei ele a pegar. Mas esse homem ficou paralisado.

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