Como terminou a parte 32?
Me afastei no momento em que Débora vinha correndo em nossa direção. Me abraçou ao passar e foi na direção de Cris que estava de braços abertos prontos para parabenizá-la. Aposto que isso será apenas o começo de uma relação.
Parte 34
Anne estava arrumando alguns fios do cabelo que soltaram quando caíram sobre ela para pegarem o buquê. Me aproximei com as mãos escondidas dentro dos bolsos da calça do terno.
– Acho que dei azar...
Comentei.
–Não foi isso. Só não me esforcei para segurar.
– Ok.
Let surgiu apressada próximo de nós.
– Anne não acredito que você com toda essa altura não segurou o buquê?
– Tentei, mas tinha gente mais prática do que eu.
– Desculpe, tentei acelerar, Vic, mas não deu certo.
Caímos na risada.
Como em toda festa, os noivos vão tirar fotos e os comes e bebes são servidos, assim se repetiu. Peguei duas taças de clericot de frutas vermelhas quando o garçom passou próximo de mim. Entreguei uma para ela e experimentei a outra. Estava uma delícia.
– Ficou boa. Faz tempo que não bebo uma dessas.
– Eu não lembro a última vez que tomei – falou sorrindo.
Assim como eu, Anne não tinha costume de ingerir álcool, nem mesmo em finais de semana. Para mim a bebida se resumia em no máximo duas taças e em momentos especiais como esse, dos quais frequento pouco.
Demos uma volta pelos convidados e a cada dez passos éramos abordados por alguém que desejava conhecer Anne. Assim que encerramos uma conversa com um grande amigo do meu pai, fui surpreendido pela pessoa que eu mais queria. Minha tia Glória.
– Victor!
Girei os calcanhares sorrindo para ela.
– Tia!
– Nunca mais tinha visto você, mas pelo jeito não mudou nada.
Como sempre muito elegante, carregava uma bolsa pequena na mão e quase meio quilo de joias espalhadas entre pescoço, orelhas, dedos e braços. Minha tia era alguém que eu admirava bastante, mas durante meu casamento e após ele, ela acabou por esquecer e avaliar os lados, e isso de certa forma, deixou-me muito magoado.
– Onde está a sua noiva? Só falam sobre ela nesse casamento.
Anne estava um pouco atrás de mim, conversando com uma das convidadas que queriam saber sobre a decoração das flores, olhei para ela e fiz sinal de que a chamava. Quando Anne se aproximou, minha tia a avaliou de cima abaixo, deu um sorriso azedo e por fim disse:
– Uma mulher realmente muito simpática. Sou Glória, tia dele.
– Prazer Glória, sou Anne. É um prazer conhece-la!
– Você trabalha de que?
– Victor não contou? Sou florista, tenho uma loja em frente a clínica dele.
– Ah, uma florista. Excelente escolha meu sobrinho!
Anne olhou confusa para mim.
– Também acho tia, é uma excelente pessoa. Tem um caráter imenso. Coisa rara ultimamente não acha?
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Confia em Mim?
RomanceUma paixão platônica. Um amor à primeira vista... Victor é um veterinário que acaba se apaixonando pela proprietária da nova loja em frente à sua clínica. Anne é uma ótima florista que consegue rapidamente atrair os clientes. Embora ele saiba quase...