O FIM?

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 Os gritos de alegria ecoaram em Bedrock, junto com o som dos aviões que rasgaram os céus, indo em direção aos navios.

Rapidamente a população correu para as partes altas da cidade, pois todos queriam ver os aviões destroçarem as forças inimigas.

Poucos segundos depois eles sobrevoaram a frota shurense. Porém, nada aconteceu.

- Por que eles não atacaram? - Perguntou William.

Diego observou desconfiado enquanto os P40 deram a volta e voaram, novamente, sobre os navios.

- A questão é: Por que a Shuri não reagiu. - Respondeu sem desviar sua atenção dos aviões.

- Diego. Isso é muito estranho. - Gritou D'Lucas ao se aproximar - Estou com um mau pressentimento.

Ainda focado, o jovem soldado manteve-se em silêncio.

Ao se aproximarem, os aviões inclinaram seus narizes rumo à parte mais alta de Bedrock, onde estava a maior concentração de pessoas.

- Deitem no chão e protejam-se, agora! - Gritou Diego.

Rapidamente os gritos de alegria se transformaram em gritos de desespero, pois os aviões da Força Aérea de Rio Pardo dispararam mísseis contra seus próprios soldados e civis, que destruíram todo o centro da cidade e as regiões ao redor.

Uma grande nuvem de poeira e fumaça cobriu toda a cidade. Milhares de pessoas morreram.

- Diego. Acorda! - Uma voz doce e familiar gritava para o jovem soldado enquanto segurava o seu rosto.

Ao abrir os olhos, ele viu o rosto de uma garota ruiva, de olhos azuis e pele rosada.

- Larissa?

A garota deu-lhe um tapa no rosto, fazendo com que ele, novamente, fechasse os olhos.

- Que Larissa o quê! - sua voz mudou totalmente - Sou eu, D'Lucas.

Depois de abrir novamente os olhos, Diego reconheceu o sargento, que o ajudou a levantar.

Em seguida, sons de tiros foram ouvidos.

- Os shurenses! - Gritavam os sobreviventes.

- Era só o que faltava. - Diego murmurou.


 O centro da cidade estava completamente em chamas, havia corpos por toda parte e, os prédios foram totalmente destruídos; incluindo o QG.

- Cade o Dolson? - Ele perguntava aos sobreviventes que estavam na praça.

- Um míssil acertou o prédio em cheio. - respondeu um deles - Não tem como alguém ter sobrevivido.


 Nesse momento os olhos de Diego se encheram de lágrimas. Dolson o apoiou desde que tudo começou e, graças a ele, as defesas conseguiram resistir tanto tempo.

O jovem soldado ajoelhou-se, curvou a cabeça e chorou amargamente.

Depois de alguns minutos os tiros se intensificaram e as pessoas começaram a correr.

- Não há resistência - Gritou Borges aproximando-se deles - Os shurenses estão avançando e atirando nos sobreviventes.

- Esses covardes! - D'Lucas conteve as lágrimas.

- O que nós faremos?

D'Lucas se manteve em silêncio enquanto Diego continuava chorando.

A situação era lamentável. não havia mais motivação e nem esperança. Parecia que aquela árdua batalha tinha encontrado seu fim.

SOMBRAS DO DESTINOOnde histórias criam vida. Descubra agora