Parte 11

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COMO TERMINOU A PARTE 10? CONFIRA AQUI O ÚLTIMO TRECHO:

– Não se preocupe Anne. Apenas pensamentos.

– Ok, você venceu!

E abriu a porta do carro saindo, fiz o mesmo e lhe segui. Ela parou de frente a sua porta. A luz estava apagada, e a pouca iluminação que vinha dos postes foi o suficiente para eu ver parte do seu rosto. Aproximei-me e ergui seu queixo, iniciando um beijo leve. Como eu a queria para mim. Queria ela em meus braços aquela noite. Mas, terei que esperar.

– Boa noite – disse-me ela.

– Boa noite... e qualquer dia desses, você saberá o que eu pensei.  

BOA LEITURA! 

Parte 11

 

Peguei um frasco de analgésico e perfurei a tampa com a agulha, puxei um pouco o êmbolo. Olhei de lado, onde um cão sobre a mesa estava esperando a dosagem, para aliviar um pouco a dor. Apliquei logo abaixo do quadril. Ele já estava sedado, mas por precaução dei uma pequena dose de analgésico. Dei início à cirurgia. Não era nada demais, apenas a remoção de um tumor pequeno na pele da barriga. Um cisto que segundo o dono, estava o incomodando e causando dores.

Cortei levemente a pele com o bisturi. Eu estava acostumado a fazer essas pequenas cirurgias. E com anos de prática, logo estava retirando o pequeno cisto. Meu celular tocou dentro da gaveta. Droga! Esqueci de deixa-lo silencioso. Terminei a cirurgia e o levei para a enfermaria.

Tirei as luvas, o jaleco, lavei as mãos e fui em direção à gaveta. Desbloqueei a tela e encontrei duas chamadas perdidas da minha irmã. O que Letícia queria dessa vez? Ela amava ligar nas horas mais impróprias. Retornei a ligação. No segundo toque ela atendeu.

– Victor! Por que não atendeu o celular?

– Eu estava no meio de uma cirurgia como eu poderia atender!?

– Ah! desculpe, achei que você não quisesse me atender.

Bufei.

– Até parece que eu já fiz isso.

– Já fez sim, uma vez.

– Isso foi depois que você ligou quinze vezes para mim lembra? E eu estava em uma reunião.

Letícia caiu numa gargalhada do outro lado.

– Ai Vic, eu te amo. Você sabe disso.

– Sim, graças a Deus que você me ama, senão eu estava frito. O que você queria?

– Hum, não fique chateado. Foi por uma boa causa.

Cruzei os braços. Ela e minha mãe eram mestres nisso. Sempre faziam algo e depois mudavam.

– O que foi dessa vez?

Raul abriu a porta, colocou um prontuário sobre o balcão e fechou-a.

– Eh... tive que mudar a data do casamento.

– Você está de brincadeira comigo?

– Não.

– Só não venha me dizer, que será amanhã?

– Não, claro que não! Não seja exagerado será daqui a três semanas, e você sabe, precisa vir na segunda-feira, o casamento será no domingo.

Eu iria matá-la!

 – E você só vem avisar isso hoje?

– Eu esqueci, juro. Estava tão envolvida nos preparativos para o casamento, que acabei esquecendo.

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