Parte 18

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Fechei a porta sem trancar, tirei a camisa, pois o condicionador de ar era somente dentro do quarto, e o ventilador estava guardado lá dentro, não entraria mais lá, a deixaria dormir o restinho da madrugada em paz. Deitei no sofá. Despertando ora ou outra pensando se ela estava bem dentro do quarto.


Parte 18

  

Dizer que dormi, seria mentira, apenas cochilei durante o restinho da madrugada. Não consegui fechar os olhos e ficar tranquilo, sabendo que a mulher que amo passara por tudo aquilo e ainda por cima, estava dormindo na minha cama. Passei a mão no rosto e sentei. Dormir no sofá não era nada agradável, principalmente para quem tem um metro e oitenta e cinco. Minhas costas estão doloridas e até parecem que saíram do lugar. Levantei fiz um alongamento rápido e fui para a cozinha. Olhei em direção ao relógio na parede do fundo, era pouco mais de sete horas. Precisava ligar para Raul e avisar que não atenderia hoje na clínica. Precisava estar em casa quando a polícia viesse.

Tomei um copo d'água gelada e encostei pensativo no balcão. Nos últimos dias aconteceram tantas coisas em minha vida, que estou começando a ficar confuso, pois sempre que algo bom acontece, algo de ruim está vindo logo atrás. Jamais passou pela minha cabeça que um momento como esse aconteceria com ela. Sei que não devo pensar isso, pois nada disso aconteceu, mas, o que teria sido dela se aquele grupo a tivesse encontrado embaixo da cama? Senti um arrepio no braço direito.

Coloquei o copo dentro da pia e voltei para a sala. Sentei novamente no sofá, Anne não tinha aberto a porta do quarto ainda. Pensei em chamá-la, e ver se estava acordada, se queria alguma coisa, mas pensando melhor não seria legal, talvez ela ainda estivesse dormindo. Sua noite havia sido agitada e aterrorizante. Levantei outra vez e fui até o quintal olhar Hugs. Na noite passada eu havia o ingnorado e sabia melhor do que ninguém que essa era umas das coisas que o deixava triste.

Assim que abri a porta o encontrei deitado no tapete. Levantou no momento em que me viu. Alisei sua cabeça.

– Desculpe amigão, ter saído as presas ontem sem falar com você!

Fui até sua tigela e troquei a água. Assim que entrei, meu celular vibrou em cima do sofá, era Raul que telefonava.

– Já ia ligar para você – falei.

– Até parece que vou acreditar! Qual o motivo?

– Anne precisou de mim ontem na madrugada.

– O que ela queria?

– Você nem vai acreditar, mas a casa dela foi invadida por um grupo de assaltantes, bagunçaram tudo dentro da casa dela.

– Jura?

– Sim, duas da manhã ligou desesperada, mas ainda bem que ela conseguiu se esconder debaixo da cama.

– Onde ela está agora?

– Na minha casa.

– Ah...

– Não é nada do que você pensou ok?

– Não falei nada.

– Ela está muito abalada, chorou bastante ontem a noite, bagunçaram tudo.

– Ainda bem cara, que ela tem você. Já imaginou como teria sido a noite dela ontem sozinha?

– Quero nem pensar nisso. Cancele minhas consultas hoje, vou passar o dia em casa, a polícia vem conversar com ela, quero estar aqui.

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