Parte 17

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COMO TERMINOU A PARTE 16? VEJA O ÚLTIMO TRECHO.

Após comer um sanduíche e tomar um banho deitei na cama. Fiquei rolando de um lado para o outro a fim de atrair o sono que estava bem longe de mim. Foi por volta das duas da manhã que meu celular tocou, estiquei o braço o pegando na cabeceira da cama, quem seria uma hora daquela da madrugada. Atendi sem olhar o nome.

- Alô?

- Victor sou eu a Anne me ajude!


Parte 17


- Onde você está?

- Em casa... - ela chorava muito do outro lado da linha.

- Estou indo ai.

Sem pensar duas vezes pulei da cama e corri em direção a cadeira vestindo a camisa, pois só estava com uma calça de moletom. O que teria acontecido? Senti um medo me tomar, ao imaginar algo de ruim acontecendo com ela. Arranquei as chaves do carro sobre a cômoda e corri em direção a garagem. Hugs surgir no escuro ao me ver e veio na minha direção, mas o ignorei. Abri a porta do carro dando marcha ré, pois o portão já estava aberto. Parti em direção a sua casa.

Ao dobrar a esquina vi algumas sirenes ligadas. Apertei com força o volante. Notei que as duas viaturas estavam paradas em frente a sua casa. Senti meu peito diminuir. Encostei atrás da viatura e pulei fora. Tinha dois policiais na calçada conversando. Aproximei-me.

- O que está havendo? - eles olharam para mim - Sou namorado dela.

- A casa dela foi invadida...

Não esperei ele terminar de falar e virei as costas caminhando em direção a porta que estava com o trinco arrombado. A sala estava toda bagunçada, porta-retratos pelo chão, papéis, almofadas. Encontrei Anne chorando e um pouco trêmula sentada no sofá ao lado de uma policial que conversava com ela. Haviam mais dois policiais.

- Anne!

Quando ela me viu levantou se jogando sobre mim fechando os braços ao redor do meu pescoço. Ela tremia e chorava bastante. Abraçei ela. A policial se levantou também falando.

- Ela está muito abalada, ela viu e ouviu tudo.

- Como isso aconteceu?

- Eles arrobaram a porta. Ela falou que foi entre quatro a cinco homens.

Dei um beijo em sua testa e sentamos no sofá.

- Ainda bem que eles não a viram - disse a policial.

- Eu... entrei debaixo da cama...

- Você precisa levar ela para outro lugar. Iremos isolar a casa, pois eles fizeram uma grande bagunça e é a quinta vez que esse grupo ataca aqui pelo bairro. Precisamos ver se encontramos algo que os identifique.

- Ok, vou leva-la para minha casa.

Anne estava vestida no pijama, um short curto e uma camiseta de alças.

- Fique aqui.

Fui até seu quarto onde os dois policiais estavam e avistei um casaco grande sobre a cama. Fiquei pasmo ao olhar a bagunça que o cômodo estava. As gavetas do guarda-roupa jogadas no chão, frascos de perfume, maquiagem, roupas. Fizeram uma tremenda desordem em sua casa. Voltei para a sala, ajudei-a vestir. A policial disse que no dia seguinte iria até minha casa coletar mais alguma informação. Dei meu endereço e sai com Anne em direção ao meu carro. Alguns vizinhos estavam em pé na calçada olhando o movimento. Abri a porta do carro, ela entrou fechando-a. Assim que me sentei ao seu lado segurei em seu rosto e falei:

- Eles serão pegos.

- Eles destruíram tudo...

- Não se preocupe, sua vida é mais importante.

Peguei a estrada de volta para casa. Anne estava aterrorizada, estava deixando isso transparecer facilmente. Era pouco mais de três e meia da manhã. Ainda estava escuro. Chegamos na minha casa e notei que estava mais calma, porém com medo. Ela sentou no sofá enquanto fui pegar um copo com água para ela.

Sentei ao seu lado. Anne estava bastante abalada. Presenciar um grupo de vândalos invadirem sua casa, e por pouco não ter sido encontrada, não era para estar sorrindo. Ela estava com medo, pois qualquer barulho, ou latido de Hugs ela olhava para os lados. Anne ficou abraçada comigo por quase meia hora em silêncio chorando. Eu não podia pedir que ela parasse e deixasse aquilo para lá, pois não tinha como ela esquecer, sua casa foi completamente destruída e saqueada, passou por um momento perturbador e o mais terrível, estava sozinha. Quando percebi as horas se passando falei:

- Como o quarto de visitas está desarrumado, você pode dormir na minha cama ok?

- Não quero incomodar Victor, eu durmo aqui mesmo. E nem sei se consigo.

- Não precisa ter medo.

- Eu estou apavorada...

- Não fique.

Anne aninhou-se em meus braços e deitou a cabeça em meu ombro. Como eu queria que ela não tivesse passado por isso.

- Você precisa descansar - falei - está agitada.

- Tem certeza que posso dormir na sua cama?

- Completamente.

Levantei e Anne me seguiu. Acendi a luz ao entrar no quarto, ela olhou para os quatro lado e notou que os lençóis estavam bagunçados. Olhou para mim, depois para a janela acima do lado esquerdo do quarto.

- Não se preocupe, tem grades na parte de fora e está bem trancada.

- Onde você vai dormir?

- No sofá.

- Mas...

- Não se preocupe, qualquer coisa pode me chamar, tenho um sono leve - dei um beijo em sua testa, mas Anne segurou meu braço.

- Obrigada por me ajudar!

- Não precisa agradecer, você faz parte da minha vida agora, boa noite, eu te amo.

Foi a primeira vez que falei isso para ela, eu não queria esconder mais que estava loucamente apaixonado por Anne. De agora em diante eu começaria a deixar claro a minha intenção. Fazer dela a minha esposa.


Fechei a porta sem trancar, tirei a camisa, pois o condicionador de ar era somente dentro do quarto, e o ventilador estava guardado lá dentro, não entraria mais lá, a deixaria dormir o restinho da madrugada em paz. Deitei no sofá. Despertando ora ou outra pensando se ela estava bem dentro do quarto.


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