CAPÍTULO 25 - PRIMEIRO ATAQUE

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Caroline

Agosto de 2039

Segunda-feira

Entre 10h30 e 11h30

- Qual é o nosso plano? – Lívia me questiona, após saímos da fazenda.

- Vamos para Paulo Afonso depois de finalizarmos a missão e chegaremos antes de Safira. – Aviso, agora que ninguém está por perto. –

- Eu estou com você. – Confirma e eu apenas concordo. – A sua irmã vai nos perdoar se não conseguir prender Thaís?

- Ela vai superar. – Concluo, no instante em que o meu celular sinaliza com uma mensagem da minha hacker. – Vamos encerrar este assunto, Niara acabou de nos pedir para colocar os comunicadores. – Pontuo e rapidamente encaixamos os eletrônicos na orelha.

- Vamos tentar dialogar em poucas palavras, falem apenas o necessário, com a ideia de sabermos como andam as operações, lembrem-se de que Safira também precisa se comunicar com a equipe dela, então ouviremos as suas coordenadas por mais vezes. – A hacker repete as orientações. – Confirmando o primeiro destino; Caroline e Lívia, vocês devem seguir pelas PE 390 e 316 até Petrolândia, e isso levará duas horas e meia se andarem abaixo de cem quilômetros por hora, contudo, se conseguirem aumentar essa velocidade para cento e vinte, teremos uma melhora no avanço da operação; já a nossa agente, que está voando, chegará em Arcoverde em cerca de trinta minutos.

- Confirmem quando chegarem ao destino. – Denise se apresenta e nós assentimos, antes de voltar a ficar em silêncio. Desativo o microfone dos nossos comunicadores, afim de continuarmos conversando.

- Temos cinquenta homens em Petrolândia e de lá levaremos vinte e cinco ao segundo ponto; Thaís não estará esperando ser surpreendida. Quantos capangas você acha que ela enviará para fazer a troca do terreno? – Pergunto, anotando os dados no celular.

- Ela é inteligente e tentará não chamar a atenção, sendo assim, não enviará muitos, porém, vamos considerar a metade do nosso operativo, vinte e cinco homens e em uma ilusória situação, consideremos o dobro do que posicionamos no perímetro. – Lívia explica e eu anoto as possibilidades, destacando como média e perigosa. Todo o meu movimento está sendo monitorado no galpão para Niara, Denise e Carlos; e além deles, Caio acompanha tudo de Recife e Alícia de Petrolândia, assim posicionaremos todos da melhor forma. – Não anote o que eu vou dizer agora, mas se a quantidade de homens for muito baixa, podemos considerar que a minha irmã está organizando uma emboscada para o próprio time, e se esse efetivo tiver ligação com os terrenos denunciados por tráfico de pessoas, é mais uma prova de que ela não tem nada a ver com este crime. – Completa, desviando a minha atenção. – Sim, eu não vou conseguir puxar o gatilho sem ter a certeza.

Você não precisará fazer isso se sentir que não consegue. Nós daremos um jeito, meu bem. – Defino, recebendo um olhar de gratidão. – Agora vamos prosseguir antes do pessoal notar a nossa demora em concluir o plano. – Indico, voltando a focar nos territórios. - O Terreno tem largura menor do que profundidade e está no meio de duas outras fazendas, então sugiro colocar o nosso operativo em maior número na frente e do lado de fora, com trinta e cinco homens nestes pontos; e os quinze restantes ficam divididos: cinco nos fundos e cinco em cada lateral. Alícia poderá comunicar aos fazendeiros vizinhos sobre uma suspeita de invasão e eles aumentarão a segurança nas divisões dos terrenos, para impedir que o setor deles seja invadido e com isso, conseguiremos um aumento importante na segurança. – Explico, tendo a concordância de Lívia.

- Sim, e dos homens posicionados na frente do perímetro, deixe apenas cinco às vistas e posicione os melhores atiradores nas torres de vigilância; quando os capangas aparecerem, esperem que estejam completamente cercados para surpreendê-los. – A Duquesa continua as ordens e eu transcrevo tudo no meu mapa improvisado. – Tem uma outra fazenda na frente, do outro lado da rua, a qual tem pomares em cima da cerca, os nossos homens poderão se esconder facilmente atrás dessas árvores, usando a mesma desculpa de uma possível invasão.

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