CAPÍTULO 20 - TODA SEGURANÇA É POUCO

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Lívia

Agosto de 2039

Quando descemos em Triunfo, o domingo já queria dar os primeiros sinais de raios solares, amanhecia muito cedo no sertão e antes das cinco da manhã o sol já mostrava a sua presença. Resolvemos descansar por algumas horas e só depois pegar a estrada com destino a Salgueiro. Acordo horas mais tarde, com beijos gostosos sendo depositados em minha nuca; viro o rosto para o lado e os lábios da minha garota encontram a minha bochecha.

- Vamos sua dorminhoca, veremos o seu pequeno e voltaremos ainda hoje. – Caroline fala no meu ouvido. – Eu vou dirigir, porque você pilotou até aqui; e preciso saber quanto você pagou aos pescadores, essa conta nós vamos dividir.

- Alguns querem alguém para dividir a conta do restaurante, eu arrumei uma mulher que topa dividir a conta do tráfico. – Brinco e ela gargalha, me abraçando e permanecendo em cima de mim. – Como posso levantar deste jeito?

- Se vira! – A atrevida provoca e em um movimento rápido, eu giro o corpo e ela cai ao meu lado; fico em cima dela e ataco a sua boca em um beijo apressado, entretanto, sem deixar o meu peso por cima do seu corpo. – Desta forma não sairemos daqui nunca. – Carol adverte, entrecortado, após eu soltar a sua boca e avançar no seu pescoço.

- Só um pouquinho. – Peço, passando a língua no maxilar dela, e vejo a minha garota se dar por vencida. Continuamos em um amasso gostoso até que a minha a mãe ligou, perguntando se eu iria ver o meu menino; Dona Clarice deveria levá-lo de volta para a escola e precisava saber se eu tomei alguma decisão.

Saímos no início da tarde e seguimos em direção às terras da rainha, pouco mais de duas horas depois, estamos entrando na fazenda e mainha nos espera na porta da casa. Saio do carro e abraço a minha senhora primeiro, para só depois apresentar Caroline como a minha namorada.

- Quando Lívia passou a falar demais na advogada, eu já fiquei em alerta; é um prazer conhecê-la, senhorita Equator. – A minha mãe comenta sorrindo. – Ou devo chamá-la de Viscondessa? – Questiona e Carol ri, sem graça.

- Eu precisava manter o segredo e seguir até o fim. – Ela se explica. – E pode me chamar como quiser, Rainha.

- Eu desconfiava dos meios de trabalhos que Caio andava fazendo, porém, saber que ele estava sendo cuidado por uma aliada, me trouxe um grande alívio. – Mainha assume. – Obrigada por ter zelado pelo meu sobrinho.

- Ele é um ótimo menino e tem um grande potencial, sair debaixo das asas de vocês foi uma prova não para a família, mas para ele saber do que é capaz. – A minha garota admite. – Agora que não temos mais esse segredo, Caio será de grande ajuda, vocês verão.

- E o meu pequeno, aonde está? – Pergunto ansiosa.

- Eu não disse sobre a sua vinda, é uma surpresa! – A minha mãe confessa. – Ele está meio cabisbaixo, porque a mamãe ainda não ligou neste fim de semana, e a sua visita veio em uma ótima hora; entrem, o meu neto está brincando no quarto.

Sigo a passos largos pela casa, tendo Carol na minha cola e mainha logo atrás; abro a porta e vejo Daniel sentado na cama, enquanto brinca com dois bonecos nas mãos; ele não percebe a minha chegada e não desvia da brincadeira, até que eu me aproximo.

- Posso brincar também? – Indago e o pitoco me encara espantado.

- MAMÃE, QUE SAUDADE! – Exclama e pula nos meus braços.

- Eu também estava morrendo de saudades de você, campeão. – Admito, abraçando-o apertado. – Veja quem veio comigo.

- Ma... CAROL! – O meu menino comenta animado e sai do meu colo para ir ao dela, que o recebe com toda a ternura de uma mãe. – Eu também senti saudades de você.

UMA NOVA CHANCE (Original)Onde histórias criam vida. Descubra agora